24.4.09

A "HEROÍNA"

Fernanda Câncio trocou a profissão de jornalista por um desvio de ordem afectiva perfeitamente respeitável. Quem é que nunca asneirou à conta desse nobre sentimento, confundindo tudo e, sobretudo, confundindo-se a si mesmo? A diferença é que, salvo nos momentos de puro paroxismo, a maioria tenta não exibir publicamente as consequências do referido sentimento. Muito menos verter isso em letra de forma. Aliás, as melhores heroínas e os melhores heróis do mencionado desvario, em versão literária, acabaram mal. Karenina, por exemplo, estatelou-se voluntariamente debaixo de uma locomotiva e Julien Sorel terminou, como lhe competia, exangue e executado. Dito isto, não me apetece comentar este artigo manhoso contra o Chefe de Estado já que a sua autoria material não coincide com a autoria moral. É mais uma espécie de "música" escrita a quatro mãos. E da má. Por isso, reproduzo apenas a opinião de um leitor devidamente identificado que me parece resumir bem a coisa.

«A Sr. D. Câncio "entendeu", desta vez, que era tempo de virar a sua verborreia primária para o Presidente da República. Numa versão pouco sofisticada do personal trainer Vitorino, mas sem qualquer pinta de decência ou escrúpulo intelectual, a Sr.D. Câncio atira-se como uma hiena feroz ao Presidente. Acusando-o, afinal, dos vícios de personalidade da pessoa que defende a toda a hora e a qualquer custo : mentiroso, incoerente, desleal e egoísta. Constatar o insólito e rídiculo da "namorada" do Primeiro-Ministro atacar a mais alta figura da nação deveria levar-nos a sorrir , sobretudo por verificar ao ponto a que este país chegou quando as opiniões da Sra. Câncio vão mais longe que um blog lido por amigos. Todavia, a questão merece um olhar mais atento porque a Sr. D. Câncio representa, na sua essência, mais uma emanação da mão negra de serviço do governo de Sócrates, a qual que não hesita em intimidar, desqualificar e censurar qualquer voz que se atravesse no seu caminho e se oponha à obra do Querido Líder. Desta vez calhou na rifa ao Presidente a desdita trauliteira, pela ousadia de, mais uma vez, chamar a atenção para os prejuízos das políticas das estatísticas e os custos para o Estado dos negócios com os empresários "amigos" do governo. À semelhança de outros acólitos que compõem a clique com assento nos meios de comunicação social, Câncio é um clone do Querido Líder, criada à imagem e semelhança dos seus valores, promovida a toda a velocidade e disponível para fazer o trabalhinho sujo. "Jornalismo de sarjeta"? Ora ei-lo. Tem a Sra. D. Câncio direito a expressar a sua opinião? Sem dúvida. É exactamente assim que ela defende as causas "fracturantes". Com baixo nível, intolerância e um profundo desprezo por todos que não perfilham o que não foi criado à semelhança das suas "convicções". Ironicamente, Câncio e Sócrates, grandes defensores das minorias são, afinal, grandes racistas.»

12 comentários:

  1. Concordo com o texto do post e concordo com o texto de leitor, só não concordo com o facto de que ao ler este texto me foi levantada a curiosidade de ler o que tinha escrito a referida senhora, o que me era perfeitamente dispensável.

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  2. E o Cavaco não processa já a mulher??!!

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  3. Cáustico6:56 da tarde

    Não se trata de processar. O problema reside unicamente no facto de ser PR e não a poder mandar à merda.
    Meus pais sempre me recomendaram que é preciso muito cuidado com o tratamento que se dá a uma mulher. Muito embora reconheça que há por aí muita gente que abdica dos princípios de antanho, continuo a utilizar o D. apenas para mulheres de inquestionável dignidade. Para mim, uma mulher é quase sagrada enquanto se mostra firme no pedestal da virtude em sentido lato. Quando se lança dele abaixo passo a dar-lhe o tratamento que dou, sem deixar de a respeitar como ser humano, às tasqueiras, ás merceeiras, ás peixeiras.
    Não sei por que razão o autor do artigo, que aplaudo, a trata por dona.
    Não há qualquer dúvida que o mundo está virado do avesso. Tanta liberdade foi exigida, que hoje até se dá o tratamento de dona a qualquer peixeira, a qualquer estupor, a qualquer prostituta.
    Tenho de reconhecer que hoje, a maior parte das mulheres,se lança do tal pedestal com a mesma facilidade com que esfrego um olho.

