21.11.11

UMA OBSCENIDADE

Deus sabe como gosto da Madeira e do Porto Santo. Mas três milhões de euros para fogo de artifício e decorações de natal é, nas actuais circunstâncias do país e da Região Autónoma em especial, pura obscenidade.

10 comentários:

  1. Pois eu discordo. Acho a notícia do Público mero populismo barato, muito em voga no estado de crise do país. Não pode valer tudo para bater no Jardim e na Madeira. Já mete nojo.

    A principal actividade económica da Madeira é o turismo. O fim de ano é um dos períodos em que aquela ilha tem mais visitantes, precisamente por causa das festividades, nomeadamente o espectáculo de fogo de artifício, de longe o mais espectacular em Portugal. Se se acabar com isso haveria menos visitantes, logo menos receita. Poupavam-se três milhões de euros e quantos milhões deixavam de receber os agentes económicos da Madeira, desde os hoteis aos restaurantes, etc?

    O país não pode parar por causa da crise. Essa é uma lógica PERIGOSA que só gera mais depressão - económica e psicológica. O condicionamento que a "Europa" nos está a impôr (para facilitar a imposição do empobrecimento), o complexo de culpa pelo endividamento, pelo fracasso económico, que não são só responsabilidade dos portugueses (não desculpando os Sócrates da nossa praça) está a gerar este tipo de atitudes mesquinhas e invejosas, como se toda a gente tivesse de estar mal só porque outros estão. É doentio.

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  2. O Jardim e a Madeira continuam a brilhar neste marasmo de carneirada. O Lionheart aí acima é que sabe...

    E Fim de Ano sem o "fogo" no anfiteatro do Funchal é o quê?... Pobreza! Se até a "minha" junta (S.Domingos de Benfica) resolve gastar uns "tustos" de modo completamente inútil com umas luzinhas rasqueirosas em frente da minha casa... Pobreza de espírito!

    PC

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  3. observador1:11 da manhã

    O que não percebo são os ajustes directos, ou seja que vão directos à nossa carteira pessoal.

    Com a pratica de tantos anos, ainda não aprendeu a fazer concursos públicos?

    A carteira que paga é a mesma, mas podia ser mais económico.

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  4. veja lá, João Gonçalves, o "patriotismo" do Dr. Guilherme Silva...

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  5. Alice Samora10:07 da manhã

    PARECE

    A nossa falência também se vê nisto. Na facilidade com que se tenta (e continua) a diabolizar o único político português que persiste na ideia de semear para o futuro. Ou acham que aquilo é só para chatear o "cont'nemte"?

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  6. Esta malta não percebe nada de economia.

    Não admira.

    É preciso lembrar que o fim-de-ano na Madeira é dos mais emblemáticos do Mundo e o maior cartaz turístico da Madeira.

    Essas iluminações e fogo-de-artifício devem ser encarados como investimento.

    Aqui, no Continente, gastam milhões e milhões em corrupção, processos, parcerias público-privadas, assessorias, futebóis e cagaçais e ninguém se importa.

    País de broncos e idiotas, que não sabem distinguir investimento de despesa com lixo!

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  7. "Uma pequenina luz

    Uma pequenina luz bruxuleante
    não na distância brilhando
    no extremo da estrada
    aqui no meio de nós e a multidão em volta
    une toute petite lumiè
    rejust a little light
    una picolla... em todas as línguas do mundo
    uma pequena luz bruxuleante
    brilhando incerta mas brilhando
    aqui no meio de nós
    entre o bafo quente da multidão
    a ventania dos cerros e a brisa dos mares
    e o sopro azedo dos que a não vêem
    só a adivinham e raivosamente assopram.
    Uma pequena luz
    que vacila exactaque bruxuleia firme
    que não ilumina apenas brilha.
    Chamaram-lhe voz ouviram-na e é muda.
    Muda como a exactidão como a firmeza
    como a justiça.
    Brilhando indefectível.
    Silenciosa não crepita
    não consome não custa dinheiro.
    Não é ela que custa dinheiro.
    Não aquece também os que de frio se juntam.
    Não ilumina também os rostos que se curvam.
    Apenas brilha bruxuleia ondeia
    indefectível próxima dourada.
    Tudo é incerto ou falso ou violento: brilha.
    Tudo é terror vaidade orgulho teimosia: brilha.
    Tudo é pensamento realidade sensação saber: brilha.
    Tudo é treva ou claridade contra a mesma treva: brilha.
    Desde sempre ou desde nunca para sempre ou não: brilha.
    Uma pequenina luz bruxuleante e muda
    como a exactidão como a firmeza
    como a justiça.
    Apenas como elas.
    Mas brilha.
    Não na distância. Aqui
    no meio de nós.
    Brilha."

    Jorge de Sena, Fidelidade (1958), Moraes, Lisboa

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  8. Não há pachorra para o Alberto, mas o populismo barato do Tolentino é execrável. Será que não há nenhum encarregado de educação que o cape, lá na escolinha onde mafia o ordenado e assedia alunas, trocando avaliações elevadas por favores sexuais? Livra que país de impunidade este!

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  9. O Alberto faz o que quer e, gasta o que quer, porque será?

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  10. Acho muito bem. Se vamos ao fundo, que seja em grande!!! Como fogo de artificio e banda!!!

    Pobre ?Nação?

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