1.3.09

ARONS, A ETERNA VOZ DO DONO


Afinal foi o velho controleiro do PS para a comunicação social, Arons de Carvalho, quem acabou por vir a público "denunciar" o jornal e a televisão responsáveis pela "campanha negra" e pelas "calúnias". Para que não restassem dúvidas, e quanto à televisão, Arons foi pidescamente mais preciso. Trata-se do "jornal das sextas" da TVI e não um qualquer telejornal. É este o PS da "mudança", o lema da moção aprovada apenas com um desgraçado voto contrário, um PS onde pairam patrulheiros mumificados deste calibre?

12 comentários:

  1. É a chamada Mudança em Velho! Arons agora é o novo mastim de Sócrates. Certamente quererá mostrar uma folha de serviço tão impecável quanto a de Vital, Caniche Vocal Inexcedível ao longo da desastrosa legislatura.

    Como cair nas boas graças e conquistar o favor do Querido Líder?! Rosnando. Mordendo. A patrulha 'democrática' e a 'mudança' em todo o tempo e lugar, com gente de este calibre, resulta sempre na mesma merda!

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  2. Mas que mudança esperar de um PM que se assume primeiro como líder partidário. Manuela esteve mal. Mas Sócrates esteve pior ao ignorar que o que se ia decidir em Bruxelas influencia o nosso destino nos próximos anos. E Portugal tem trabalhadores, bancos e empresas no leste. Não mudava a decisão tomada se ele fosse. Mas assim quem espera ele mobilizar para as europeias? Grave, grave!
    Aqui fica um convite para uma análise da cimeira:
    http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/03/desuniao-europeia-em-bruxelas-e-os.html

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  3. Meu caro,
    Se não fosse assim, como é que o serventuário garantia o lugarzinho à manjedoura?
    Como dizia o outro, isto são "indignações bem pagas".

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  4. o pm, o governo, o ps e portugal fazem-me lembrar um desenho de Bosch intitulado:
    «a nave dos loucos em chamas»

    radical livre

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  5. Arons foi sempre um polícia de costumes da informação. Felizmente que ainda há quem não se deixe intimidar por este cacique do Largo do Rato Ele e os seus companheiros merecem ser todos os dias denunciados pela sua arrogãncia e prepotência. Depois da campanha negra, virá agora a caça às bruxas, especialidade de quem tem mentalidade pidesca. Arons, com as tuas ameaças podes calar muitos, por medo, mas não calarás todos.

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  6. Uma múmia paralítica, que se especializou na perseguição pidesca a tudo quanto mexe em campo alheio.
    Uma nulidade analfabeta, que nunca escreveu coisa com coisa, desde os tempos do "República" até hoje.
    Anda agora com medo de perder o tacho de deputado, lambendo as botas a quem quer que lho assegure, já que que nunca na vida soube nem sabe fazer mais nada que não seja esfregar o cu pelas cadeiras. Um nojo!

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  7. Aquilo mais parecia "o triunfo da vontade" da Léni Rifhenstal, salvaguardadas as devidas distâncias. Com um PS tão domesticado e com um lider tão "iluminado" e voluntarista estamos, certamente, condenados a mais 4 anos disto.

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  8. Boa promoção ao Jornal Nacional de 6ª da MMG. Quem não costumava ver, vai passar a fazê-lo. Ainda estamos a temnpo de correr com o zezito... a pontapé.

    E venha quem vier!

    PC

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  9. "Cabe-lhe provar que existe um conluio ou uma cabala entre órgãos de comunicação social e Marcelo Rebelo de Sousa", declarou Arons de Carvalho, considerando que essa sugestão por parte de Rui Gomes da Silva prova "o delírio do Governo em matéria de comunicação social.

    "É grave que venha falar assim de dois jornais considerados de referência sem provar minimamente o que disse", acrescentou o deputado socialista."
    UOL 19/10/2004


    Palavras de quem fácilmente prostitui o verbo.
    AS segundas linhas estão à altura das primeiras...

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  10. A maçonaria, várias fundações aliadas e beneficiárias do regimen socretino assim como algumas corporações secretas do contrôle do poder, tudo estão a fazer para que o establishement não sofra rombos.

    A verdade é que estão em pânico, pois pelas melhores previsões a lista nacional socretina não antigirá os 30%.

    O país está à beira da bancarrota e muita gente está aflita para "esconderem" os papeis.

    Há muitas explicações para dar, incluindo os últimos "negócios" ruinosos para os contribuintes.


    A verdade vai vir toda ao de cima, como o azeite.

