O dirigente da CGTP, Carvalho da Silva, acusou o governo de "ceder". Não de ceder à imensa "vanguarda" representada pela sua central sindical, mas antes ceder aos "pequenos grupos", a "interesses" difusos como se viu, acha Carvalho, no affair dos camionistas. Sempre pensei que a CGTP - ao contrário da UGT que é, no essencial, uma secção do PS e do PSD - vivia para obrigar os governos a "ceder". Ora Carvalho da Silva aparentemente não admite "cedências" porque um governo dito socialista não pode "ceder" à sua fronteira direita ou a corporações de origem duvidosa, isto é, não acarinhadas pela CGTP e pelo PC. Criou-se em torno dos camionistas o mito do "lock-out" como se as pequenas e médias empresas de camionagem - algumas delas constituídas apenas por um camião - "ameaçassem" o regime. Carvalho da Silva, ilustre membro do regime, também não gostou de se sentir "ameaçado". Como ensina o Aron, a esquerda continua a ser atravessada por esta "luta duvidosa" em que a linguagem esconde o pensamento e em que os "valores" podem ser traídos se outros mais altos se levantarem. Onde se ergue a CGTP, mais nada nem ninguém pode erguer-se. Cedência só há uma, à da central do dr. Carvalho e mais nenhuma.
da esquerda, diria Pittigrilli (Dino Segre), na decadência do paradoxo
ResponderEliminar"são mais que inimigos, são irmãos".
não confundir com o anão arons
PQP
O que eu gostaria de ouvir, da direita ou da esquerda, mas com ambos os ouvidos é alguém explicar aos peões do regime, tipo Vitorino e quejandos, é que o governo, quase sempre pelas suas vozes, mente quando apregoa a ideia de que a crise dos preços do petróleo reflectidos nos preços do gasóleo, gasolina(... material prá menina! que boa era a meninice), é culpa da crise internacional. É mentira por esta coisa simples: pelo menos em 60 por cento do preço do gasóleo, a culpa é do Estado gerido, actualmente, pelo PS. E ainda que é infame culpar uma coisa abstracta de algo em que somos responsáveis numa proporção de 60 por cento. É infame é pouco democrático!
ResponderEliminarA CGTP existe para o PC ter o monopólio da contestação social.Esta é o "negócio" de que vive o PC já que não pode viver de estar no Governo.Cobra portanto aos ditos Governos a relativa paz social de que estes necessitam para sobreviver.Tudo o que ameaçar esse monopólio é visto como um perigo a eliminar.Ora o modelo de contestação social do PC está esgotado.As greves não paralisam coisa nenhuma e as grandes manifestações também não.O PC pode crescer uns poucos por cento eleitoralmente mas para que serve?
ResponderEliminarA greve dos camionistas veio demonstrar que quem tem hoje poder efectivo são as pequenas e médias empresas que actuam em sectores estratégicos que quando param fazem parar o País com elas.Ou certos grupos de trabalhadores em sectores muito localizados,muito especializados e muito qualificados.Ora nem uns nem outros precisam ou querem o PC para nada.É a estes que os Governos têm mesmo de pagar.É esta também a dor que sentem o PC e a CGTP e que exprime o recem doutor pelo ISCTE Carvalho da Silva.Mais prosaicamente chama-se em bom português dor de corno.
ResponderEliminarFomos vendidos. Somos atraiçoados. As cúpulas dos sindicatos são extensões do Poder.
ResponderEliminarPALAVROSSAVRVS REX
O Carvalho da Silva deve agora perceber porque durou tanto tempo o Corporativismo. É a velha história do ... "onde estão 24 não cabem 25"... e assim será!
ResponderEliminarAnseio ardentemente pelo desaparecimento dos sindicatos e das centrais sidicais, o que será conseguido quando todos os trabalhadores participarem na distribuição, dentro de certos princípios, dos lucros puros das empresas onde exercerem a sua actividade profssional.
ResponderEliminarTive colegas que eram dirigentes de sindicatos, situação que utilizavam para fugirem ao cmprimento dos seus deveres profissionais.
Tive um que badalava por todo o lado que a políica era a coisa mais bela que havia. Pudera. Quando na empresa onde trabalhávamos foi criada a comissão de trabalhadores encaixou-se nela e nunca mais trabalhou.
É caso para aproveitar o dizer numa modinha brasileira: Mas que coisa mais linda. Para muito marmanjo, a política, claro está.
ehehehehe, Cáustico, é isso mesmo, também conheço uns casos desses. A comissão de trabalhadores é uma verdadeira profissão!
ResponderEliminarAMIGUINHOS, NÃO FOI ISSO, O QUE O CARVALHO DISSE FOI QUE O GOVERNO SÓ CEDEU PORQUE ERAM OS PATRÕES QUE ESTAVAM NA RUA E NÃO OS TRABALHADORES... SÓ POR ISSO O GOVERNO FIOU FININHO. SE FOSSEM OS ASSLARIADOS DAS EMPRESAS DE CAMIONAGEM, A MALTA DA GNR TINHA LIMPO O ASFALTO. MAS SE VOCEMECESES NÃO ENTENDEM ISTO, ENTÃO NADA ENTENDEM, ENTENDERAM OU POERÃO UM DIA ENTENDER.
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