31.7.06

A GUERRA DE LAPTOP


Ouvi no carro que Israel está a fazer um "intervalo" no seu ataque indiscriminado ao Líbano para "tentar perceber" o que se passou em Qana. Miss Rice, entretanto, regressou a casa à espera de melhores dias. E o Conselho Europeu reune-se amanhã para pensar no assunto. Ou seja, o foguetório deverá seguir dentro de momentos. Sem complexos, nem de "esquerda", nem de "direita", continuo a pensar o mesmo deste "conflito". Israel não pode parar de atacar para se defender, mesmo à custa de gente que nada tem a ver com actividades terroristas. E o Hezbollah fará exactamente o mesmo, de forma mais vesga e aleatória, no território judaico. A desculpa extraordinária de que foram lançados panfletos sobre regiões libanesas a avisar os "civis" que o melhor que tinham a fazer era mudar de sítio, como se se tratasse de uma trivialidade ou de uma obrigação, não justifica o que está a acontecer ao País do Cedro. Sobretudo quando se percebe que o "núcleo duro" do Hezbollah está vivo e de boa saúde. Os tolinhos que por aí andam a "tomar partido" - supostamente em nome da "Estátua da Liberdade", passando atestados de "terrorista" e de anti-semita a quem quer que pense de outra maneira -, pretendendo dar lições de superioridade democrática, mais valia estarem calados. Ao perder a cabeça, Israel corre o risco de perder, mais do que a guerra, o processo político que precede a guerra. E isso, contrariamente ao que pensam os " guerrrilheiros de laptop", é que constituiria uma verdadeira tragédia para a região e para o "ocidente" que eles imaginam "acarinhar" com o seu "israelismo" primário.

9 comentários:

  1. Vou confessar-te uma coisa, que expludam ambos, aliás o Médio Oriente todo. Bom post. Boa semana.

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  2. E quem é dixava isso acontecer?

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  3. E quem é que deixava isso acontecer?

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  4. "Guerra e Paz"
    Tenho-me perguntado, se a iniciativa do Hezbollah, com o rapto de dois soldados israelitas, não terá sido uma simples «casca de banana» a Israel.
    Na qual Isral resolveu escorregar. Mais do que uma manifestação de força, um sinal de fraqueza.
    A ver vamos.
    Sem dúvidas que Israel vai ganhar. Por agora.
    Até quando, com os anti corpos que está a gerar?
    Em definitivo, se conseguir fazer deslocar alguns milhões de residentes (Líbia e Palestina) para outros países.
    Nada de novo na História.
    Z

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  5. Muito Boa, a análise do “Anónimo »Z« das 6:32PM”

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  6. mas alguém acredita que uma operação destas não estava preparada e que o rapto foi apenas o pretexto para a desencadear?

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  7. Eu tomei partido.
    Aliás, já tomei partido, no conflito israelo-árabe, há muitos anos.
    Sou por um dos lados, sem ambiguidades.
    Agora sei que sou tolinho.
    Ainda bem!

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  8. Excelente post! Análise desapaixonada e esclarecida.

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  9. explodam, não é?

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