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  11. Boas Vi o congresso todo o fim de semana en 3 canais de noticias + blogs+jornais etc e acompanhei tudo isso da Bélgica, nunca tinha seguido um congresso como este,
    Tou enjoado, tanta arrogancia, tanto eu e so eu e so eu, faz-me lembrar alguem na história,mas que tinha outro poder e depois deu o que deu.
    vi caras que entram há dezenas de anos pelas televisoes, estou doente de tanta arrogancia.
    Temos que mudar isto,aquela mesa do congresso era só, eu é que mando o resto é paisagem, temos os blogs como a maior arma para derrotar tanta arrogancia, chega de Freeports, casa pia, bpp,bcp,apito dourado,cgd,e mais que por ai anda.
    Portugueses abram vem os olhos, os próximos anos vão ser maus e com tanta arrogancia e tanto poder, vamos recuar umas dezenas de anos na democracia, isso está tudo controlado, ninguém lhe pode chegar. Vamos mudar a História de um pais através dos blogs, talvez uma primeira mundial
    Abraços

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  12. Educação, a bateria e a especialização

    Ao contrário da Economia, da Justiça ou da Saúde, em que são habitualmente
    chamados a pronunciar-se os profissionais da área respectiva, na
    Educação todos se sentem habilitados a dar palpites sobre o sector e sobre as
    reformas que são ou não necessárias. Cada vez mais, o estatuto da Educação
    se assemelha ao do futebol: como toda gente deu pontapés na bola na infância
    e na adolescência, acha que domina a arte de colocar a bola no fundo da baliza.

    Na Educação, também todos passámos pelos bancos da escola e/ou somos
    pais e, por isso, nos sentimos habilitados a dar palpites sobre Educação e a
    fazer os mais definitivos diagnósticos sobre o sector.
    Basta ligar a televisão ou um qualquer jornal, para vermos políticos,
    economistas, psicólogos, psiquiatras, advogados, jornalistas ou fabricantes de
    garrafas a pronunciarem-se de cátedra sobre o assunto. E aqui reside o principal
    erro que se comete em Portugal em matéria de Educação. Há a ideia generalizada
    de que este não é uma matéria que exija especialização. Contudo,
    qualquer professor consciente sabe que, pelo contrário, é um sector que exige
    uma enorme especialização e experiência.

    Há muitos anos atrás, quando um grupo de adolescentes queria formar
    uma banda de garagem, quem ficava a tocar bateria era quem não sabia tocar
    nenhum outro instrumento. Hoje a bateria é motivo de teses de mestrado, mas
    numa época de pouco conhecimento considerava-se que qualquer pessoa
    era capaz de dar umas batidas nos pratos. Na política portuguesa também é
    assim: para ministro da Justiça escolhe-se um advogado ou um juiz, para a
    pasta da Economia escolhe-se um economista, para a pasta da Saúde vai um
    médico ou professor de Saúde Pública. Para a Educação, vai qualquer um. Não
    é necessário nem especialização nem o conhecimento do sector. Extraordinário!

    Ninguém se lembraria de escolher um veterinário para ministro das
    Finanças, mas toda a gente achou natural que a economista Manuela Ferreira
    Leite ascendesse à pasta da Educação. Também toda a gente achou normal
    que os engenheiros mecânicos Couto dos Santos e Marçal Grilo (este com
    algum contacto com o sector) passassem a inquilinos do prédio da 5 de Outubro.
    Ou que David Justino, autarca e professor do ensino superior, ocupasse as
    mesmas funções.

    Nada mais pacífico, por isso, que Santana Lopes tivesse convidado uma
    especialista de telecomunicações para o cargo, com os resultados trágicos que
    se conhecem. Posto isto, quem se admiraria ao ver José Sócrates convidar
    uma professora de Sociologia, sem qualquer currículo conhecido na área do
    ensino básico ou secundário para o cargo? Aliás, parece que todas as profissões
    dão excelentes currículos para ministro da Educação, excepto uma: a de
    professor dos ciclos de ensino respectivos!
    Quando foi conhecido o nome de Maria de Lurdes Rodrigues para a pasta
    da Educação, todos se interrogaram quem seria a nova titular, uma vez que
    ninguém a conhecia. Além de algumas obras publicadas, que nada tinham a
    ver com o ensino secundário, sabia-se que era presidente do Observatório das
    Ciências em Portugal. Contudo, logo os jornalistas descobriram uma "qualidade"
    na nova ministra que a qualificava para o cargo: era conhecido o seu mau
    feitio. Não demorou muito a que os portugueses demorassem a descobrir que
    o critério "mau feitio" era extensivo aos seus secretários de Estado. Um critério,
    no mínimo estranho, numa pasta que envolve milhões de pessoas e em
    que a capacidade de comunicação deveria ser prioritária.
    Existem quase 150 mil professores em Portugal a trabalhar no ensino
    básico e secundário, mas, ao que parece, nenhum sabe suficientemente de
    educação para desempenhar o cargo.

    É caso para perguntar o que fazem estes
    milhares de professores durante dias, meses, anos ou décadas de profissão. Se
    dia após dia, não se estão a especializar em Educação, então o que estão a
    fazer?
    Aprender a fazer horários, conciliando uma complexidade de factores,
    não é especialização? Dirigir uma escola não é especialização? Gerir uma turma
    de alunos desestruturados não é especialização? Contudo, parece que em
    Portugal, todo este conhecimento fundamental não habilita nenhum dos profissionais
    de Educação a dirigir o ministério respectivo. Extraordinário!

