18.8.06

TRANSIÇÕES

"Cuba é hoje um cadinho fervilhante de ideias sobre a transição". Esta pérola pertence ao professor doutor Boaventura Sousa Santos que, desde tempos imemoriais, "observa" a Justiça portuguesa. Boaventura, o mais famoso sociólogo coimbrão, é, como se sabe, politicamente inconsequente. Apesar da aturada investigação universitária a que se dedica, ainda não conseguiu, nesta matéria, sair de uma idade primitiva. Para ele, os "amanhãs" continuam cantáveis, de preferência em lírica rimada. Boaventura devia saber que, numa ditadura, e, sobretudo, numa ditadura com as características da "castrista", ter ideias fora do cânone é uma infâmia punida com o desterro ou a prisão. Logo, ninguém imagina - a não ser, pelos vistos, ele - que em Havana possa existir "um cadinho fervilhante de ideias" e, muito menos, qualquer "transição". Alguém concebe Fidel Castro em "transição" para outra coisa que não seja a sua privativa nomenclatura? Boaventura, como muitos "intelectuais" espalhados pelo mundo, teme pela saúde da Cuba "castrista" e não propriamente pela felicidade dos autócnes. Afinal, e a esta conveniente distância, que diferença faz uma democracia a mais ou a menos na contabilidade "sociológica" do nosso distinto académico?

Adenda: "Les beaux esprits se rencontrent"

5 comentários:

  1. Boa noite,
    Calma João. Não afugente o homem. Pode ser que ele vá para Cuba assistir à transição e fique por lá.
    Cumprimentos

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  2. Boaventura e a leveza saltitante sobre o que impende sobre os famélicos e literatos autóctones.

    A Bushamérica e o peso
    imponderável da liberdade...

    LIBERDADE PARA FODER

    Ora foda-se, norte-América.
    Que sabes tu do mundo?
    Que napalm filho da puta
    resolveu o Vietnam? Conteve-o?
    Matando massivamente o insecto chino homem!!!

    Que metralhadoras salvaram
    a Somália e redimiram o Sudão?

    Que dólares valem um cabelo
    das lapidadas do Irão e dos publicamente degolados da Arábia contra o que não levantas a voz política ou diplomática,
    esganada em petróleo?

    Que negócios da China
    e que porra de transigência
    é essa com os trucidados e eliminados pela injustiça oriental?

    Mas que puta de moral é que a tua administração demente tem para limpar o mundo dos maus?
    Onde estão os espelhos na tua casa? Branca!
    Onde os venenos e os facalhões?

    Ora foda-se, América.
    Tu, que és eficiente e obesa,
    que trabalhas e enriqueces e depradas comó caralho,
    ainda não deste férias às tuas frenéticas bombas?

    Que cabrões! És o centro do universo, afinal o planeta
    é norte-américocêntrico
    e o resto é paisagem!

    Que pena de morte anulou
    as matanças suicidárias nas tuas Schools em liberdade?
    E como ainda veneras essa orgia armada por todo o território?

    Ora foda-se, América,
    dizer-te o nome é pensar em armamento. Armamento muito velho, a apodrecer de velho a precisar
    da dentadura, da placa de um último sorriso mortífero.

    Realmente a paz no mundo
    é uma coisa muito perigosa e pouco rentável.

    Ora foda-se, América.
    Tens dentro de ti quem se ria perante essas invasões e esses aviões e essas cirurgias caras
    na carne em cratera dos povos, povos que não têm nem metade
    do teu ass de típico agente policial donoutiado,
    mas também são gente.
    E tens também dentro
    quem salive por mais sangue,
    mais limpeza, mais rumsfeldização dos demónios humanos,
    os outros,
    evidentemente.

    Ora foda-se, América.
    Blinda-te como puderes lá dos atentados cuja ameaça se sente, como faremos nós também,
    depois e durante essa inquinada loucura iraquiana,
    depois de esta imitação de norte-América 1 Iraque 0 sobre o Líbano,
    mas lembra-te de que se a estupidez armada que te lidera agora
    semeou uma chuva de fogo,
    há-de vir também uma chuva de
    merda
    manure
    estrume que de tal maneira te humilde e envergonhe
    que finalmente te aconteça
    o Ghandi que te falta
    ou um Cristo desarmado.

    Joaquim Santos

    Claro que se é mais feliz na norte-américa que na Cuba fidelista. Mas quem tem muito poder tem de ter muita responsabilidade,
    coisa que
    saíu de moda na norte-américa
    administration.

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  3. Existe é um cadinho fervilhante de mobilização das tropas e das milicias não vá o zé povinho ter ideias...

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  4. Encontra-se já um artigo de resposta a BSS e com muita informação aqui:
    http://boasociedade.blogspot.com/2006/08/cuba-transio-de-onde-e-para-onde-cuba.html

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  5. Fidel é amigo de Bush.

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