
O governo, através de um decreto-lei que enviou à Comissão Nacional de Protecção de Dados para parecer, pretende policiar a vida dos funcionários públicos. Convém recordar que o próprio governo, por definição constitucional, é o órgão máximo da administração, "patrão" da dita função pública. Isto será feito através de "cruzamento de dados" a que, dadas as condições promíscuas em que tudo opera em Portugal, acabarão por ter acesso pessoas e entidades que originariamente não deveriam ter. Quem sabe da poda, sabe do que estou a falar. Por consequência, e apesar de por vezes dar ideia de que vivemos apenas numa aparência de "estado de direito", tudo indica que os tribunais terão muito que fazer nesta matéria. Devassas inopinadas e movidas por quem não pode, em violação do direito à privacidade e à confidencialidade de certos dados, na linguagem jurídica que me ensinaram e que se pratica minimamente nos países civilizados, têm o nome de crime. Tanto importa que o seu autor seja um funcionário, um jornalista, um dirigente, um "gestor" ou o senhor engenheiro. Fica igualmente prejudicado o princípio da igualdade. Os funcionários públicos serão porventura ratos de laboratório ou macacos do circo quando comparados com os restantes trabalhadores? Esta obsessão segregacionista do governo e a persistência em apoucar a função pública como se fosse toda uma choldra inútil a extinguir sumariamente, diz muito sobre o sentido de Estado "soviético" do governo. Segue-se, para esclarecimento dos "interessados", a "lista" daquilo que o governo pretende "cruzar" e daqueles que começam por ter acesso ao "cruzamento". Só falta a marca da cueca e a orientação sexual, mas lá chegaremos. Oxalá que, com tanto "cruzamento", ninguém se espalhe. É que para "big brother", "big brother" e meio.
Dados a cruzar:
- Identificação e cadastro contributivo das bases de dados da CGA, ADSE, ADM, SSMJ, SAD da GNR e da PSP, DGITA e IIES;
- Nacionalidade, residência e estado civil das bases de dados do Ministério da Justiça;
- Benefícios sociais das bases de dados da CGA, ADSE, ADM, SSMJ, SAD da GNR e da PSP, ISS e IIES;
- Vínculo laboral com a administração pública da base de dados da DGAP, do ISS e do IESS; - Rendimentos da base de dados da DGITA;
- Património mobiliário e imobiliário sujeito a registo das bases de dados do Ministério da Justiça;
- Situação escolar dos alunos, relativamente à frequência e aproveitamento;
- Obrigações acessórias, designadamente, início, reinício, alteração, suspensão e cessação da actividade, das bases de dados da DGITA, ISS, IESS e Ministério da Educação.
Bases de dados a cruzar:
- Subscritores, pensionistas e outros beneficiários da Caixa Geral de Aposentações (CGA); - Beneficiários da ADSE;
- Beneficiários da Assistência na Doença aos Militares das Forças Armadas (ADM);
- Beneficiários dos Serviços Sociais do Ministério da Justiça (SSMJ);
- Beneficiários da Assistência na Doença (SAD) ao pessoal da GNR e da PSP;
- Funcionários públicos e agentes administrativos da Direcção-Geral da Administração Pública (DGAP);
- Identificação dos contribuintes fiscais da Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA);
- Identificação civil, residência de estrangeiros e registo predial e automóvel, do Ministério da Justiça;
- Contribuintes e beneficiários do Instituto da Segurança Social (ISS) e do Instituto de Informática e Estatística da Solidariedade (IIES).
Quem começa por ter acesso:
- Todas as "gestoras" das bases de dados referidas anteriormente;
- Direcção-Geral das Contribuições e Impostos;
- Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo;
- Inspecção-Geral de Finanças;
- Instituto da Segurança Social, nomeadamente através do Centro Nacional de Pensões;
- Centro Nacional de Protecção contra os Riscos Profissionais;
- Solicitadores de Execução.
(fonte: jornal Público)
- Identificação e cadastro contributivo das bases de dados da CGA, ADSE, ADM, SSMJ, SAD da GNR e da PSP, DGITA e IIES;
- Nacionalidade, residência e estado civil das bases de dados do Ministério da Justiça;
- Benefícios sociais das bases de dados da CGA, ADSE, ADM, SSMJ, SAD da GNR e da PSP, ISS e IIES;
- Vínculo laboral com a administração pública da base de dados da DGAP, do ISS e do IESS; - Rendimentos da base de dados da DGITA;
- Património mobiliário e imobiliário sujeito a registo das bases de dados do Ministério da Justiça;
- Situação escolar dos alunos, relativamente à frequência e aproveitamento;
- Obrigações acessórias, designadamente, início, reinício, alteração, suspensão e cessação da actividade, das bases de dados da DGITA, ISS, IESS e Ministério da Educação.