    Ao invés, parece que o que habilita alguém para o cargo é nunca ter
    dado uma aula na vida no sector que vai dirigir! Ou que não faça a mínima
    ideia do que sejam as dinâmicas dentro de uma sala de aula. Não será esta
    sistemática ostracização dos professores, afinal, uma falta de consideração da
    classe política para com os profissionais de Educação deste País?

    Como se pode conceber que conhecer o sistema por dentro nada valha
    para a classe política? Como se admite que, se não me falha a memória, nem
    um único professor tenha sido convidado para ocupar o cargo de ministro ou
    de secretário de Estado neste País nas últimas décadas? Será que aos professores
    do ensino básico e secundário está reservado o estatuto de menoridade
    mental e profissional, apesar das provas de bom senso que revelam todos os
    dias?

    Com o devido respeito, enquanto cidadão, considero que os professores têm
    cumprido incomparavelmente melhor as suas funções do que a classe política.
    Se alguma dúvida houvesse, bastaria ver o estado em que encontra este País.
    Por outro lado, convém lembrar que a responsabilidade das políticas educativas
    erráticas e inconsequentes é da classe política, não dos docentes, que
    apenas as executam
    As estatísticas e o sucesso educativo
    Os portugueses têm assistido, com alguma perplexidade, às queixas da senhora
    ministra da Educação sobre as taxas de insucesso e abandono escolar. Afinal,
    a um ministro da República não se pede que se queixe, mas que resolva
    os problemas. Para isso tem, primeiro, de conhecer a realidade.

    Contudo, os
    argumentos que a senhora ministra e os seus secretários de Estado têm trazido
    para a comunicação social mais não revelam que um profundo desconhecimento
    do trabalho produzido nas escolas.
    As questões são simples e quem está no terreno conhece as soluções há
    muitos anos. O entendimento entre os professores não é difícil e, regra geral
    há consenso sobre a forma de resolver os problemas. Aliás, os profissionais,
    seja qual for o ramo de actividade, conhecem sempre muito bem os problemas
    da sua área de actuação e, por isso, as soluções também são geralmente consensuais.

    As dificuldades surgem quando aparecem políticos, que não conhecem
    a verdadeira dimensão dos problemas, a Governar sectores que não
    dominam. O resultado traduz-se invariavelmente em contestação dos profissionais
    em causa e medidas avulsas e inconsequentes.
    Há anos que os professores deitam as mãos à cabeça com as medidas
    apresentadas pelos sucessivos governos, cada uma pior que a outra. Com a
    sua proverbial paciência, professores e conselhos executivos tentam implementar
    o que, muitas vezes, não tem qualquer viabilidade ou aderência à realidade.

    Se a autonomia das escolas lhes permitisse rejeitar muitas das directivas
    absurdas que lhes chegam anualmente, por certo, muito dinheiro pouparia
    o País e muita eficácia ganhariam as escolas.
    Mas vamos às queixas da senhora ministra. Para responder a estes
    questões, não precisamos de comissões de sábios ou de espertos (tradução
    livre do Inglês), qualquer professor esclarecido conhece as soluções. Porque é
    que os alunos não completam o 12º ano? A resposta é curta e simples: o elevado
    grau de abstracção dos actuais programas do 12º ano não é compatível
    com o perfil de uma parte significativa da população escolar.
    O problema não está nos alunos nem nos professores nem nos pais nem
    sequer no sistema de ensino, mas nos programas, que foram criados com a
    função de preencher anos pré-universitários. Ora, quem não tem perfil universitário
    - e são muitos - também não tem perfil para frequentar o actual 12º
    ano. Se o País quer que a generalidade dos alunos completem o 12º ano tem
    de lhes propor outras competências, de menor abstracção e complexidade,
    seja através de cursos profissionais ou outros. E ponto final.

