1.1.12

«QUEREMOS CONTINUAR A VIVER DE CABEÇA ERGUIDA»


«A crise que Portugal atravessa é uma oportunidade para nos repensarmos como País. Orgulhamo-nos da nossa história e queremos continuar a viver de cabeça erguida. Durante muito tempo vivemos a ilusão do consumo fácil, o Estado gastou e desperdiçou demasiados recursos, endividámo-nos muito para lá do que era razoável e chegámos a uma “situação explosiva”, como lhe chamei há precisamente dois anos, quando adverti os Portugueses para os riscos que estávamos a correr. Agora temos de seguir um rumo diferente, temos de mudar de vida e construir uma economia saudável. Somos todos responsáveis. Esta é a hora em que todos os portugueses são chamados a dar o seu melhor para ajudar Portugal a vencer as dificuldades. Trabalhando mais e apostando na qualidade, combatendo os desperdícios, preferindo os produtos nacionais. Deixando de lado os egoísmos, a ideia do lucro fácil e o desrespeito pelos outros. Nenhum Português está dispensado deste combate pelo futuro do seu País.»

Cavaco Silva, 1.1.12

4 comentários:

  1. Anónimo2:52 p.m.

    Agora não podemos continuar de cabeça erguida precisamente porque este senhor que cita, mais os que votaram em quem nos governou, meteram a cabeça na areia ou têm areia na cabeça ... se a situação era explosiva porque promulgou os orçamentos e não dissolveu a Assembleia ?

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  2. Anónimo1:03 a.m.

    "Somos todos responsáveis"

    Pois somos.
    Mais que responsáveis,somos cobardes por não termos acertado o passo a umas certas quadrilhas que se têm governado com o nosso dinheiro e arruinado o país.
    Esta forma de responsabilizar todos é um truque desta casta de políticos,para diluir as suas reais responsabilidade,distribuindo-as generosamente pelos que se limitam a viver modestamente do seu trabalho e a quem é reservado resumir a sua participação política a umas eleições onde se limita a escolher o cabeça de cartaz de cada bando...perdão,de cada partido.
    Já não enganam todos.
    Em breve enganarão poucos.

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  3. Anónimo10:39 p.m.

    Foi assim que a sagrada família cresceu e se multiplicou!...

    Com muita amizade e dívidas de gratidão sempre presentes...

    Naqueles longínquos anos 80 o Prof. Aníbal Cavaco Silva era docente na Universidade Nova de Lisboa.
    Mas o prestígio académico e político que entretanto granjeara (recorde-se que havia já sido ministro das Finanças do 1º Governo da A.D.) cedo levaram a que fosse igualmente convidado para dar aulas na Universidade Católica.
    Ora, embora esta acumulação de funções muito certamente nunca lhe tivesse suscitado dúvidas ou sequer provocado quaisquer enganos, o que é facto é que, pelos vistos, ela se revelou excessiva para o Prof. Cavaco Silva.
    Como é natural, as faltas às aulas, obviamente às aulas da Universidade Nova, começaram a suceder-se a um ritmo cada vez mais intolerável para os órgãos directivos da Universidade.
    A tal ponto que não restou outra alternativa ao Reitor da Universidade Nova, na ocasião o Prof. Alfredo de Sousa, que instaurar ao Prof. Aníbal Cavaco Silva um processo disciplinar conducente ao seu despedimento por acumulação de faltas injustificadas.
    Instruído o processo disciplinar na Universidade Nova, foi o mesmo devidamente encaminhado para o Ministério da Educação a quem, como é bom de ver, competia uma decisão definitiva sobre o assunto.
    Na ocasião era ministro da Educação o Prof. João de Deus Pinheiro.
    Ora, o que é facto é que o processo disciplinar instaurado ao Prof. Aníbal Cavaco Silva, e que conduziria provavelmente ao seu despedimento do cargo de docente da Universidade Nova, foi andando aos tropeções, de serviço em serviço e de corredor em corredor, pelos confins do Ministério da Educação.
    Até que, ninguém sabe bem como nem porquê,... desapareceu sem deixar rasto...
    E até ao dia de hoje nunca mais apareceu.
    Dos intervenientes desta história, com um final comprovadamente tão feliz, sabe-se que entretanto o Prof. Cavaco Silva foi nomeado Primeiro-ministro.
    E sabe-se também que o Prof. João de Deus Pinheiro veio mais tarde a ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros de um dos Governos do Prof. Cavaco Silva, sem que tivesse constituído impedimento a tal nomeação o seu anterior desempenho, tido geralmente como medíocre, à frente do Ministério da Educação.
    Do mesmo modo, o seu desempenho como ministro dos Negócios Estrangeiros, pejado de erros e sucessivas gaffes , a tal ponto de ser ultrapassado em competência e protagonismo por um dos seus jovens secretários de Estado, de nome José Manuel Durão Barroso, não constituiu impedimento para que o Primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva viesse mais tarde a guindar João de Deus Pinheiro para o cargo de Comissário Europeu.
    De qualquer modo, e como é bom de ver, também não foi o desempenho do Prof.João de Deus Pinheiro como Comissário Europeu, sempre pejado de incidentes e críticas, e de quem se dizia que andava por Bruxelas a jogar golfe e pouco mais, que impediu mais tarde o Primeiro-ministro Cavaco Silva de o reconduzir no cargo.
    A amizade é, de facto, uma coisa muito bonita...

    Maria Encarnação Gorgulho Santos

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  4. Anónimo6:32 p.m.

    Nao ha duvidas de que ha muito que nao andamos de cabeca levantada (ou pleo menos nao deveriamos andar...)

    Luis

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