Bases de dados a cruzar:
- Subscritores, pensionistas e outros beneficiários da Caixa Geral de Aposentações (CGA); - Beneficiários da ADSE;
- Beneficiários da Assistência na Doença aos Militares das Forças Armadas (ADM);
- Beneficiários dos Serviços Sociais do Ministério da Justiça (SSMJ);
- Beneficiários da Assistência na Doença (SAD) ao pessoal da GNR e da PSP;
- Funcionários públicos e agentes administrativos da Direcção-Geral da Administração Pública (DGAP);
- Identificação dos contribuintes fiscais da Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA);
- Identificação civil, residência de estrangeiros e registo predial e automóvel, do Ministério da Justiça;
- Contribuintes e beneficiários do Instituto da Segurança Social (ISS) e do Instituto de Informática e Estatística da Solidariedade (IIES).
Quem começa por ter acesso:
- Todas as "gestoras" das bases de dados referidas anteriormente;
- Direcção-Geral das Contribuições e Impostos;
- Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo;
- Inspecção-Geral de Finanças;
- Instituto da Segurança Social, nomeadamente através do Centro Nacional de Pensões;
- Centro Nacional de Protecção contra os Riscos Profissionais;
- Solicitadores de Execução.
(fonte: jornal Público)
Que parvoice. Que comparação mais sem sentido. Ah, e já agora, os funcionários públicos não são para extinguir, mas são, em grande parte, "uma choldra inútil"
ResponderEliminarO cruzamento de informação MASSIVA faz parte de qualquer sistema público de validação de rendimentos declarados. Em Portugal ou outro qualquer país como p.e. nos EUA.
ResponderEliminarA confusão que é feita neste texto é entre antigas técnicas de polícias politicas, Gestapos incluídas, a opositores/minorias a abater de regimes politicos e os actuais sistemas referidos À TOTALIDADE DA POPULAÇÃO.
e todos os que tiverem amigos em tais locais...
ResponderEliminarabraços
QUE BOM ! Estou felicíssima c/esta nova medida Socrática ... eu até pertenço a um desses serviços q podem fazer tais cruzamentos de informação e garanto-vos q,mal essa medida seja posta em prática, a 1ªcoisa q vou fazer é vasculhar tudo s/a vidinha fiscal e patrimonial do engº-rinho Sócrates!!!E está heim? Depois mando essas nividades n1 «envelope"9"» p/o "24Horas" e p/a MªJosé Morgado.E p/fim, vou mandar fazer 1granda cartaz e colar na sede do PS no Lg.Rato em Lisboa!!!
ResponderEliminarMidarte.
Engenheiro não, quando muito engenheiro técnico...
ResponderEliminar"A confusão que é feita neste texto é entre antigas técnicas de polícias politicas...e os actuais sistemas referidos À TOTALIDADE DA POPULAÇÃO."
ResponderEliminarConfusão? A nossa sociedade cada vez mais quer meter o bedelho na privacidade dos outros
É por isso que sempre que posso ando desenfiado
Ao anónimo da choldra inútil de contaminados pela propaganda contra os agora presumivelmente suspeitos funcionários públicos, recomendo-lhe a leitura do ultimo relatório do tribunal de contas sobre parcerias publico-privadas. Diz que faltam funcionários públicos que fiscalizem essas negociatas e estima que o estado pouparia entre mil e mil e duzentos milhões de euros caso essa fiscalização fosse feita. É para isto e para muitas outras coisas que só os funcionários públicos servem.
ResponderEliminarSócrates e Santana Lopes são uma produção RTP. Ambos participavam num programa da RTP em que apareciam como adversários, mas ambos tinham e têm algo em comum: são desequilibrados mentais. O primeiro (Sócrates) pelo mal que está a fazer às pessoas deste País, o segundo (Santana) pelo mal que já fez a Lisboa e ao País. Ambos começam por S. Como podemos, nós, cidadãos deste País, vermo-nos livres desta gente desequilibrada?!
ResponderEliminarBom, eu não tenciono ser detentor de um tal cartão. E agora? É como no julgamento do Hank Rearden?
ResponderEliminar"Apresente a sua defesa"
"Não quero ter qualquer defesa."
"Mas tem de apresentar uma"
"Recuso-me a tal."
"Isto é inaudito"
"Quer dizer que precisa que eu me defenda para poder acusar-me?"
:D
"Bom, eu não tenciono ser detentor de um tal cartão. E agora? É como no julgamento do Hank Rearden?"
ResponderEliminarInfelismente no caso de Portugal o Cartão de Cidadão vai ser _obrigatório_.