    Volto à questão da necessidade de especialização da escola. O Ministério
    da Educação olha para a população escolar como uma massa uniforme e, por
    norma, propõe soluções universais para problemas bem distintos. Erro crasso.
    Já dizia, Descartes que os problemas complexos se devem decompor em problemas
    simples, para que se possam resolver.
    Ora, com a democratização do ensino, toda a população jovem passou a ter
    acesso à escola. E com ela chegaram novos problemas às escolas que exigiriam
    soluções diferenciadas. Contudo, o Ministério da Educação continua a
    comportar-se como se a população escolar tivesse a mesma homogeneidade
    de há 30 anos. Não tem. A população escolar de hoje é altamente heterogénea,
    uma consequência da universalidade do ensino.
    Os três nós górdios do ensino secundário
    1) O atraso mental ligeiro
    Numa linguagem simplificada, eu diria que há três tipos de novos utentes
    que acederam à escola nas últimas duas ou três décadas e que têm sido
    ignorados pela classe política. Uma dessas classes, de que nunca se fala, é a
    população escolar menos favorecida intelectualmente. Não há que ter pudor ou
    vergonha em falar no assunto, eles existem, há que assumir essa realidade.
    Há 30 anos, não passavam do 1º ciclo, hoje frequentam o terceiro ciclo e pretende-
    se que cumpram no futuro 12 anos de escolaridade.
    A população escolar não deve ser dividida numa grande maioria, inteligente,
    e numa pequena minoria, deficiente. Não. Há uma fatia intermédia da
    população escolar que, não sendo considerada deficiente, possui, no entanto, o
    que definiria, ainda que sem rigor científico, como grau de atraso mental ligeiro.
    Todavia, não é politicamente correcto admitir que existem alunos intelectualmente
    limitados, todos preferem assobiar para o lado e fingir que o problema
    não existe.
    Por certo, até hoje nenhum ministro da Educação se lembrou de pedir o
    perfil da população escolar em termos de Quociente de Inteligência (QI). Seria
    um exercício interessante confrontar esses resultados com as exigências dos
    programas escolares. Ora, o Ministério da Educação continua a exigir a estes
    jovens menos dotados intelectualmente aquilo a que eles não conseguem corresponder.
    Numa estimativa meramente empírica, baseado na minha própria
    experiência de professor, diria que esta população não andará longe dos 10%,
    o que, concordemos, é um número muito significativo.
    Na minha opinião, há que olhar para este problema de forma integrada
    pois os cursos profissionais apenas o resolverá em parte. Não esqueçamos
    que, num mundo globalizado, cada vez se exige mais dos profissionais, seja
    qual for a área. E hoje, exige-se muito a um electricista, um jardineiro ou um
    mecânico, bem mais do que estes alunos poderão eventualmente dar.
    Por isso, mesmo depois de formados, dificilmente estes jovens poderão
    competir de igual para igual no mercado de trabalho. As limitações intelectuais
    não desaparecem só porque frequentaram cursos de formação e, por isso,
    seria importante que o Governo criasse bolsas de trabalho protegidas, quer no
    Estado quer no sector privado, através de protocolos com as empresas.
    Não entendo, por exemplo, porque é que pessoas com QI médio ocupam
    postos de trabalho no sector da limpeza, quando este, por ser menos exigente,
    deveria ser um sector de mercado de trabalho protegido dirigido para
    pessoas de QI baixo, que dificilmente conseguirão emprego estável noutras
    áreas. O que a sociedade não pode é marginalizar estes jovens nem deixar de
    lhes oferecer uma colocação profissional compatível com as suas limitações
    intelectuais. E ao ignorar as suas limitações, o Estado está a empurrar involuntariamente
    estes jovens para a marginalidade social.
    2- a) O mundo das famílias desestruturadas
    O segundo tipo de utente que tem acedido à escola nas últimas décadas
    é o das chamadas famílias desestruturadas. Antes de 25 de Abril de 1974,
    estes jovens eram perseguidos e marginalizados pelos próprios professores,
    seguindo as directrizes e as práticas do Ministério da Educação. Se não eram
    expulsos, eram tão maltratados que acabavam por abandonar as escolas na
    primeira oportunidade.
    Contudo, hoje fazem parte da população escolar e, reconheça-se, de
    pleno direito. No entanto, mais uma vez, o Ministério da Educação não os
    reconhece como segmento de população escolar diferenciado e remete a solução
    dos problemas que causam no normal desenrolar da vida escolar para as
    escolas, sem os correspondentes meios.
    Aqui, as soluções para a resolução deste problema dividem-se. A Alemanha
    decidiu criar escolas de nível regular, médio e máximo e dar aos pais a
    opção de escolherem a escola dos seus filhos. A formação dos professores, ao
    que me informaram, também é diferenciada: os das escolas regulares têm
    competências reforçadas ao nível do comportamento e integração social e os
    das outras escolas ao nível científico. Confesso que me inclino, cada vez mais,
    para esta opção porque é a que mais atenção dá aos diversos públicos-alvo.
