8.1.10

ISMOS MEUS, MÁ FORTUNA



O “problema” destas argumentações é que, ao contrário do que os autores possam pensar, acabam em conclusões muito verdadeiras. O Rui Crull Tabosa julga que dando um ar de sarcasmo torna as teses ridículas, mas não. Apenas faz pensar – facto que lhe deveríamos agradecer.
Não existe motivo para que uma relação entre dois familiares próximos não poder ser legal e para que, a quererem, dois familiares próximos não possam assumir um compromisso escrito que os obrigue a determinadas cláusulas. Não existe a violação de nenhum princípio moral aceite, tirando os da moral religiosa que há muito perderam a força de lei. Nenhuma reflexão coerente de que tenha tido conhecimento até hoje justifica a proibição de uniões sexuais entre familiares próximos. Mas, não tenhamos dúvidas, isto é o meu “progressismo”, “modernismo” e mais uns tantos “ismos” a falar.

11 comentários:

  1. Podemos chamar à tua "visão" uma visão monárquica. Como sabes, a endogamia é uma das características de algumas monarquias históricas com alguns resultados maravilhosos em matéria de crias. No sentido apontado no post, a união sexual entre um homem e uma galinha, uma vaca ou uma melancia também está plenamente adequada. Nenhuma "reflexão coerente", literalmente, a proíbe.

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  2. Anónimo6:43 p.m.

    A proibição do incesto, é a raíz universal de todas as civilizações. Mexam, mexam nessa caxinha ...

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  3. João,

    Ao que sei, uma galinha está impossibilitada de assumir um compromisso. A zoofilia é aceitável se não acreditares nos direitos dos animais. Eu até sou dos que acreditam.

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  4. Oi Tiago,

    Concordo totalmente contigo. Só tenho dúvidas relativamente a pais com filhos e entre irmãos, pois não sei até que ponto é que se pode garantir que é uma decisão realmente livre.

    João,

    A união (casamento civil), tal como qualquer contrato implica que os contraentes sejam cidadãos de um país...

    Melhores Cumprimentos,

    João Cardiga

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  5. Às primas e demais parentela endogâmica, no exemplo que dei, também ninguém lhes perguntava se era "aquele" compromisso que queriam assumir. O "compromisso" era um acordo político não era nada de pessoal. Luís XIV ficou paralisado quando viu a "noiva" - e,depois, mulher - que lhe destinaram. Qual compromisso.

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  6. Ó Johnny, já não estamos no tempo do Luís XIV. Hoje em dia (tu sabes isto, não te faças de desentendido...) um contrato só é válido se voluntário :)

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  7. João Sousa7:45 p.m.

    A questão é: qual é o argumento válido que defenda que o Estado não tem que aceitar quaisquer duas pessoas que se queiram casar?

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  8. Dazulpintado8:05 p.m.

    Tiago Moreira Ramalho disse...

    "Ao que sei, uma galinha está impossibilitada de assumir um compromisso"

    Já se for um papagaio, bastaria ensinar-lhe a dizer Sim.

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  9. Tiago Moreira Ramalho
    No tempo de Luis XIV também era obrigatório o consentimento de ambas as partes.
    Fico sinceramente contente pelos casais do mesmo sexo que queiram casar.
    Sinto-me triste e deprimido porque a união, e toda a tensão subjacente, entre um homem e uma mulher, os dois únicos grupos verdadeiramente diferentes da humanidade, perdeu valor ao ser desconsiderado o facto de ser uma união entre diferentes, para projectar o futuro e passar a ser unicamente uma união entre dois parceiros independentemente da diferença entre eles. (era nessa diferença que residia todo o sentido do casamento).
    Não me movendo qualquer preconceito ou qualquer valor moral, (e portanto aberto a ser convencido do contrário), julgo no entanto que ganhámos muito pouco e perdemos muito mais. Homossexuais incluídos.
    O casamento desaparecerá em breve por ser destituído de sentido. Sei que isso agrada ao João Gonçalves, mas acho que será um retrocesso civilizacional se tal acontecer.

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  10. Anónimo9:57 p.m.

    Esta discussão revela como é ridícula a lei paneloka... Esperem para ver as cerimónias boçais que os militantes do detergente com "H" vão patrocinar. É o sonho da vida deles... O dia mais feliz... Internem-nos!

    PC

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  11. não acredito no radicalizar de opções.

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