2.8.07

DEMOCRACIA "CAROLINÁCEA"


Há dias começou a rodagem de mais um filme português. Em si, a coisa nada teria de especial. Mais trampa, menos trampa, já pouca diferença faz a não ser no dinheiro proveniente dos impostos que os subsidiam. Que me lembre, fiquei-me pelo "Delfim", do esposo da dra. Maria João Seixas, com argumento trabalhado por Vasco Pulido Valente a partir da obra de Cardoso Pires. Este tal filme cuja rodagem começou há dias é baseado noutra "obra", a "autobiografia" da sra. D. Carolina Salgado. A própria, devidamente "segura" pelos agentes da PSP que a protegem - de quê? - e que nós pagamos (parece que a gémea da senhora também queria), assistiu in loco e comentou, embevecida, as primeiras filmagens. Foi - e é - "notícia". É claro que quanto mais a família Salgado aparece, mais eu gosto do sr. Pinto da Costa. Estas coisas da cama têm este senão. Por vezes, pagam-se caras e arrasta-se a manta por uma eternidade. Dizia um amigo meu que "amor que pica, sempre fica". Esta veio para ficar. Que fique, mas que não exagere em fazer passar-nos a todos por tolos. Carolina e Cia. são apenas mais um dos diversos efeitos perversos da democracia. Basta olhar para os escaparates dos jornais e das revistas para, em segundos, apreender o país. De frivolidade em frivolidade, a sociedade portuguesa "aporcina-se". Mais uma razão para detestar esta democracia "carolinácea".

9 comentários:

  1. Quantas famílias Salgado e quantos Pintos da Costa houve durante o longo consulado do seu amigo Salazar, e de que não se pôde falar porque estávamos todos amordaçados? A democracia proporciona, entre outras coisas, o poder-se falar de tudo. Tem assim tanta raiva á democracia, à liberdade? Prefere mordaça e canga?

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  2. O que ainda se poderia tirar à classe média já não compensa o trabalho aos grandes senhores do dinheiro!!

    OS PORCINOS AGORA GUERREIAM-SE ENTRE ELES POR UM LUGAR DE DESTAQUE NA FUTURA IBÉRIA.

    Ulrich versus Paulo T P
    B Azevedo versus Granadeiro
    Berardo versus tanto lhe faz
    P da Costa versus L Filipe Vieira
    Balsemão versus Santos Silva
    Loja XPTO versus Grande Loja OTPX
    OPUS DAY versus OPUS GAY
    Etç versus Etç e tal

    Para Putas e Jornalistas - desculpem o pleonasmo - isto é que é festa!

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  3. "que a protegem - de quê?"

    Não nos pergunte a nós, pergunte ao Vereador Ricardo Bexiga.
    Em relação ao resto, estou plenamente de acordo (menos a parte de cada vez mais gostar de PC). O que surpreende é que só agora tenha concluído o que concluíu.

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  4. Aporcina-se ou aportina-se?
    Ou ambos?

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  5. Que nome damos a quem "gosta cada vez mais" de corruptos?

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  6. Decididamente o grande ponto fraco de JNPC são as mulheres.
    O homem é culto (o que o põe a anos-luz do grunho que preside à agremiação da 2ª circular), percebe mais de futebol a dormir que muitos com os olhos todos abertos, é frontal, determinado e tem um amor desmedido ao FCPorto ao qual chegou não de pára-quedas mas começando como seccionista, galgando diversos lugares até à presidência. Mas as mulheres... sendo as criaturas mais belas da terra causam-nos alguns dissabores.
    Agora como a Carolina devem existir bastantes também na política.

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  7. O anónimo que, comparativamente, escreve sobre o amordaçamento no tempo de Salazar, estará a referir-se ao escândalo do Ballet Rose? Ou será que estou enganado e que este folhetim foi já após o 25 de Abril?

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  8. cum catano.
    como eu gostava de ver o tempo da outra senhora.
    ver porque gostava de ver como ficam as pessoas todas amordaçadas a andar na rua a comer nos restaurantes a conversar ás esquinas, pronto a fazer a vida normal - que me aperece que naquele tempo não tinha nada de normal.

    dos livros relatos etc. conheço o regime que tanto se critica e não gosto dele.
    mas era melhor não exagerar na apreciação, porque assim facilita-se a vida a quem o quiser defender.

    por outro lado, utilizam sempre as mesmas palavras slogans. já chateiam. são muito pobres.

    pois, é de facto preocupante a parte de cada vez gostar mais do pinto da costa.
    e já agora explique lá onde é frivolidade da sociedade portuguesa
    impede/estraga/tem a ver com/é sinal da qualidade de qualquer democracia. esta ou outra.

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  9. Ou, ainda e complementando o João Santos, o caso Casa Pia que, parecendo que se conhece... não se conhece patavina. Aliás, como noutros milhentos casos acontecidos pós o 25/4/74, publica-se o acontecimento mas, depois... nada acontece! Não há ninguém preso, tudo prescreve... Não será, nesta democracia, muito mais hipócrita esta postura que o poupar o povão à "distração do trabalho..." do antigamente. Entre este e aquele... venha o diabo e escolha.

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