    A outra opção passa por manter a actual heterogeneidade das turmas. Contudo,
    também aqui há limites inultrapassáveis, como o número de alunos problemáticos
    a nível de comportamento por turma. Por norma, um professor
    consegue gerir satisfatoriamente uma turma com um ou dois alunos problemáticos,
    mas jamais conseguirá gerir com sucesso turmas com 10 ou 15 alunos
    problemáticos. Neste caso, o rendimento escolar fica irremediavelmente comprometido.
    Bem pode o professor "fazer o pino", pois em Educação não há
    milagres.
    Ora, hoje em dia o Ministério da Educação impõe que as turmas só possam
    ser desdobradas se tiverem mais de 30 alunos, exceptuando se tiverem
    alunos com algum tipo de deficiência. Ora, os alunos desestruturados não são
    deficientes e, por isso, hoje há turmas com 10 ou 15 alunos problemáticos
    integrados em turmas de 30 alunos. O resultado só pode ser trágico, quer para
    os alunos problemáticos, que não têm a atenção que lhes é devida, quer para
    os restantes, que não conseguem aprender o que deviam. Obviamente, a culpa
    aqui não é dos professores, mas das regras absurdas impostas pelo Ministério
    da Educação.
    Ainda nesta opção, é absolutamente indispensável que a indisciplina
    orgânica não se torne norma na aula. A sala de aula é um local de trabalho,
    não o prolongamento do recreio. Contudo, cada vez é mais difícil distinguir o
    recreio da sala de aula. Ou é o auscultador que o aluno coloca mais ou menos
    discretamente no ouvido, ou é o telemóvel, ou o caderno e o livro que não são
    trazidos para a aula, ou a conversa irreverente com o parceiro do lado enquanto
    o professor tenta explicar a matéria, tudo isto perturba enormemente uma
    aula e reduz drasticamente a aprendizagem.
    Ora, esta indisciplina orgânica deve ser muito mais penalizadora para o
    aluno do que é actualmente. A solução, do meu ponto de vista, passa por criar
    um núcleo disciplinar dentro de cada escola. Se um aluno desrespeita sistematicamente
    as regras de comportamento na sala de aula, deve ser obrigado a
    sair, mas não para regressar 10 ou 15 minutos depois à aula seguinte, continuando
    a ter o mesmo comportamento. Alguém que é expulso de uma aula
    por mau comportamento deveria ficar até ao final do horário escolar numa sala
    disciplinar, acompanhado por dois professores, com o perfil adequado para o
    efeito. Isto já é feito, com êxito, em escolas americanas.
    Outra medida poderia passar pela mudança compulsiva de turma ou até, de
    estabelecimento de ensino, bastando para tal uma avaliação negativa do comportamento
    do aluno, devidamente fundamentada, por parte do conselho de
    turma. Só assim, o combate à indisciplina será suficientemente dissuasor. O
    actual modelo do processo disciplinar, burocrático, interminável e permissivo,
    não tem qualquer eficácia e deveria ser reservado apenas a casos de violência,
    física ou verbal. Muitas vezes, quando chega ao fim o processo disciplinar, já
    acabou o ano lectivo. E, na maior parte das vezes, a pena é tão simbólica que
    põe o sistema a ridículo.
    2-b) A violência na escola
    Ainda dentro do capítulo das famílias desestruturadas, é preciso considerar
    o caso-limite da violência nas escolas, que afecta, sobretudo, a periferia
    das grandes cidades. O Ministério da Educação não pode remeter o problema
    para as escolas, lavando daí as suas mãos como Pilatos. Pior ainda quando
    decide acusar de incompetência os professores e as escolas em dificuldade,
    com o extraordinário argumento de que há escolas que têm êxito em situações
    idênticas.
    Aliás, nos célebres vídeos da RTP, a estratégia do secretário de Estado
    passou (surpresa!) por tentar culpabilizar os professores em causa pela violência
    nas aulas, quando se percebe claramente que há naqueles alunos uma
    agressividade perfeitamente anormal que exigiria um apoio especializado
    acrescido àquelas escolas. Aliás, esta é a estratégia recorrente dos responsáveis
    do Ministério da Educação: quando algo não está bem, a culpa é invariavelmente
    dos professores. É a visão simplex da Educação.
    No caso dos vídeos na RTP, seria previsível que os responsáveis do ME
    tomassem medidas para resolver os problemas de violência nas escolas. Todavia,
    logo surgiu a notícia de que o Ministério iria tentar acusar a direcção das
    escolas de violação do direito de imagem, apesar de ninguém ser identificado
    na reportagem. Fantástico!
    3- O problema da motivação
    Um terceiro grupo problemático é o dos alunos que, devido a problemas de
    motivação ou bloqueios emocionais não conseguem ter um rendimento escolar
    normal. Muitas vezes, falta de motivação e de resultados não implica mau
    comportamento nas aulas. Muitos factores podem estar associados a estes
    problemas. Um deles é conhecido como hiperactividade ou défice de atenção.
    Segundo o pedopsiquiatra Nuno Lobo Antunes, 7,5% da população escolar tem
    este problema. Numa escola de 1300 alunos, 100 alunos sofrerão assim deste
    problema. Uma multidão.
    E qual é a resposta do Ministério da Educação para este problema, que
