16.8.11

DERROTAR A EUROPA


A sra. Merkel e o sr. Sarkozy escolheram empurrar a Europa com a barriga. Sugerem um "governo económico" que reúna uma ou duas vezes por ano (no mínimo) presidido pelo sr. Rompuy que fará o papel de preboste dos dois. No fundo, fizeram tábua-rasa política do eixo franco-alemão concebido por Kohl e Mitterrand e, por tabela, da Europa que estes e outros estadistas da época forjaram. Não querem, legitimamente, sarilhos domésticos com medo de derrotas em casa. Para já apenas estão a derrotar uma certa ideia de Europa.

7 comentários:

  1. Olha, agora já existe Europa para a direita! De onde é que apareceu?

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  2. Eu fiquei sem perceber o que é que este governo económico vai fazer além de reunir duas vezes por ano.

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  3. floribundus10:49 da tarde

    o grande Helmuth era Kohl
    estes são vendedores de kohl, a couve branca d fazer a 'chucrute'

    há dias quando mencionou o Homem nascido em Caravaggio, perto de Bérgamo (em 71 trabalhei em Como), estive a rever notas pessoais do meu diário temático.
    em Roma: além dos 3 trabalhos da Igreja de São Luís (rei) sobre São Mateus, vi várias vezes os de Sta Ma del Popolo (próximo da casa de Göethe), palácio Barberini
    (traseiras do ex-palácio papal do Quirinal).

    todos querem viver bem.
    ninguém quer pagar as dívidas (próprias e muito menos as alheias).

    na educação já se agacharam. as escolas ficam entregues às damas sem qualificação. já sabia.

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  4. Sarkozy é, por enquanto, um "compère" de alguma utilidade - mas a prazo.
    "Berliner Luft", lembra-se?...
    E as peculiares ( mas lógicas) ironias da Históris : a "U"E afunda-se quando os EUA naufragam.
    Resta-nos saber se a Prússia e o Czar conseguem ultrapassar o, para muitos, inultrapassável e forjar uma outra "Nova" Europa...

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  5. ...Não é preciso dons proféticos para perceber que após a derrocada do comunismo se segue a derrocada do capitalismo -- obama merkle charq não sei quê cosi etecetera...

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  6. Ouvir ontem Sarko e Merkel foi penoso, pois à parte a óbvia artificialidade e inutilidade das propostas, perpassava e notava-se a pequenez, a falte de nível, o vazio político expectante e emboscado da 'chancelerina' (ignorância, a ver "onde elas param"), o aperto do PR francês, o "eixo" do 'salvemo-nos a nós e lixemos os outros', as harmonizações fiscais da merda (da organizada e obcecada Alemanha com a pedante e desarrumada França!...). E depois Zapatero - o anão político espanhol - a dizer logo "que sim". Vergonha. Os países (muito) fortes deviam saír da zona euro; talvez a Alemanha, Finlândia, Holanda bastassem - e deviam levar consigo às costas, 'como castigo', a França - sempre tão subsidiada, sempre tão paga pelos alemães, com a agricultura sempre tão sustentada pelos outros países (para que a "campagne" possa ser sempre tão verde e artificialmente rica!). Então que harmonizassem fiscalmente o que fosse possível; e deixassem o Euro fraco, competitivo e para os países pobres. Ao ver estes "eixos", ao ouvir estas nódoas franco-alemãs, recordo dos livros outros eixos, e sobretudo a "Nova Ordem Europeia" que Hitler queria liderar: o seu ministro da economia, em 1940, parlapatava que as nações pequenas, toda a Europa, se deviam submeter a uma lógica maior de divisão industrial e económica (apenas em benefício, claro, do III Reich); onde já lemos e ouvimos isto?. Mas Portugal era então Grande; fraco militarmente, mas 'neutro' e diplomaticamente indispensável, com Salazar (os meus respeitos) à frente dos destinos da Nação - com inteligência, com liderança discreta, com contactos, cercado de pessoas competentes, educadas, sabedoras (e que sabiam escrever cartas e fazer relatórios; se fosse hoje...). O que levou séculos a estabilizar - fronteiras, culturas, prosperidade, paz - está a ser destruído por gente pouco mais do que analfabeta, com a ajuda do capital negro e apátrida, e da esquerda internacionalista - aliados em fundo.

    Ass.: Besta Imunda

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  7. Excelente o retrato "traçado" pelo Besta (salvo seja).
    Pena é que pouca gente no país se aperceba desta triste realidade:
    A Europa e o Portugal de hoje, em contraponto com o passado não muito distante.
    SG

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