10.1.09

ÇA N' EXISTE PLUS - 4

«Ao certo não sei quantos habitantes vegetam internados na tal Faixa de Gaza. O número, de resto, é irrelevante. Bem como a idade e o género: homens, mulheres, velhos ou crianças é tudo igual. É tudo "espécie cinegética autorizada". Sejam quantos forem, o que sei, de propaganda certa, é que se dividem em duas categorias gerais e totalistas: os que têm um terrorista do Hamas oculto dentro deles; e os que têm um terrorista do Hamas escondido atrás deles. É por isso que, piedosa, cirúrgica e justiceiramente, vão ter que ser todos abatidos.»

Dragoscópio

«O governo de Israel mediu tudo menos a desumana violência: o seu calendário eleitoral, a falta de aliados locais do Hamas extremista e, sobretudo, a transição presidencial norte-americana.»

José Medeiros Ferreira, Correio da Manhã

7 comentários:

  1. «É por isso que... vão ter que ser todos abatidos.»
    Não necessariamente, antes pelo contrário, que os tempos pós modernos não estão para grandes matanças, a não ser em África.
    Umas centenas de mortos agora, uns milhares de sem abrigo a seguir, uns milhares de deslocados depois.
    E porque não uns milhares de emigrados?
    Problema: uma velha e eterna questão, a demografia.
    JB

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  2. A carnificina perpetrada em Gaza por Israel é um crime abominável. As imagens que nos chegam pela televisão internacional, e mesmo pela nacional, não deixam lugar a dúvidas.

    Vi, de relance, na TV, uma entrevista ao embaixador de Israel em Lisboa. Disse o cavalheiro, a propósito de uma pergunta do entrevistador sobre uma afirmação do Papa, que do Vaticano já estavam habituados a ser mal tratados, já não esperavam nada. Não sei se as palavras exactas seriam estas mas a intenção era de proclamar o ódio do Vaticano em relação a Israel.

    Já se esqueceu o cavalheiro que João XXIII retirou do Missal a referência aos "pérfidos judeus" ou que João Paulo II se deslocou ao Muro das Lamentações em Jerusalém onde pediu perdão (que aliás não tinha de pedir) pelas hipotéticas omissões da Igreja Católica durante a Segunda Guerra Mundial. Tudo isto à conta do proclamado silêncio de Pio XII em relação ao nazismo.

    Este cavalheiro teria feito melhor em estar calado mas os judeus, salvo honrosas excepções, não aprendem nada, a não ser a forma de enriquecer. Parece que Ricardo Pais tentou dar uma volta na encenação de "O Mercador de Veneza", apresentado no Teatro S. João, mas Shakespeare sabia o que escrevia.

    É claro que há judeus de espírito superior como Thomas Mann, Freud, Einstein, Noam Chomsky e muitos outros, no mundo e mesmo em Israel, mas quando se ouve na televisão vários jovens israelitas gritando que todos os árabes (não só os palestinianos) deveriam ser mortos, como eu vi e ouvi, então tudo está consumado.

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  3. Caro João Gonçalves,

    trago-lhe o elo para uma página de Agoravox em que se pode ver um debate completo, apresentado num canal francês, em que diferentes intervenientes falam sobre o que se está a passar em Gaza.

    Alexandre Adler é historiador e judeu francês, Tarik Ramadan um islamólogo algo controverso, mas é muito interessante a intervenção dum antigo embaixador de França parece conhecer muito bem a questão:

    http://www.agoravox.tv/article.php3?id_article=21536

    há um primeiro vídeo que é um destaque resumido de alguns momentos do debate que está completo nos outros três videos que se seguem.

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  4. A pluralidade de sensibilidades dentro de Israel é complexa, sendo que os sectores mais conservadores e apostados numa sobrevivência expansionista do Estado-território, subsidiada em milhões de dólares anuais provenientes dos EUA, têm a prevalência e são refúgio de quantos outrora moderados vão encontrando razões para se redefinirem como ultra-nacionalistas, uma perda, algumas mortes bastam.