    exige tratamento médico especializado? A informação que tenho é que a única
    consulta do Estado na região, localizada no Hospital de Leiria, tem uma lista de
    espera de 7 meses... No sector privado, uma consulta da especialidade pode
    chegar aos 100 euros, bem longe do alcance da maioria dos pais.
    Diante deste cenário, que razão tem a senhora ministra da Educação
    para se queixar dos maus resultados escolares dos alunos? Além destes, existem
    muitos outros problemas de saúde que explicam o baixo rendimento dos
    alunos, como dislexia, problemas de visão, audição, etc., muito mais frequentes
    do que se pode imaginar e que dificilmente os professores conseguem
    detectar.
    Ainda relativamente à motivação, que soluções propõe o Ministério da
    Educação para os inúmeros casos de falta de acompanhamento dos alunos por
    parte dos pais? É um erro de palmatória pensar que os professores podem
    substituir os pais no acompanhamento parental. Com 5 ou 6 turmas de 25 a
    30 alunos e horários rígidos, perfazendo 100 a 150 alunos a seu cargo diariamente,
    os professores não têm nem tempo nem vocação para fazer esse
    acompanhamento. O resto não passa de fantasias delirantes. Ponto final.
    A "solução" do Ministério da Educação de alargar os horários escolares
    para permitir o melhor acompanhamento desses alunos dificilmente terá qualquer
    eficácia. Primeiro, porque não é em 45 minutos ou mesmo 90 minutos
    que se consegue dar o mínimo de acompanhamento parental a grupos de 5, 10
    ou 15 alunos. Em segundo lugar, mais horas num horário escolar já sobrecarregado
    soa como um castigo extra para os alunos, que, ao fim do dia, já estão
    cansados e stressados e só querem ir para casa descansar.
    Outra medida inconsequente são as chamadas aulas de substituição. Se
    elas são compreensíveis no 1º ou 2º ciclo, dada a tenra idade dos alunos, que
    exige uma supervisão apertada, o mesmo não acontece no 3º ciclo e no ensino
    secundário, onde os alunos já dispõem de razoável autonomia. O argumento
    da senhora ministra de que se os alunos não estiverem na sala de aula andam
    pelos cafés a embebedarem-se não colhe.
    Em primeiro lugar, se as escolas não estão vedadas, é obrigação do
    Ministério da Educação fazê-lo. Os alunos devem permanecer no espaço escolar
    durante o tempo do horário escolar. E a esmagadora maioria dos alunos
    portugueses não são bêbados nem toxicodependentes, são jovens que precisam
    de brincar e de socializar, coisa que sempre fizeram de forma saudável.
    Com esta medida, a senhora ministra impede os alunos de o fazer no recreio.
    A consequência é que transformam o espaço da sala de aula, que deveria ser
    sagrado e reservado ao estudo, no recreio. Os resultados desta medida em
    termos de cultura escolar são, obviamente, catastróficos.
    As medidas piedosas e populistas do Ministério da Educação, que podem
    parecer óptimas para pais e leigos na matéria, traduzem-se afinal em mais
    custos para os contribuintes e resultados nulos. Este é mais um exemplo de
    que a Educação precisa de especialização e que os especialistas deste sector
    não são gestores, sociólogos ou engenheiros mecânicos, mas professores.
    E, já agora, qual é a penalização (ou incentivo) para os pais que nem sequer
    vão à escola quando são solicitados? Será que o sucesso educativo não passa
    pela responsabilização de todos os intervenientes no processo educativo? Muito
    francamente, não me parece sério um discurso que só procura responsabilizar
    uma das partes e se demite totalmente de responsabilizar os outros intervenientes
    no processo. Ou será que o Ministério da Educação optou por afrontar
    apenas os professores por serem apenas 150 mil e não tem coragem de responsabilizar
    pais e alunos, por estes serem 3 ou 4 milhões?
    A avaliação dos professores
    a) Os "maus professores"
    Em quase 20 anos de ensino, contam-se pelos dedos de uma mão os
    comportamentos não responsáveis de professores que observei. Por isso, é
    com perplexidade que ouço falar da necessidade de punir os "maus professores".
    De que País estamos a falar: da Somália, do Sudão ou do Burkina Faso?!
    Com certeza os professores são humanos, terão seguramente personalidades
    muito diferentes, qualidades e defeitos, mas, se há classe que me merece confiança,
    é a dos professores.
    De resto, numa profissão sujeito ao escrutínio de tanta gente, dificilmente
    algum professor não cumprirá as suas obrigações. Qualquer aluno,
    encarregado de educação ou professor se pode queixar ao conselho executivo
    da escola e todas as queixas são tidas em conta, consideradas e dado o devido
    encaminhamento. Os casos poderão depois ser passados à inspecção que os
    analisa a pente fino e, mesmo assim, raras são as condenações de professores.
    Só quem não percebe nada do que são as escolas portuguesas - e muitos
    são, incluindo a maioria dos jornalistas - consegue acreditar na fantástica
    tese de que o problema do ensino secundário reside na qualidade dos professores.
    Lembro que a quase totalidade dos professores são pessoas formadas e,
