No meio dos folguedos idiotas, passou despercebida a pequena tragédia da Nazaré. Pequena para quem está de fora e enorme para quem assistiu, impotente, à morte dos seus a meia dúzia de metros da areia. São infelizmente precisas imagens horríveis deste género para nos lembrarem o esterco em que vivemos. Não há powerpoint ou promessas de "modernidade" que nos redimam. O serviço de bombeiros e de protecção civil, a polícia marítima e todo esse aparato de autoridade que se exibe em presunçosas conferências de imprensa, levaram duas horas a chegar. Para morrerem estupidamente, bastou àqueles homens um instante da força maligna da natureza e a fatalidade de terem nascido portugueses. Há quantos anos não faz este país outra coisa senão morrer na praia?
Os portugueses são incapazes de acções imediatas. De tomar decisões sem pedir pareceres.
ResponderEliminarTrabalho no Min. Justiça e assisto casos que deviam ter tratamento imedidato, mas ...
não vale a pena.
Reparo também que existe uma grande capacidade de olhar para o lado; não se perde o sono por algo que devia ter feito, dado que a culpa a existir será sempre partilhada, especialmente pelos outros.
Desculpe o pessimismo mas depois de tantos anos, não tenho esperança em dias melhores.
Não consigo entender como é possível DEIXAR MORRER a tão curta distância da terra....Só mesmo neste País!!
ResponderEliminaronde a civilização? onde a justiça? onde as autoridades?
ResponderEliminaronde os srs do Governo? onde os responsáveis por esta 'normalidade'?