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  4. Álvaro Pais6:58 da tarde

    O artigo da "namorada" é simplesmente nojento, como aliás era de esperar. E não lhe ficam atrás alguns dos "comentários" que lhe são feitos no próprio DN, esse eterno lambe-botas do poder do momento que, animado agora pelos incentivos do falso engenheiro, refina cada vez mais na degradação...

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  5. Enquanto houver quem lhe publicite os escritos, a senhora agradece.

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  6. Nada de preocupações:estes 2 monstros - ele e ela - estão em fim de ciclo!Pto,há q ter paciência e aguentar esta PALHAÇADA só p/+ alguns "mesitos"!!!
    (IBM=ide-berda-m__da)
    M.Lino.

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  7. Só me consigo lembrar do Il Duce. Outra e outra vez...
    O Regime faz anos, com Côncios e Freeports, celebremos apagando as velas e continuando a beber o cálice até às fezes.

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  8. Esta Senhora e o namoradinho são dois infelizes.

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  9. Paquiderme10:04 da tarde

    Percebia-se que o querido lider estava a ser cínico na entrevista da RTP quando disse que não se referia ao PR por causa dos "recados e dos remoques". Agora é querida "namoradinha" que ataca desabridamente o PR. Faz muito bem à democracia este jogo cínico de um casal que se julga dono do país e, po isso, fala com uma arrogância insuportável. O DN lá continua a ser a voz da dona. Bravo Marcelino!

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  10. O Zézito mandou a f.puxar do chinelo e atirá-lo ao Cavaco.O baixo nivel é tanto que já nem o pigmeu SS basta.

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  11. hajapachorra12:13 da manhã

    Já há muito que ando a dizer isto: o governo socretino nem sequer é mau, já tivemos muitos maus governos e cá nos vamos safando, a quadrilha que nos envergonha é apenas indigna. E este apenas é calamitoso, porque serão precisos anos para recuperarmos um mínimo de decência.

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  12. A «jornalista vestida de comentadora» Câncio (não digo travestida porque não sou homofóbico) não acrescenta muito sobre a opinião que já se sabia que tinha sobre Cavaco. Apresenta também apenas mais um exemplo da «relação» que tem com a verdade (aliás a maior ralação dela parece ser que não se note nas suas relações).
    Importante é o que também revela publicamente sobre o «quase-engenheiro», em especial no seguinte trecho em que avalia: «os termos do seu [de Cavaco] último discurso, repetindo quase palavra por palavra a doutrina da líder do PSD e estrategicamente pronunciado quando já não pode dissolver o Parlamento».
    Atendendo à entrevista desta semana do «quase-engenheiro» que fez uma interpretação oposta do dito discurso de Cavaco (evidente para Câncio «palavra por palavra»), uma de duas, na versão da «jornalista vestida de comentadora»:
    1- O «quase-engenheiro» é um idiota que apesar de Cavaco repetir palavra por palavra Ferreira Leite não percebe a relação entre os discursos, nem sequer se apercebe das críticas, aliás injustas e falsas, que o visavam (a ele «quase-engenheiro»).
    2- O «quase-engenheiro» não é idiota a esse ponto, mas disse o que disse na conversa em família da sua RTP porque é um mentiroso.
    Dê por onde der parece que nem uma nem outra hipótese devem incomodar a cancionista. A ver pelas missas cantadas que a «jornalista vestida de prelada» ministra aos seus apaniguados ela convive bem com a idiotia. Por outro lado, fazendo questão de apanhar as incoerências, contradições de tantos e tantos, decerto que já captou algumas incompatibilidades entre o que diz o «quase-engenheiro» e a realidade. Aliás ela não afiança que ele é verdadeiro, apenas rejeita que ele tenha uma «relação difícil com a verdade». E aí, uma vez mais, a «jornalista vestida de psicanalista» acerta, os mentirosos profissionais, em regra, não têm relações difíceis com a verdade.
    Daqui não resulta que eu pense que o «quase-engenheiro» seja mentiroso, nem ignorante, há uns anos até partilhou que era um animal feroz que lia Popper e há uns dias falou com particular à vontade de uns livros «que toda a gente conhece» escritos na América latina… que nem eu, nem amigos meus que até são universitários de países dessa zona geográfica conhecemos. O problema com que fica alguém que se preocupa, como o sr. «quase-engenheiro», com a «lógica do conhecimento» «a la Popper», é que se ele não for nem idiota, nem mentiroso, o que será a «jornalista vestida de qualquer coisa»?

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