    como já sublinhei, têm de dar diariamente provas de bom senso. Na verdade,
    o que falta nas escolas são regras eficazes a todos os níveis e flexibilidade na
    gestão.
    Por isso, é lamentável que a campanha de difamação dos professores
    parta precisamente dos responsáveis do Ministério da Educação. E mais lamentável
    ainda é que num dia lancem lama sobre a classe, para logo no dia
    seguinte virem dizer que não era bem assim, e que a culpa é do jornalista que
    deu a notícia. A senhora ministra acusou os professores de só se preocuparem
    com as boas turmas e de as colocarem de manhã para os funcionários da escola
    colocarem lá os seus filhos. Ora, isto é uma acusação claríssima de corrupção.
    Em quase 20 anos de profissão, nunca observei tal prática e, por isso,
    considero que a senhora ministra difamou os professores. Em primeiro lugar,
    com a natalidade em queda, não me parece que os professores tenham assim
    tantos filhos e menos ainda na escola onde leccionam. Da minha experiência,
    cada escola talvez tenha em média dois ou três filhos de professores a estudar
    na mesma escola enquanto há 20 ou 30 turmas por escola. Além disso, muitos
    são os professores que têm os filhos a estudar noutras escolas, públicas ou
    privadas.
    Por aqui se vê que essa acusação não tem qualquer base de sustentação.
    No entanto, a ser verdade esta prática nalguma escola, a obrigação da
    senhora ministra era mandar a Inspecção averiguar, não lançar lama contra
    uma classe profissional inteira.
    Por outro lado, a comparação dos professores com os médicos é, uma
    vez mais, reveladora do desconhecimento que a senhora ministra tem da profissão
    docente no ensino secundário. A cura da doença dos pacientes só
    depende do médico, mas a aprendizagem dos alunos não depende só do professor.
    Só por desonestidade intelectual e/ou leviandade se podem comparar
    situações tão distintas.
    b) A avaliação fantasma dos pais
    Os alunos não aprendem por um conjunto variado de factores, que já
    atrás referi, e dos quais o Ministério da Educação é o principal responsável. Os
    professores fazem o melhor que podem e sabem. De resto, a intenção persecutória
    dos responsáveis do Ministério da Educação contra os professores e as
    suspeitas públicas quanto ao seu profissionalismo são claras. A última afronta
    é a proposta de Estatuto da Carreira Docente.
    Com efeito, a proposta de avaliação dos professores por parte dos
    encarregados de educação parte da suspeita não confessada de que os professores
    não são responsáveis. Assim, os pais (supostamente cidadãos responsáveis)
    controlariam os professores (supostamente profissionais irresponsáveis).
    A medida, tão populista como perversa, mereceu a reprovação da maior parte
    dos partidos, do Bloco de Esquerda ao CDS, e até da generalidade dos comentadores,
    sempre tão benevolentes com os actuais responsáveis do 5 de Outubro.
    A proposta não sobrevive ao mais rudimentar escrutínio. Primeiro, como
    podem os pais avaliar professores, se nem sequer os conhecem? Por outro
    lado, se não os conhecem, as informações em que se baseiam são transmitidas
    pelos filhos, de 10, 13 ou 16 anos! Ora, que maturidade tem uma criança ou
    adolescente para avaliar um professor?
    Por outro lado, é preciso não esquecer que entre professor e aluno também
    existe uma relação de poder. E deixar na mão de um adolescente o poder
    de avaliar o educador é uma total perversão. O poder do educador não pode
    ser diminuído pelo receio de uma revanche do aluno. No limite, uma turma de
    marginais terá o professor na mão, porque se este os afrontar leva com uma
    avaliação negativa e o seu salário será diminuído. Em termos de relação de
    poder, é como se um juiz passasse a ser avaliado pelas pessoas que tem de
    julgar! Um completo absurdo.
    E nem a tentativa da senhora ministra de tentar fugir à questão, dizendo
    que este é apenas um acto de avaliação, entre muitos outros, é minimamente
    admissível. Não é por ter menos peso que a proposta se torna mais
    séria ou aceitável! Além disso, um trabalhador não pode ver o seu desempenho
    avaliado por factores subjectivos, de que nunca poderá recorrer, deve ser
    avaliado em função de critérios objectivos. A avaliação profissional é uma coisa
    séria, não pode ser uma lotaria.
    A insinuação de que os professores não querem ser avaliados é outra
    peça na campanha contra a classe que circula pelos média. A verdade é que os
    professores já eram avaliados até aqui, dependendo a aprovação da frequência
    de acções de formação e do cumprimento das tarefas atribuídas. É certo que o
    processo de avaliação não era muito exigente, mas a responsabilidade é, naturalmente,
    dos responsáveis do Ministério da Educação que aprovaram essa
    legislação, não dos professores, que se limitaram a cumprir o estipulado.
    c) O mito da falta de assiduidade
    Faço aqui um parêntesis para abordar a questão da assiduidade, que
    tem sido alvo de uma campanha demagógica contra a classe docente. Em primeiro
    lugar, o ensino é uma profissão maioritariamente de mulheres. Ora, tradicionalmente,
