tag:blogger.com,1999:blog-5470532.post4702298292655092079..comments2023-11-07T22:14:42.026+00:00Comments on portugal dos pequeninos: LITERATURA, MARTELADAS E ESTADOS DE SERUnknownnoreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-5470532.post-8271020823112563012009-12-29T10:18:46.535+00:002009-12-29T10:18:46.535+00:00Incrível a coincidência, ainda ontem perante a per...Incrível a coincidência, ainda ontem perante a pergunta: tens algum JRS que me emprestes? Respondo: não! Não é o estilo de livro que eu compre. Porquê? Não tenho absolutamente nada contra JRS, nem contra os seus leitores, cada um deve ler o que muito bem lhe apetece. Concordo com a linha do JG, seguindo Harold Bloom, qto ao Nabokov é muito mais respeitável o autor do que o homem da crítica. O gozo estético é evidentemente bem mais formativo do que o entretenimento, contudo não desprezo o segundo, tem o seu lugar, como qualquer outra manifestação artística mais ligeira.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5470532.post-68846272829327855502009-12-29T03:52:04.820+00:002009-12-29T03:52:04.820+00:00É simples, lá pelo quarto de século cheguei a uma ...É simples, lá pelo quarto de século cheguei a uma conclusão tramada, a literatura morreu com o Henry Miller, e é tramada porque me tramou, apenas isso, pois que depois dele, isto é, escritores & escrevinhadores posteriores, não encontrei mais nenhum que realmente me provocasse gozo estético e me arrebatasse do lado das palavras, tal foi o efeito que o sacrista do Miller teve no adolescente que eu aparentemente fui, descobri -- isso sim -- autores anteriores a ele que me levaram ao êxtase, de resto fui entretendo como pude os neurónios e os olhos, não com literatura light (JR dos S só na pantalha, li uns croquetes de MRP na MaxMen por curiosidade com a "novidade" (a revista, mais que a cronista)), mas com alguns injustamente chamados sub-géneros, como o policial e a ficção científica (que tem escritores magníficos, embora eu com a fc é como com o presunto, saboreio poucos mas mastigo de todos) e a banda desenhada, a romanceada sobretudo, mas também a de arrojo gráfico (lá está, é consumo da tal estética mas por via "intra-venenosa"), e isto tudo para dizer que sim, que concordo, já concordava no geral com o anterior post, fica tudo resolvido com esta fita-cola: "que não passe de entretenimento". Porque aí começam os (des)níveis. Entre os que descobrem mundos distantes nas palavras de JR dos S e "experiência" em MRP, e os que estiveram lá, fizeram aquilo e trouxeram a camiseta.<br /><br />Para uns, "aquilo" passa de entretenimento. Para outros, não. É isso aí dos "estados".<br /><br />O meu ponto não era este, mas passou a ser.<br /><br />Também não era o efeito alavanca de alguma subliteratura nos índices de venda de livros no país, mas aproveito e subscrevo o comentarista do post anterior que referiu a tese.<br /><br />No mais: porque o pude observar nos meus próprios desvios, e nos desvios e gente próxima, concordo quanto aos efeitos perniciosos da sobre-exposição às subliteraturas e sub-géneros, o excesso de consumo deforma um homem; não percebo a ligação ao dinheiro (é uma escala de sucesso absolutamente distinta da qualidade e independente do grau de "literaturês" de uma obra ou escritor); ah e ainda, obrigado pela menção.Paulo Queridohttps://www.blogger.com/profile/11292063708192683128noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5470532.post-11576733868738833832009-12-27T21:19:24.972+00:002009-12-27T21:19:24.972+00:00O JG parece o Vasco Pulido Valente há 40 anos atrá...O JG parece o Vasco Pulido Valente há 40 anos atrás...<br />Que parasitismo.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5470532.post-4340612905428366622009-12-27T17:35:52.941+00:002009-12-27T17:35:52.941+00:00A leitura das aulas de Literatura Russa do Nabokov...A leitura das aulas de Literatura Russa do Nabokov serve essencialmente para uma coisa: entre todas para provar que Estaline não foi um defeito genético do comunismo mas sim uma evidência da alma russa.<br /><br />O autor de Lolita, de ascendência aristocrática, critica com o aparo espetado contra tudo que lhe soe a ideias de que não comungue. Aliás, por cá há muita crítica dessa, estalinista com polarização inversa. <br /><br />Os autores arrumam-se nos que não prestam porque não pensam como nós e nos que prestam porque não nos ofendem a sensibilidade ideológica.