19.4.07

UM LIVRO

Numa altura em que o Estado se rebaixa, do topo à periferia, talvez seja oportuno perceber como é que ele se pode "erguer" em determinadas circunstâncias. Com a academia na lama por causa do facilitismo, do amiguismo oportunista e do caciquismo partidário, voltar à história e aos livros é o único acto pessoal de verdadeira qualificação a que temos acesso. De resto, "estudar com dúvida e realizar com fé". (Como se levanta um Estado, Salazar, Atomic Books)

6 comentários:

  1. Meu Caro,

    Um livro para dizer que se governa com:
    - Uma Polícia Política;
    - Uma Censura Férrea:
    - Com os Tribuinais "Plenários" na Mão;
    - Analfabetismo generalisado;
    - Sem instalação de infra-estruturas (àgua, esgotos, etc), para ter as contas certinhas, ou seja uma forma encapotada de recitas extraodinárias;
    - Todo o Rol de atropelos aos Direitos Humanos;
    - Uma visão de toupeira da evolução histórica;
    - etc, etc

    Não vale uma folha A4 de Português (essa Nobre Lingua) técnico, ou não.

    Mais interessante é saber como semelhante regime se estabeleceu, porque, no fundo, a grande maioria dos que abdomina, estariam no poder, mesmo que ainda estivessemos no Estado Novo (Vade retro Satanás!)

    Por um motivo simples: basicamente, proveem, na maioria, da mesma massa.

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  2. «Uma visão de toupeira da evolução histórica».
    Evolução histórica : Grande Asno !

    Moçambique :
    O país mais pobre de África, com uma das mais longas guerras civis de que há memória.

    Angola :
    uma cleptocracia imunda supervisionada pela Grande Potência que os esfola vivos e que financiou um dos primeiros e mais genuínos terrorismos de que há memória. Uma guerra civil de trinta anos, liderada pelas potências da guerra fria. Eloquente.

    Guiné :
    Estado exíguo e miserável em guerra civil permanente, ora a quente, ora em lume brando. Continua.

    Timor :
    Nem vale a pena expressar sentimentos, ou a visão envergonhada de uma qualquer verdade. Está á vista de todos.

    Do que é que estás a falar ?
    Da descolonização exemplar ?

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  3. Bravo, observador!


    Mas aqui comprovadamente prega-se no deserto. Não gaste o seu tempo...


    O salazarismo "material" está a começar a ser, finalmente, desmantelado, escaqueirado, escangalhado.


    E, imagine-se, não por um douto jurista (sacrilégio!) ou por um ilustre financeiro (demónio!), mas por um... licenciado em Engenharia Civil (o que é Obra...)! E já não era sem tempo.


    Mas não é "só" isso o que lhes dói, aos salazarentos de ontem, de hoje e de sempre: é que com o salazarismo "material" o que vai igualmente borda fora é a influência da «Sanctam catholicam apostolicam ecclesiam»!

    "Selbstverständlich" (ou temos que "meter" o tal explicador)?...

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  4. Tá enganado.
    A postura é equidistante da Salazarquia (conheci-a até aos 25 anos de idade e não tenho nenhumas saudades) e da Fandanga.
    Mas o que agoniza, hoje e todos os dias, é a Fandanga, os seus mitos - incluso os seus mitos anti-salazaristas - e o cancro que a corrompe de cima a baixo e de lés a lés.
    Venha pois o diabo e escolha.

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  5. ...ainda é SALAZAR quem nos dá lições!!!! É com ELE que ainda aprendemos!

    Bons exemplos, hoje, onde estão???...

    Só meia dúzia deles....

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  6. É só para dizer que a descrição da situação das Ex-Colónias demontra a "visão de toupeira".

    É que depois da França e Inglaterra, terem de descolonizar (e certamente não foi por gosto...), será que fazia sentido Portugal manter colónias?

    Não acha que o descalabro da descolonização resultou da não preparação de caminhos, preparando uma sucessão?

    Será que a visão se resumia a uma Guerra ad eterno?

    Será que não viam o sucesso que estava a ser a CEE?

    E a famosa saguesa durante a 2ª Guerra, não se resume a uma eficaz venda de volfrâmio, a quem desse mais?

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