    Para estes, para além do ódio que árabes e persas engendrem em crescendo, esta guerra de desgaste multiplicada por milhares de episódios de canificina devastadora sobre os seus inimigos e ocupantes da Terra Ancestral só acabará com a desaparição de todas as hipóteses palestinianas. Talvez mais um século chegue e sobre.

    E não se pense que a Europa não está a ser bombardeada em Gaza: de certa forma os milhões europeus que têm servido para financiar as estruturas físicas-suporte de um estado putativo ao serem visadas representam um claro gesto de dissuasão de semelhantes financiamentos futuros, afinal inúteis, condenados que estão aos escombros uma e outra e outra vez.

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  5. Povo judeu

    Não sou judeu, tão-pouco cristão-novo. A simpatia que tenho pelos judeus é mínima, por ter fortes dúvidas sobre qual seria o comportamento das gerações mais recentes de tal gente se, por imposição Divina, Jesus Cristo voltasse de novo à terra onde viveu. Repetir-se-ia a patifaria de Anás e Caifás? É essa a minha dúvida e o meu receio.
    Como cristão que procuro ser, não detesto os judeus por tentarem enriquecer o mais possível. Só eles têm essa ambição? E nós, não judeus, estamos vacinados contra tal maleita? Porque jogamos na lotaria, no euro milhões? Porque esfolamos o melhor que podemos quem trabalha para nós?
    Foram os países cristãos, principalmente os de religião católica, que os empurraram para a agiotagem, ao negarem-lhes o exercício de qualquer outra actividade.
    Corridos do solo pátrio, ao longo dos séculos, por vizinhos de perto, conquistadores sanguinários, e de longe, que também eram frescos, viram-se a dada altura espalhados por toda a Terra, afastados do solo onde nasceram e viveram os seus antepassados.
    Os judeus constituíam há 2000 anos um povo pequeno, sem riqueza e, por con sequência, sem força militar. Sem capacidade de defesa, sofreram tormentos e humilhações de toda a ordem, atacados por todos, foram deportados para a Babilónia. Para terem sossego e viverem na ambicionada paz, tiveram de se espalhar por outras nações, para onde levaram muito do seu saber. Em alguns países de religião católica foram sempre olhados de esguelha, acabando por serem expulsos.
    Mas, ironia do destino, foram os países que os forçaram à ambição da riqueza que agora precisam deles, último bastião contra a nova besta apocalíptica que, por força da riqueza gerada pelo petróleo, se prepara para avançar sobre esta Europa de cobardolas, que frequentemente se aninha perante o mais pequeno sopro de arruaça de um vizinho.
    Quem poderia pensar que a sua ambição de criar riqueza ainda lhes serviria para poderem regressar à terra que é sua, de todo o direito. Tendo dinheiro, podem comprar armas que lhes permitem defender o que é seu. É isso que têm feito e fazem todos os povos. E que sempre o possam fazer.
    À afirmação absurda, frequentemente feita, da desproporção de forças, respondo com uma pergunta: se as pessoas que andam, neste caso, com a boca cheia de desproporção de forças, levarem de alguém a quem nunca fizeram mal ou prejudicaram, uma bofetada, o que fazem?
    Eu defender-me-ia a murro, a pontapé e, se não tivesse forças suficientes para o fazer, se tivesse a jeito um bom marmeleiro ou uma pedra ferrava-lhe com um deles na cabeça para o pôr a dormir por uns tempos.
    Porque razão se inventaram as lanças, as espadas, as espingardas, as metralhadoras, os canhões, as minas, as bombas, os aviões e as bombas atómicas? Pela simples razão de que ninguém gosta de perder e há grandes vantagens em se ganhar.
    As pessoas ficam horrorizadas quando a comunicação social imbecil refere a carnificina em Gaza e mostra civis mortos, crianças e adultos. Esquece-se essa comunicação social de paneleiros e de putas que muitos movimentos que reivindicam algo metem espingardas e bombas nas mãos de crianças de 10 a 14 anos; esquecem-se que muitos movimentos que reivindicam algo se misturam com a população civil para poderem acusar, quem atacam, de práticas de genocídio; esquecem-se que, no caso da palestina, os membros do Hamas andam cobardemente à civil, misturados com a população, para não poderem ser vistos pelos soldados israelitas, que, pelo contrário, dão a cara ostentado farda.