<br /><br />Com mais ou menos gesso, Nabokov foi incapaz de apreciar Gorki apenas porque este defendeu a expropriação latifundiária. Mas isso é do domínio freudiano e não das musas. <br /><br />Mais lúcido, o nosso padre Manuel Antunes - que triste ser português - foi capaz de criticar o autor soviético sem que a aversão ao marxismo lhe embotasse o distanciamento.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5470532.post-5324529649294368512009-12-27T16:11:50.369+00:002009-12-27T16:11:50.369+00:00Que José Rodrigues dos Santos já tenha vendido um ...Que José Rodrigues dos Santos já tenha vendido um milhão de livros é, em primeiro lugar, bom para ele. Os direitos de autor devem ser bastante interessantes e muita inveja causarão em outros(as) que, querendo-os, não os conseguem. Recordo, a propósito, Corin Tellado, finada no ano que se está esgotando, que escreveu, salvo erro, mais de 4000 títulos em perto de 400 milhões de livros.<br /><br />Mas, de facto, o que é que isto tem a ver com literatura?<br /><br />PS - A propósito de Gorki (alvo de uma boa "martelada" por parte de Nabokov), recordo-me de ter comprado, aí por 1975/76, na feira do livro na Av. da Liberdade, por 17$50, o melhor (do muito) que li do autor: «A confissão de Matvei» (na tradução inglesa, "A Confession").Eduardo Freitashttps://www.blogger.com/profile/09643282982440841245noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5470532.post-1613487656052017382009-12-27T16:04:45.617+00:002009-12-27T16:04:45.617+00:00Agradeço ao Dr. João Gonçalves a possibilidade que...Agradeço ao Dr. João Gonçalves a possibilidade que me dá, sem eu pedir, de me brindar com textos muito cerebrais e com muita estética. Agradeço aos comentadores que são sempre uma fonte e uma possibilidade de aguçarmos a nossa mente.<br />Voltando à literatura. De facto, a literaura pode proporcionar entretenimento, mas de acordo com a perspectiva do autor deste blog e das perspectivas de autores que traz para a sua argumentação ela é~, na sua essência, estética das palavras e das imagens. E, nesta medida, será mais prazer do que entretenimento. Procuramos o entretenimento que se esvai depois de consumido em vez do valor da estética e do prazer que modificará a nossa percepção e marcará a nossa visão do mundo? Pois, a cada um aquilo que mais lhe aproveita.<br />Cada um tem direito ao seu traque.<br />Desculpem o desassombro.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5470532.post-79914533903490086062009-12-27T15:03:04.942+00:002009-12-27T15:03:04.942+00:00Que o Rodrigues venda muito, ponto um. Ponto dois,...Que o Rodrigues venda muito, ponto um. Ponto dois, prefiro Cícero, Séneca, prefiro-me a mim mesmo para êxtases de estesia literária.joshuahttps://www.blogger.com/profile/04146107791118369810noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5470532.post-1522192987368885192009-12-27T15:01:34.700+00:002009-12-27T15:01:34.700+00:00L'écrivain, c'est celui qui résume le pour...L'écrivain, c'est celui qui résume le pourquoi du monde dans un comment écrire", escreveu já não sei quem.JCChttps://www.blogger.com/profile/04764118905740747035noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5470532.post-5676205011786150642009-12-27T14:54:18.070+00:002009-12-27T14:54:18.070+00:00eu gostava de comentar este post e o comentário do...eu gostava de comentar este post e o comentário do paulo querido, mas não vou fazê-lo porque senão ainda aparece aí o bonifácio a falar de impostos e a chamar-me filho daquilo a que já chamaram o João Gonçalves e eu não me esqueço quando, nem como nem porquê...<br /><br />em vez disso recordo ao paulo querido o poema de jorge de sena (da "Arte de Música") "«LA CATHÉDRALE ENGLOUTIE» DE DEBUSSY" <br /><br />só um pequeno excerto:<br /><br />"É desta imprecisão que eu tenho ódio:<br />nunca mais pude ser eu mesmo -- esse homem parvo<br />que, nascido do jovem tiranizado e triste,<br />viveria tranquilamente arreliado até à morte.<br />Passei a ser esta soma teimosa do que não existe:<br />exigência, anseio, dúvida, e gosto<br />de impor aos outros a visão profunda,<br />não a visão que eles fingem,<br />mas a visão que recusam(...)"Anonymousnoreply@blogger.com