
Há cem anos, neste dia, nasceu António de Spínola. Nada dirá à geração que predomina e para a qual tudo é mais ou menos dirigido e que anda pelos vinte e os trinta e tal anos. Foi para eles que o serviço militar obrigatório foi extinto, para se frustrarem e deprimirem mais depressa. Spínola era, de alto a baixo, um militar. Mesmo quando ocupou, por força do "25/4", o mais alto cargo civil, pensou sempre como militar. E de Cavalaria, que é coisa diferente. Corajoso, mítico, teatral, Spínola perdeu-se estupidamente nos meandros das sequelas da revolução. Sentiu-se traído - um militar a sério tem em alta conta a noção de lealdade - e abandonou um regime que o abandonou prematuramente. Em 1980, o "movimento reformador" a que eu, com apenas dezanove anos pertencia, propôs ao PR Ramalho Eanes a elevação do General a Marechal no âmbito da comemoração do sexto aniversário do "25/4" do qual, afinal, Spínola havia sido o primeiro Chefe de Estado. Honra e glória, pois, à memória de um dos mais ilustres portugueses do século XX.
Foi um grande Militar sem dúvida, mas porventura por isso mesmo foi também ingénuo em relação aos "militares políticos" ...
ResponderEliminarA carreira de Spinola depois do 25 de Abril foi mais do ambito do disparate do que de outra coisa qualquer. Até na questão da elevação a Marechal, de que o João fala, meteu os pés pelas mãos, começando por declarar que nunca aceitaria ser promovido a Marechal juntamente com o "traidor à pátria" Costa Gomes....e acabando por aceitar precisamente isso.
ResponderEliminarJá no final da sua vida, quando era o "Chanceler das ordens honorificas" do regime, resolveu declarar publicamente, para as cameras da TV, que: "Considero completamente cumpridos todos os objectivos do 25 de Abril".....assim, sem mais!
Devia ter-se ficado pelas casernas pois que não tinha capacidade intelectual para mais.
"Agradeço-lhe" penhoradamente a minha expulsão de Moçambique. A minha família lá estava desde 1890. Uma limpeza étnica em total black-out regimental.
ResponderEliminarTenho muitas dúvidas que tenha sido assim, um tão grande militar.
ResponderEliminarO seu comando no centro de Angola foi fraquíssimo. E foi precisamente Costa Gomes quem reverteu a situação militar, a nosso favor.
A pose de militar duro com o inseparável monocúlo, ajudaram a criar uma auréola de grandiosidade, que verdadeiramente nunca existiu.
atosk
Sobre Spínola,
ResponderEliminarNão me vou pronunciar sobre o militar, porque não estou devidamente habilitado para tal.
Agora, sobre o líder, esse sim, foi mau de mais para poder merecer estas honrarias. Este homem, esteve na génese da quase guerra civil em portugal.
Era prepotente, vaidoso e vingativo.
Que descanse em paz.
C. S.
Com franqueza João...
ResponderEliminar... o que o levará a tecer elogios a assassinos ?
Que perda de tempo com tanta merda para se fazer ai no retangulo....
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