    quem cuida dos filhos quando estes estão doentes são as
    mulheres, sem falar que mulheres engravidam e, por isso, também têm por
    vezes de faltar por razões de saúde. Por isso, é natural que a assiduidade seja
    menor entre os professores que noutras profissões. Qual é a alternativa? Querem
    que as professoras deixem os seus filhos ao abandono?
    Por outro lado, a falta de um professor tem uma repercussão social
    ampliada. Quando um funcionário falta numa repartição o utente raramente dá
    por isso. No caso dos professores, quando um deles falta um único dia, há 150
    alunos que dão pela sua falta e que contam a 300 pais. No total, a falta de um
    único professor é notada por quase meio milhar de pessoas.
    Por outro lado, não entendo porque os professores não podem repor as
    aulas em que têm de faltar. Bastaria que, para tal, fosse marcado no horário
    escolar uma mancha para esse efeito. Aqui está um mecanismo de gestão que,
    incompreensivelmente, não é utilizado e que poderia minorar bastante os efeitos
    das ausências pontuais dos professores.
    Por outro lado, é preciso entender que os professores têm horários
    extremamente rígidos e a um simples atraso de 5 minutos, devido a trânsito
    intenso ou outro motivo imprevisto, pode corresponder uma falta de um dia
    inteiro, se essa for a única aula do dia, ou, no mínimo, a ¼ de dia de falta.
    Quantos profissionais deste País têm penalizações tão gravosas, embora compreensíveis,
    por atrasos de 5 minutos?
    Além disso, é uma profissão muito exigente em termos de cansaço e desgaste
    psíquico. Um dia inteiro a lidar com adolescentes irreverentes é uma tarefa
    duríssima, sobretudo, quando se tem de lidar com turmas problemáticas, sem
    falar no trabalho que os professores levam para casa. Por isso, por vezes,
    quando um professor está "de rastos", nada mais lhe resta que parar um dia,
    mesmo perdendo um dia de férias, para recuperar energias ou até a sua sanidade
    mental.
    Seguramente, não é por causa da assiduidade dos professores que o ensino
    está mal. A única excepção sucede quando um professor está de atestado
    médico menos de um mês, uma vez que a legislação só permite a substituição
    se a ausência for igual ou superior a um mês. O incumprimento do programa
    agrava-se ainda mais quando a instabilidade da saúde professor o leva a pôr
    sucessivos atestados médicos de curta duração.
    São casos raros, mas acontecem e penalizam bastante os alunos. No
    entanto, cabe ao Ministério da Educação modificar essa legislação e encontrar
    soluções mais criativas para que os alunos não fiquem sem aulas tanto tempo.
    d) Avaliação sim, mas objectiva
    De qualquer forma, quem não deve não teme e os professores não têm
    qualquer problema em ser avaliados, desde que os critérios sejam objectivos e
    estejam relacionados directamente com o seu trabalho. Não é aceitável que a
    sua avaliação dependa dos resultados dos alunos, pela simples razão de que os
    resultados dependem de muitos outros factores, além do trabalho do professor.
    Por exemplo, um professor com turmas problemáticas nunca pode ter os
    mesmos resultados que um professor com bons alunos. Por outro lado, isso
    seria mais um convite ao facilitismo porque, naturalmente, pressionaria os professores
    a inflacionar as classificações dos alunos.
    Por outro lado, é clara a intenção deste Governo ao fixar numerus clausus
    no acesso ao topo da carreira e não querer pagar aos professores, independentemente
    do seu mérito ou competência. Ora, como quer o Governo
    atrair para a carreira bons profissionais se não lhes paga em consonância? A
    proletarização da classe docente é uma realidade típica de países de Terceiro
    Mundo, não de países civilizados. E mal vai Portugal se tenciona continuar a
    desvalorizar a profissão de professor.
    Parafraseando a magnífica frase de Medina Carreira há alguns dias na
    RTP, também "eu gosto dos determinados, mas é quando acertam." Como já
    aqui demonstrei, a nomeação desta equipa da Educação é um monumental
    erro de casting e o País vai pagar caro a política populista e voluntarista que
    está a ser seguida neste sector. Em vez de mobilizar energias, Maria de Lurdes
    Rodrigues mais não faz do que incendiar o País e comprar guerras inúteis e
    despropositadas com os professores.
    O descrédito da actual equipa da Educação é total nas escolas portuguesas e,
    por mais que isto custe a José Sócrates, tal não se deve a questões salariais,
    mas ao facto da sua competência não ser reconhecida. Não se governa um
    País com base em estatísticas, sobretudo, quando não se percebe o que está
    por detrás desses números. E quanto mais Maria de Lurdes Rodrigues brande
    desajeitadamente as estatísticas, mais expõe a sua ignorância e se põe a ridículo
    aos olhos dos professores. E muito mal vai uma organização quando os
    subordinados não reconhecem a competência do chefe.
    Mário Lopes.
    in: http://www.tintafresca.net/noticia.aspx?sID=3202&EdicaoUltima=68

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