As vestais - as dos outros, claro - indignam-se e apontam a dedo (com caras e tudo nos jornais, do "crime", que é aquilo em que quase todos se especializaram) os deputados que mais faltaram na sessão legislativa. Salvo o dr. Portas, são todos do PSD e o dia mais apetecível para a ausência é a sexta-feira. A minha consideração por deputados,em geral, é sensivelmente a mesma que nutro pela beterraba que mando retirar dos pratos nos restaurantes porque, pura e simplesmente, me dá vómitos contemplar aquele nojo roxo a escorrer para cima de tudo. Mas os deputados, todos, não caíram do céu. Caíram das canetas dos chefes circunstanciais da respectiva tribo e de dois ou três caciques eternos. Os votinhos fizeram o resto. Mal ou bem, eles "representam" o país. No caso das faltas, até o representam na perfeição. Não se queixem.
Este é O Parlamento Europeu , esta aqui é a House of Lords, aqui encontram-se os amigos francezinhos, o Deutscher Bundestag e aqui a nossa Assembleia da República.
ResponderEliminaro melhor que me aconteceu em 1976 foi não ter sido eleito deputado por lisboa na lista do psd das 3 chaminés. escapei por uma 'unha negra'. não quiz ser substituto.
ResponderEliminarhoje tenho vergonha de dizer que conheci muita da escumalha dos vários partidos.
o meu interesse pelo asco que é a politica portuguesa faleceu em 1980às 6 horas do dia 21 de Março.
(Os deputados)«Caíram das canetas dos chefes circunstanciais da respectiva tribo e de dois ou três caciques eternos».
ResponderEliminarÉ esta, exactamente, a eterna doença maligna das democracias representativas : as oligarquias.
Resolve-se como ? Não se resolve pura e simplesmente. Mas há como que um "mot d'esprit" para acalmar os ânimos : - A democracia é o menos mau dos regimes. Pois então não é, óra essa !
Anónimo disse...
ResponderEliminar"A democracia é o menos mau dos regimes. Pois então não é, óra essa !"
Então o que se espera para cá implantar essa tal de democracia?
É que já era tempo de substituir esta nossa "choldrocracia" em que bandos de inimputáveis se vão sucedendo no saque de tudo o que mexe sem que se lhes possa jamais exigir resultados ou restituição por incumprimento, quando não o desprezo puro e simples, daquilo que juraram fazer quando se candidataram à vaga.
Coitadinhas das beterrabas, João. À parte o ersatz sacarino que evoca os asquerosos tempos da invasão e consulado da besta Bonaparte I, a beterraba inserida numa salada de alface, couve roxa, rúcula, tomate, queijo de ovelha, dá-lhe o necessário adocicado. Não esquecer o azeite e o vinagre balsâmico, claro. Com um bocado de pão de Mafra ou alentejano, aí tens um almoço de verão. Quanto às tais "vestais", têm a republikona mais aberta que nunca. Bah...!
ResponderEliminarSe reduzissem o número de deputados a metade não haveria tantas faltas.
ResponderEliminarClaro que os pequenos partidos se arrepiam perante tal ideia. Rio-me de tais arrepios. Não me interessam os partidos, pequenos ou grandes, uns e outros sempre constituídos por gentalha interesseira, em busca do melhor governo de vida.O que me interessa é o povo tão martirizado pela corja politiqueira.