    O problema não reside, como querem alguns, na desproporção de forças. Está unicamente na guerra que nunca deveria existir.
    A toda essa gente da desproporção de forças e da morte de civis, incluindo criancinhas, eu pergunto: Que posições tomaram quando, na última guerra mundial, os aliados mandavam os seus bombardeiros arrasar cidades com bombas de 1000 quilos? Não morriam civis, não morriam crianças? Quando os nazis mandavam as bombas voadoras para a Inglaterra só eram atingidas instalações militares? Quando os merdas do socialismo, já nos finais da guerra, saíram do seu território e avançaram até à Alemanha, tiveram o cuidado de pedir licença para passar? Não esmagaram tudo o que estava à sua frente matando homens (militares e civis), mulheres (muitas depois de terem sido violadas) e crianças?
    Ainda hoje, o que faz esse esterco que anda pelos clubes de SOS e pelas Am nistias, quando se sabe (pouco) o que se passa no Sudão, na Somália, no Quénia, no Zimbabué? Manifestam-se, vêm para a rua saltar como macacos? Não. Só o sabem fazer contra os judeus.
    Existe uma ONU, sorvedouro de dinheiro onde muitos se governam, que nada faz. E nada faz por causa da sua deficiente estrutura.
    A ONU deveria ser constituída apenas por nações onde a verdadeira democracia fosse uma prática constante. Nela não deveriam ter tido lugar países como a URSS, a China, a Coreia do Norte, a Espanha, Portugal, Cuba e a maior parte dos países africanos e muitos da América e da Ásia.
    Entre as nações membros da ONU seria estabelecida um perfeita solidariedade da qual as nações que ficassem de fora não poderiam beneficiar. Toda a nação que saísse fora dos carris seria imediatamente expulsa.
    O povo judeu tem direito a ter uma Pátria e parte da Palestina é território que lhes pertence. É bom que os palestinianos metam isso na cabeça.
    Portugal teve de devolver à China o que a China lhe tinha dado. Só lamento é que o adágio: Quem dá e torna a tirar ao inferno vai parar, não se cumpra integralmente.
    Teve de restituir territórios que estavam sobre a sua soberania há perto de quinhentos anos. É precisamente isso que devem fazer os palestinianos e os que quiserem ficar terão de se sujeitar às leis do novo estado, como acontece com os portugueses na Índia, em Moçambique, em Angola, na Guiné e em Cabo Verde.
    Construíram uma mesquita em Jerusalém e reivindicam para si a cidade? Então porque não reivindicam as cidades de Granada e Córdoba? Ou será porque o momento ainda não chegou? Ideia tão maluca poderia servir para a cristandade reivindicar a cidade turca onde está aquela basílica que os muçulmanos transformaram em mesquita
    E não se ataque um jovem por afirmar que quer ver os árabes mortos. Quem tiver essa tentação reflicta primeiro no que dizem há mais tempo os dirigentes do Hamas que é cópia do que afirma o cretino do Irão.

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  6. O comentário do Dragoscópio pode ser virado perfeitamente ao contrário para ser a favor de Israel.
    Cada Rocket que parte parte para matar seja quem for, tal como um cinturão de explosivos, tal como um bulldozer a cilindrar automóveis, tal como qualquer outro ataque.
    Só tem um inconveniente: é que as manobras Israelitas não são afinal Cruzadas apesar de eles porem em causa aqui a sua religião logo no primeiro dia pelo chefe: esse sim a salvo na Síria.

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  7. Bah... balelas do politiquês e correctismo oficial...

    Tragédia é o que se está a passar no Congo "belga", , onde a contabilidade já deve ter ultrapassado largamente o milhão de vítimas em poucos meses. Mas claro está, aquela gente não é do estilo de se meter em aviões que embatem contra torres gémeas; não coloca cinturões com bombas para se fazer explodir nas esplanadas; não recebe subsídios da CEE que vão direitinhos para os bolsos de mafiosos...
    Enfim, são "pretos"
    Enfim, são invisíveis, não contam, nem interessam.

    Continuem a bem trabalhar, IDF! São os nossos protectores além-fronteiras...

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