5.2.10

O QUE É QUE MUDOU?



Mais tarde ou mais cedo as "escutas" começariam a ser divulgadas. O que foi "revelado" pelo jornal Sol não mostra um poder diferente daquele que conhecemos. Quando muito limita-se a demonstrar que o poder pode subir, com facilidade, à cabeça de qualquer um. E se esse alguém tem pouco mundo, sobe mais depressa. Depois é fácil associar a esse poder - sobretudo se for absoluto - meia dúzia de profissionais da acção comunicacional, um batalhão de eunucos deslumbrados e oportunistas e duas ou três "instituições" entretidas com o que é lateral. Nada disto é, porém, original. Digamos que agora apenas atingiu um patamar especial em que é levado muito à letra um mito urbano famoso: quem se mete com...., leva. Mesmo assim, é preciso mais, muito mais, para pedir politicamente cabeças a rolar. A sociedade portuguesa é complacente e hipócrita. Os últimos freteiros podem, de repente, ser os primeiros justiceiros. A "classe jornalística" há muito que deixou de ter qualquer legitimidade para se indignar em excesso. Nesse aspecto, está praticamente a par com o poder. Não é o caso, por exemplo, de Manuela Moura Guedes ou de José Manuel Fernandes. Em Agosto de 2001, aquando do episódio da "fundação para a prevenção e segurança", Vasco Pulido Valente escreveu um artigo no DN intitulado "os donos". Eram sensivelmente os mesmos de hoje. O que é que mudou?

5 comentários:

  1. radical livre9:41 da tarde

    pgr
    pres. stj
    pm
    continuarão inamovíveis.

    o branqueamento já começou.

    "a oeste nada de novo"
    PQP

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  2. Talvez, ainda mais monturo...

    Negócios apadrinhados
    por interesses tenebrosos,
    tentáculos emaranhados
    entre monturos escabrosos.

    Desta tremenda devassidão
    da política lusitana
    brota a abjecta podridão
    de gentalha tão pobretana.

    O descrédito galopante
    da nossa portugalidade,
    é deveras preocupante
    a actual realidade.

    Da normal anormalidade
    para ficar surpreendido
    emerge a fatalidade
    do nosso regime perdido…

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  3. Farto desta bardinice do "dito cujo"! Será que é desta que vai "pelo cano"????

    PC

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  4. Quando é que acordamos?

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  5. "Isto foi uma forma de torpedear a decisão do Supremo de mandar destruir as escutas. Os magistrados contornam as disposições da lei" , o Sr. Bastonário.
    Sim, e? Sobre o resto não há nada a dizer?

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