20.11.06

DIAS


O dr. Mega Ferreira não tem orçamento para a sua Festa da Música no CCB. Este evento irritante - supostamente as "massas" são forçadas a converterem-se aos "clássicos" numa maratona de pouco mais de 48 horas - massacra tanto como a Sport TV. As televisões generalistas não saíam de lá e ouviam-se os maiores disparates ditos com o ar mais deslumbrado do mundo. Chama-se a isto provincianismo, não do saudável camponês, mas do citadino parolo. Para temperar, a ministra da Cultura veio dizer que "se trata de um novo projecto com "um outro perfil e com outra dimensão" e mostrou-se convicta de que haverá uma "programação muitíssimo melhor" no próximo ano, comparativamente com a de 2006 e 2005". "Dias da Música" foi o que Mega inventou para gastar um terço do que gastava com a "Festa". São dedicados ao piano, disse ele. Acho bem. E que atraiam as escolas em vez dos do costume. É de pequenino que coisa e tal, e o piano é um excelente instrumento para começar a apreciar a música sem pretensões erudito-populistas.

6 comentários:

  1. É evidentement que música é só no São Carlos.

    Maratonas de pseudo música são contra procedentes porque o vulgo, puderia ficar a saber:

    - Vivaldi é bastante mais que a música chata (Primavera) que nos poem quando a Chamada fica "em espera";

    - que Schuber e Schuman, a pesar da pernuncia quase igual, não são a mesma pessoa;

    - o mesmo para Hayden e Handel;

    - que da Rússia veio mais música, do que a Internacional;

    - e muitos mais exemplos se puderiam dar.

    E depois, como não nasceram devidamente ensinados, baralham tudo como quem está AINDA a aprender.

    Bem faz o Rio e a Junta de Freguesia de Benfica (via Destak) que cortam subsídios, a coros e outras trapalhadas.

    Aliás não era isso que o gande portuga ensinava?

    Esclarecidos estão os Sr. Bispos, quando proibem a Marcha dos Peregrinos / Núpcial nos Casamentos, e outras músicas menos próprias numa Igreja.

    Temos de poupar em nome do déficite cultural, que sofremos.

    E para dar o exemplo, o senhor Mega não devia gastar dinheiro com pianos, pianistas e afins.

    Basta uma versão ainda mais económica da menina prendada que toca piano e fala Francês, e obrigar o vulgo a comprar livros franceses, e irem para o CCB lê-los.

    Quanto a piano basta o ruído do camatelo de fundo e os barcos a apitar no Tejo.

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  2. Trop blasé...

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  3. CENSURA???.....Não me passava pela cabeça....

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  4. A Festa da Música não nasceu para reunir unanimidades sobre o seu conceito, mas sim para ser uma verdadeira festa na qual os artistas tocam com cachets abaixo do normal, o público tem acesso a excelentes concertos a preços reduzidos e numa fórmula que resulta na adesão de públicos muito diferenciados (não só em Portugal).

    Ouvirem-se disparates não é um exclusivo da Festa da Música e pode ouvi-los em qualquer lado, da temporada da Gulbenkian aos jardins de Serralves. Se estes são amplificados pelas televisões, esse já é um problema diferente.

    E é estranho falar de evento irritante e, no fim, das escolas, pois eu fartei-me de ver crianças e "malta nova" nas Festas da Música.

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  5. O caro blogger, discordo da sua opinião. A Festa da Música era, em muitos casos, a única ocasião em que se podia escutar determinados grupos e artistas de renome internacional. Muitos deles voltavam todos os anos é certo. Mas em muitos anos foi a única ocasião para os poder escutar.

    A quais me refiro? Digo-lhe só os que me agradam mais:
    - RIAS Kamerchor
    - Pierre Hantai
    - Musica Antiqua Koln
    - Peter Neumann
    - Carlos Mena
    - Rinaldo Alessandrini
    - Diego Fasolis
    - Pieter Wispelwey

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  6. Mega Ferreira mente com quantos dentes tem na boca: o orçamento do CCB até AUMENTOU este ano! É um refinado aldrabão.

    Pires de Lima hesita e, mesmo que diga a verdade, fala com a convicção de quem está a mentir! Parece uma ovelhinha imberbe.

    Ambos estão obviamente a querer dar-nos "música" e a tratar-nos como bombos da "festa"...

    Vão-se catar!

    A "FESTA DA MÚSICA" era um evento cultural muito importante e este ano vamos perdê-lo: é pena.

    Mas quem mais perde com tudo isto, em credibilidade e definitivamente, são estas duas personagens.

    Isto de pôr jornalistas, com "mestrado" em empreedimentos imobiliários (EXPO'98), a gerir equipamentos culturais deste nível...

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