23.9.07

DOMINGO, MALDITO DOMINGO


Ninguém larga o carro. Ninguém. Não há mancebo ou menina que se preze que não exija ao pai um carro aos dezoito anos. Eu vivi bem sem um quase até aos trinta. Depois inventam-se semanas de mobilidade, dias sem carros e tretas em cima de bicicletas para fingir alegria e saúde. Há dias, na Praça do Comércio que o dr. Costa decidiu demagogica e inutilmente fechar aos domingos, um desses adeptos da saúde e da bicicleta morreu de enfarte mesmo nas barbas do dr. Costa armado em desportista de ocasião. A saúde e a felicidade não se decretam. Nem tão pouco a redução do uso do carro. Ao lado destes esforços, o caos persiste indiferente ao voluntarismo folclórico da política e dos homens e mulheres do fato de treino. We are the world, we are the children.

9 comentários:

  1. O portuga vai de po-pó para o sitio onde não se pode andar de po-pó, para fazer o papel de quem não anda de po-pó no dia que lhe disseram que não era "bem" andar de po-pó.
    Viva o po-pó!

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  2. Já o disse em comentários a este blogue: O residente em Lisboa vive refém - durante a semana - de todos os que, residindo fora, para cá vêm trabalhar. Quem não tem garagem (a esmagadora maioria) não pode tirar a sua viatura, durante o dia, porque todos os lugares disponíveis são imediatamente usurpados. Ao fim-de-semana, quando a cidade (finalmente) é mais ou menos "nossa", e quando o "trânsito" que desencadeamos não incomoda ninguém, o dr.Costa inventa a cena de locais sem carros, logo nos dias em que os transportes públicos são mais espaçados e, pior ainda, certas carreiras são canceladas. O que é tudo isto? Palhaçada meus senhores.

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  3. É preciso fazer-se alguma em Lisboa, já que dá a sensação que existem mais carros que pessoas...

    E tem mesmo de se encontrar alguma forma de cortar a entrada a tanto carro, ou então Lisboa, torna-se uma cidade irrespirável.

    Quando vou a Lisboa, a roupa fica com um cheiro horrível, e o nariz fica com "macacos" da guiné...

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  4. Anónimo11:26 p.m.

    Mas os lisboetas não votaram maioritariamente nestes senhores que há muito se sabe que não têm soluções sérias para nada e vivem há muitos anos de demagogia e folclore?! Os outros não são melhores?! Porra, deixem de votar ou votem massivamente em branco, pode ser que do protesto saia alguém clarividente...

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  5. Anónimo12:01 a.m.

    Se...
    Se fosse mais barato morar em Lx.
    Se nem toda a gente quisesse casa comprada.
    Se os lisboetas que vão morar para fora de Lx fizessem um pouco melhor as contas e pensassem que tempo e qualidade de vida também são dinheiro.
    Se os lisboetas não quisessem entrar todas às 9 e sair às 5.
    Se a CMLx criasse mais parques de estacionamento (podiam ser, por exemplo, silos verticais) e não necessariamente na periferia (que é precisamente de onde vêm os carros...).
    Se os lisboetas respeitassem a faixa do bus.
    Se os bus respeitassem os horários.
    Se as obras nas ruas respeitassem os lisboetas.
    Se o presidente da CMLx respeitasse Lx (e quisesse mesmo ser presidente da câmara).
    Se o presidente da CMLx morasse em Lx...

    seria tudo mais fácil.

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  6. Anónimo12:26 p.m.

    Aviso aos Srs. pedaladores de efeméride:
    O código da estrada no seu artigo 32º(Decreto-Lei nº 44/2005 de 23 de Fevereiro), retira expressamente à bicicleta a prioridade em cruzamentos, mesmo em circunstâncias em que seria aconselhável e intuitivo que a tivesse.
    Isto constitui em muitos casos uma licença para matar.
    Portanto cuidem-se...

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  7. Anónimo2:52 p.m.

    Caro JG, está enganado.
    Lisboa tem carros a mais, e para uma cidade europeia tão pequena as pessoas utilizam muito pouco os transportes públicos (ou táxis) e andam ainda menos a pé.
    Em Londres, onde resido, do Director-Geral à Sra. da Limpeza todos utilizam os transportes públicos (combóio, autocarro, metro) para se deslocarem para o emprego!
    Aqui, pobres que somos, e envergonhados da própria pobreza, queremos ostentar o insustentável (place your bets).
    Mais: Em vinte anos, NUNCA vi em Londres um único carro estacionado nos passeios (para os transeuntes).
    Deixe-se de tuguisses.
    Cai mal em contextos modernos de civismo público.

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  8. Anónimo4:55 p.m.

    Deixem o homem trabalhar...Em breve vai haver distribuicao de bicicletas.... Ja tivemos os computers, depois os telemoveis, depois as seringas, em seguida teremos os MP3s & so on ...

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  9. Anónimo10:12 p.m.

    Por causa da larada do Costa há dois Domingos atrás passei na Casa dos Bicos às 17 horas e 17 minutos e cheguei ao Cais do Sodré às 18 horas e 20 minutos.
    Que de melçhor se pode esperar do socialismo de merda?

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