8.9.08

PAÍS DE EVENTOS


Meio país mobilizou-se, ao vivo e nas televisões, para ver passar umas avionetas por cima do Douro, entre o Porto e Gaia. Com o seu peculiar instinto anti-teoria das catástrofes (como uma espécie de contra-René Thom português), José Medeiros Ferreira já nos tinha prevenido que isto só lá vai se Portugal for "um país de eventos". Sócrates também seguiu o conselho e vai anunciar uma fundação, intitulada "Respublica" (para PS's e "boys" adjacentes), a versão "esquerda moderna" da antiga "acção nacional popular" do infeliz prof. Marcello Caetano. Continuamos tão parolos como antigamente.

7 comentários:

  1. Queria o quê quando a leitura nacional é 'a Bola' e o (segundo sei intitula-se de Romance Histórico)?
    Gostava de saber a que página chegaria a 'manada' ao ler o "I Claudius" do Graves, ou então do Eco.
    Havia de ser giro...
    Como bois a olhar para o palácio.

    Cumprimentos

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  2. O 'melhor', digo "o mais" melhor dos actuais políticos é reprovar o que os anteriores fizeram ou não fizeram ... e por aí adiante.

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  3. Portugal é , hoje, tão só e não mais que um mero “evento”, dai a sua propensão para os eventos (ler: vazadouro de lixo consumista).
    Do último Império, sólido, do Minho a Timor, independente politica, económica e financeiramente, resta uma “região” da Europa, sem autonomia legislativa face às directivas, sem moeda e sem independência económica, ou seja, um mero “evento”, fugaz e em extinção, que persistirá por mais algum tempo até se diluir na história da Europa e dos que nela mandam

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  4. Outro evento muito importante foi ver o Albino hoje, na TVI claro, cuja associação é generosamente financiada pelo Ministério da Educação, regressar às aulas. Queixoso com o preço de livros não criticou o ministério que os exige. Alguns são precisos, outros assim assim e outros nem para limpar o rabinho servem. Albino ... pede corte no subsidio pois também nos cortam em tudo.

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  5. Meu caro:
    Não propus que Portugal se tornasse «Um País de eventos».Disse na TV e escrevi que Portugal depois da Expo98 e do Euro2004 caminhava para ser um país de eventos, no seguimento da especialização no turismo e nos serviços.E creio que acertei na previsão do «cluster» preferido pela finança.

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  6. Not quite. Se não gostas de aviões, não sabes o que perdes. Isto não pode ser só Livros, Banhos, Política, Meco e enxurradas de Bílis, ó meu bom João amigo!

    E olha que ver aqueles vôos picados, aquelas facas e aqueles loops a menos de cem metros dá ganas a um tipo de sei lá e acende um rubor e uma adrenalina de violentador. Claro que de um violentador que sublima em boa mesa, (isso é mais o Eduardo Pitta) ou em dois ou três volumes do mais intrincado autor a própria adrenalina de violentador literário!

    O Menezes depois do seu vôo acrobático apareceu assim no Mário Crespo.

    Quanto ao parolismo do think tank but do it fisga, o parolismo da Respublica, esse parolismo, sim, inteiramente de acordo.

    Abraço

    PALAVROSSAVRVS REX

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  7. O «cluster» preferido pela finança, previsto pelo sábio e, pelos vistos, advinho JMF está a dar o resultado de um verdadeiro "cliester" na nossa economia (vide a diarreia das vendas de empresas a espanhois, falência da industria e até do comércio tradicional e desvalorização das empresas financeiras).
    Para quando prevê JMF o despejar do "autoclismo"?
    Para além da Expo 98 e do Euro 2004, JMF esqueceu-se do Paris-Dakar e demais corridas de popós ( um verdadeiro cluster ecológico), dos festivais rock-cervejeiros em cada aldeia, da concentração de motoqueiros em Faro e da "Feira do Sexo" todos os anos na FIL ... Um verdadeiro "cluster" de putas!

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