27.3.06

LITERACIA

Li algures que foi aberto um concurso para as universidades e os institutos equiparados fornecerem cursos específicos para os dirigentes da administração pública. De acordo com o governo, aos referidos dirigentes faltar-lhes-á esta "formação" suplementar para aí, sim, poderem exercer as respectivas funções com suposta competência. Desde tempos imemoriais - que precedem a ditadura e a democracia - que o Estado abriga invariavelmente "chefes" de diversa proveniência, com carreira, sem carreira, com mérito pessoal e profissional ou sem ele, distintos "amigos" ou ilustres desconhecidos. Não é à falta de possuírem um curso suplementar que essas almas exercem melhor ou pior os seus cargos. Existe um problema prévio de perfil, para recorrer ao lugar-comum. É tão simples quanto isto. E não adianta enfiar-lhes cursinhos pela cabeça adentro. Convém, aliás, assegurarem-se primeiro de que alguns deles efectivamente a têm.

1 comentário:

  1. ... é “tão” mauzinho
    ... pense “antes” assim
    ... dada a aplicação do Processo de Bolonha, os Cursos serão reduzidos na sua duração, sendo que muitas disciplinas “muitas delas já fantasmas” desaparecem e/ou transformam-se por aglutinação. Desta forma, terá que ser “pensado” outro tipo de ocupações “decentes” para os “docentes”
    ... n’est pas?

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