
Numa breve descida à terra - certamente motivada por alguns avisados recados recebidos em Bruxelas e, cá, por banqueiros como o influente Salgado - Sócrates adiou duas das suas maiores obsessões betoneiras, o aeroporto e a terceira ponte do Tejo. A assinada hoje pelo dr. Mendonça, na ausência do ministro das finanças (foi lá o ajudante do tesouro), arrisca-se a ficar pela meia-dose por força das circunstâncias. Mas isso é irrelevante para os que estavam do outro lado do contrato celebrado em nome dos contribuintes portugueses. A partir de agora, aqueles já têm direito à sua indemnizaçãozinha não vá o diabo tecê-las. E esse extraordinário especialista em economia que é Alegre, o novo padroeiro poético das cimenteiras, certamente aconselhado pelo profeta Louçã, já pode dormir mais descansado. Às vezes, até um tipo como Sócrates, não merecia estar rodeado por tantos parvalhões.
Ontem na SICN esteve aquele par da comunicação social que a gente sabe, a "explicar" aos espectadores que o TGV é quase de graça porque a União paga uma parte. Ainda esperei que a jornalista lhes perguntasse se sabiam o que era um elefante branco ou, noutras palavras, quais seriam as despesas e o prejuízo diário de manter o animal com rodas de pé.
ResponderEliminarO nosso líder é extremamente culto como provam as suas habilitações e curriculum profissional. Inteligente porque sabe como contornar obstáculos, ultrapassar adversidades assim como rodear-se de pessoas igualmente hábeis e conhecedoras. Humilde porque reconhece facilmente os erros e corrige-os sem qualquer pudor. Simpático porque mostra sempre um semblante com um sorriso sincero. Justo porque ajuda os mais necessitados e repreende com veemência os corruptos e desonestos. Saudável porque faz valer a cultura física e reprime o uso de bebidas alcoólicas e tabaco, sobretudo em aviões.
ResponderEliminarSomos um país com sorte.
É claro que todos compreendemos que para o ego de Sócrates que a todo o custo tinha de deixar uma obra de regime, tinha imperiosamente de fazer o TGV para Madrid!É humanamente compreensível. Um provinciano, metido a politico de Lisboa, com diploma de engenheiro conseguido manhosamente através de amigos devidamente colocados, militando no partido certo, o da situação, depois de um pequeno engano à partida, quando palermamente, se inscreveu no PSD, tinha de , forçosamente, deixar obra com o seu nome!O TGV!E logo para Madrid, a capital da Ibéria!Temos todos de compreender e pagar a factura respectiva, ou com aumento de impostos ou com diminuição de prestações sociais. É um sacrifício que se justifica. Um nosso concidadão precisa de protagonismo e vindo de baixo como ele veio e atingindo o topo, tudo merece!Se temos de nos sacrificar é por uma boa causa.
ResponderEliminarMais um contrapeso para a Refer? Ou vai lá meter o super gestor Mexia?
ResponderEliminarGostei da sugestão de outro comentador de colocar o super gestor Mexia (com toda a sua equipa de lacaios, claro) a gerir o TGV. É que vai ser preciso um portento da gestão para resolver a questãozinha do transporte dos banhistas espanhóis do Poceirão até à Costa de Caparica ou o Guincho, para cumprir o desígnio deste "menistro" das obras que é uma autêntico papagaio sem penas...
ResponderEliminarÉ que a linha contratada é Poceirão-Caia, onde liga à rede espanhola... A ponte e etc. foi adiada pelo palhaço, o dito cujo.
PC