27.2.07

FASCISMO -2

O meu amigo Eduardo escandalizou-se por eu ter utilizado o termo "fascismo" para definir a intervenção da EMEL, em Lisboa, junto de automóveis e condutores. Reafirmo-o. Fora das áreas concessionadas à dita EMEL, não enxergo como é que a dita cuja possa ou deva interferir. Por este andar, qualquer pessoa, individual ou colectiva, pode ter poderes de autoridade. Sim, porque é disso que se trata quando aqueles objectos amarelos são colocados nos pneus das viaturas ou os carros são rebocados, repito, fora das áreas concessionadas. Aí, entra, como lhe compete, a polícia que chamo quando fico impedido de me mover por estacionamentos errados: telefono para o 112. Não me passa pela cabeça ligar para a EMEL ou para outra entidade qualquer. Olhe, da próxima vez ligo-lhe a si.

8 comentários:

  1. Anónimo10:52 p.m.

    Fascismo em àrea concessionada já pode ser?

    Se um país for (à revelia dos seus habitantes) concessionado, já pode ser!

    De facto, esta treta do sistema (sim, que comunismo e fascismo, para o efeito é tudo a mesma coisa) até baralha os próprios.

    Director do teatro de não sei onde? Depois do regime cair? Ou o regime não caiu... ou nunca se tinha levantado... É mesmo o Portugal dos pequeninos... agora, antes e sempre!

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  2. Anónimo11:07 p.m.

    E a prepotência e arrogância de automobilistas que deixam os carros em cima dos passeios, das passadeira de peões, em 2ª fila, à frente de portões de garagens, prejudicando terceiros, também será fascismo ?

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  3. Anónimo1:49 a.m.

    Então o Sr. Eduardo e quejandos ainda não perceberam que há trinta anos a esta parte, sob a capa que isto era para acabar com os previlégios e injustiças criadas pelo Salazarismo,em que toda a gente mais ou menos acreditou, descambou para um sistema de poder neofascista?

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  4. Anónimo9:02 a.m.

    Também me faz uma certa confusão ver poderes de autoridade serem exercidos por uma empresa. Por este caminho, teremos a securitas a fazer operações stop na rua.

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  5. Anónimo10:23 a.m.

    Acho muito bem que a EMEL retire os carros dos sítios onde NUNCA deveriam ser estacionados!
    Haja mais empresas a fazer o mesmo!
    Quem não tem civismo...haja quem ensine!!!

    Por que é que as pessoas que querem sempre o "carrinho" o mais perto possível de si, não arranjam uns elevadores exteriores aos prédios e os içam até ao andar onde trabalham ou vivam e, deste modo, estariam SEMPRE a olhar o sue belo carrinho!!!!!! ...E, acima de tudo, não incomodariam o trânsito nem os transeuntes!!!!

    Cambada de INCIVILIZADOS!!!

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  6. Anónimo11:14 a.m.

    Todo o desabafo é legítimo, mesmo quando anda desencontrado da razão.
    Dói quando nos vão ao bolso, mesmo que tenhamos prevaricado.
    Em matéria de regulação de trânsito a questão que se deve colocar não é: “quem exerce a autoridade administrativa?”, mas sim: “porque é que a autoridade administrativa não é exercida por ninguém, nesta terra situada algures entre a anarquia e o salve-se quem puder?”. Ou, dito de outra maneira: “porque é que não se cumprem as leis em Portugal?”.
    O seu amigo Eduardo tem toda a razão. E explica fundamentadamente a sua razão.
    Sim, é necessário impor, democraticamente, a ordem. Pois, sem imposição não há ordem. É assim aqui e em todo o mundo. Depois as pessoas habituam-se e passam a ter comportamentos cívicos mais conformes com a vida em sociedade.
    Com a intervenção da EMEL nas áreas concessionadas e adjacentes, pois da fluidez destas depende a utilização daquelas, estou certo que vai passar a haver maior mobilidade na cidade. É bom para todos, excepto para aqueles cujo umbigo absorve as sinapses neuronais. No entretanto, os agentes da PSP podem fazer um tirocínio na EMEL para aprenderem a agirem perante as evidências contra-legem.
    Por último, sempre lhe direi: deixe lá o 112 para as urgências efectivas. Caso o azar lhe bata à porta, devido ao incumprimento das regras de estacionamento, no papelinho preso no pára-brisas tem lá o contacto da EMEL ou da PSP. É só telefonar, com bom feitio, que eles farão o “favor” de o auxiliar.
    Neste país dizemos mal de tudo ou de quase tudo, mas, quando alguém promove uma mudança, desatamos a vociferar contra a dita.
    Não temos mesmo salvação!

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  7. Em parte, até posso estar de acordo com o meu ilustre homónimo, especialmente no que diz respeito aos poderes da autoridade.
    No entanto, sendo a EMEL uma empresa municipal e com, segundo sei, estatutos aprovados, em assembleia municipal, sobre a regulação e ordenamento do estacionamento, não estarão os fiscais verdinhos a fazer o seu verdadeiro papel e aquele para o qual foram contratados?

    http://sempre-a-produzir.blogspot.com/2007/02/emel.html

    Um abraço deste leitor assíduo
    João Gonçalves (Johnnyzito)

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  8. Anónimo4:50 p.m.

    Grande acto de civismo, encher o 112 com pedidos desses, sim senhor...

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