16.7.07

A UNIÃO DOS CORAÇÕES


Encontro, no programa de Bárbara Guimarães "Palavras Soltas", e alertado por uma amiga comum, o José Manuel dos Santos. Fala de Antero* e de Cesariny. Exibe dois manuscritos, um de Antero - uma carta - e outro de Cesariny, para ele, outra carta que termina com um "abraço-te, triste, o alegre, fulano". Ouço-o referir que Eduardo Lourenço é a antítese do enunciador de lugares-comuns culturais. Fica a sugestão de dois livros de Lourenço, os mais recentes, com Antero e Eça. Tenho uma saudade profunda destas conversas com José Manuel dos Santos que estimo e admiro. Da sua argúcia e inteligência luminosas. da sua generosidade. Não sei se ele aprecia São Tomás de Aquino. Eu tenho dias. Todavia gostava que ele - e outros que se afastaram ou, se calhar, fui eu quem se afastou - meditassem nesta sua frase que está à porta da casa do Restelo do prof. José H. Saraiva: "a concórdia é a união dos corações, não a das opiniões". Tal como Mitterrand, acredito nas forças do espírito e, mesmo sozinho, eu não os abandono. Abraço-te, triste, J.

Foto: Minha, péssima, do local no Campo de São Francisco, em Ponta Delgada, onde Antero acabou com a sua amargura.

2 comentários:

  1. João, acredito no automatismo concorde de essa (cor, cordis) união de corações e que ela se vai fazendo, gotícula a gotícula, rompendo a solidão,
    esplendendo em completo céu de Roça,
    só Via Láctea,
    e seja assim até que Deus seja tudo em todos, Ele que é toda a saudade do futuro que se pode ter.

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  2. «(...) Só vejo uma explicação: a concelhia de Lisboa do PS não deu garantias de mobilização estival e o autocarro gigante só fazia sentido com gente à volta... Mas não vale escandalizar: as televisões têm empresas que enchem os seus estúdios de gente e pagam por isso!» (MF, «Bichos»)

    Conheci MF muito antes do 25A.
    Às vezes fico parvo.

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