«A mão está sempre a fugir-me para Alcochete. Mas será que a culpa é minha? Por amor de Deus: depois daquele tio, agora sai-nos um primo vestido de Bruce Lee, a treinar artes marciais no templo de Shaolin e a chamar pelo nome de Wu Guo, "o guerreiro profundo"? Sobre o que é que querem que eu escreva, se nem a família Adams é tão divertida? É a mesma coisa que um paleontólogo tropeçar num osso de dinossauro e virem criticá-lo por começar a escavar (...) Lamento muito, mas o caso Freeport transformou-se numa tragicomédia nacional, que põe ao léu uma República grotesca, sem princípios, sem carácter e completamente disfuncional. Sobre o que hei-de eu escrever, se a vergonha já se estende desde aqui até à China?»
João Miguel Tavares, Diário de Notícias
João Miguel Tavares, Diário de Notícias
Ahahah. Excelente.
ResponderEliminarComentário genial!
ResponderEliminarEsta família sokas também deve ter uma "mãozinha" que age sozinha...
PC
Muito me ri com esta crónica "light".
ResponderEliminar"Lamento muito, mas o caso Freeport transformou-se numa tragicomédia nacional, que põe ao léu uma República grotesca, sem princípios, sem carácter e completamente disfuncional."
Esta parte para remate final da mesma é que já não deve fazer o Regime achar muita piada.
A desfaçatez desta quadrilha é tal que até já aparecem títulos deste teor "Primo iliba o Inginheiro"...
ResponderEliminarE a sacrossanta justiça indígena?Já não é necessária?
Pensei que punha ao leu a mediocridade do jornalismo portugues...
ResponderEliminarA liberdade bem humorada da sátira nacional em José Miguel Tavares é tão corrosiva e penetrante para os Momos mais visados do Regime, que nem a cara íntima de pau do sr. Sócrates resisitu a mover-lhe um processo. O Humor Franco é assim tão perigoso ao seu sorriso óptimo e suposta incontestabilidade, sr. Sócrates?!
ResponderEliminarJoão Miguel Tavares merece pela graça e pelo estilo e pela espinha uma bela salva de palmas e uma grande palmada nas costas. Se fosse do calibre dos esquerdalhos que para ai andam havia de se proclamar vitima e resistente anti-fascista e reclamar logo pensão e subsidio. Em vez disso serenamente, goza. Um abraço!
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