2.12.08

A BANCA E O REGIME

Seis bancos, entre os quais a CGD, vão "ajudar" o BPP, o formoso banco que se dedica a "gerir fortunas". Tal como nos partidos existe o "circuito da carne assada" que define a "solidez" de uma liderança, também na banca portuguesa há um "circuito" de regime que confere aos respectivos gestores, por muitas asneiras que façam, o direito de não se chamuscarem excessivamente. Para além disso, com a teoria do aval o governo assegurou que o "circuito" não seria interrompido por trivialidades como falências, péssimas administrações e crises internacionais. Dizem que é por causa da "imagem" do país. Todavia, o país cuja "imagem" deve ser preservada "segurando" estes beneméritos, é fundamentalmente o país que paga impostos, que usa a banca para o essencial e não propriamente para "negócios" e, muito menos, para tratar da fortuna que não possui. O governo e, por ele, o Estado estão a tornar-se o "caixa-forte" de uma gente que se orgulhava de ser o "exemplo" da "sociedade civil" portuguesa e do seu não menos famoso "empreendedorismo". Os rostos que vimos há dias por trás do dr. José Miguel Júdice, na assembleia geral dos accionistas do BPP, são velhos conhecidos do regime. O que é que a generalidade dos contribuintes tem a ver com isto?

11 comentários:

Anónimo disse...

O maior saque aos contribuintes que há memória em Portugal.

Se é para preservar a imagem de Portugal que se destitua o primeiro ministro mais mentiroso na história desta porra de país....

O Presidente de Portugal no seu altar jaz mudo e quedo enquanto o país se afunda na maior desgraça que há memória depois do 25 de Abril.

Anda muito preocupado é com os Açores, o único território, que segundo reza a História, libertou Portugal de vários totalitarismos e autoritarismos.

Como dizia o meu avó que já Lá está, é "tudo farinha do mesmo saco"...

Aladdin Sane disse...

completando o comentário de "açoriano", resta dizer que o esse saco não tem fundo.

Anónimo disse...

Agora se percebe como esta gente
tem grandes fortunas e o modo
como a criaram.
Este POLVO deve ter uns tentá-
culos enormes, por isso nin-
guém ousa desafiá-lo.
"As gaiolas são para os passa-
rinhos e não para os passarõ-
es"

Nuno Castelo-Branco disse...

Que pena isto levar-nos directamente a 1925... porque em 1909, o problema nem sequer se punha, porque simplesmente não havia escândalo algum, não existia o problema que o prp habilidosamente inventou, etc.
As fotos que eu tenho visto na imprensa, denunciam de imediato a verdade das coisas: andam a querer pagar com o dinheiro de quem tem pouco, as maluquices - e os off-shores? - de quem tem muito. e digo isso sem uma pontinha de inveja, pois no rol dos meus imensos defeitos, esse não consta.

VANGUARDISTA disse...

Neste caso, os nossos politicos de merda têm que aprender uma lição e , depois, darem uma solução.
a)
A Lição (do Prof. Salazar , claro!):
“…O plutocrata não é pois nem o grande industrial nem o financeiro, é uma espécie ser híbrido, intermediário entre a economia e a finança; é a “flor do mal” do pior capitalismo. Na produção, não é a própria produção que lhe interessa, mas a operação financeira a que ela dará lugar; na finança, a administração regular dos seus capitais também não lhe interessa, mas antes a sua multiplicação, graças a acrobacias ousadas contra os interesses de outrem. O seu campo de acção está fora da produção organizada de não importa que riqueza e fora da circulação normal dos capitais em moeda; não conhece os direitos do trabalho, nem as exigências da moral, nem as leis da humanidade. Se funda sociedades, é para beneficiar dos seus lucros e passá-las a outrem; se obtém uma concessão gratuita, é para voltar a ceder já como um valor; se se apodera de uma empresa, é para que esta suporte as perdas que outras lhe fizeram sofrer. Para chegar a isto, o plutocrata actua no meio económico e no meio político usando sempre o mesmo procedimento: a corrupção. Porque esses indivíduos, a quem alguns concedem também o título de grandes homens de negócios vivem precisamente de três condições realizadas nos nossos dias: a instabilidade das condições económicas, a falta de organização da economia nacional, a corrupção politica …”

“ o financeiro …. pode fazer intervenções deslocadas na vida económica e arrastar na sua esteira muitos valores que lhe foram confiados ou o acompanham nessas operações. Quando joga, deixa de ter interesse para a economia; podemos dizer que está já fora da sua função.”

Agora a solução:
Deixar falir o BPP , até porque não tem influência sistèmica (para além dos bolsos do "Dr. Balsemão & friends") e seria uma verdadeira solução/lição para os aventureiros que por ai andam a brincar a "financeiros" das "vacas gordas".
Os recursos que o Estado vai arriscar com BPP podem ser necessários para outros casos , bem mais graves que, inevitavelmente, vão surgir.

Anónimo disse...

Ver os Dâmasos Salcedes que se reuniram na AG do BPP fez-me perceber outra coisa: a razão que leva tantos maduros a quererem pôr avental.

Anónimo disse...

Pois é. Após o 25 de Abril os democratas fizeram uma edição sobre o "livro negro do fascismo" ou coisa que o valha para denunciar as arbitrariedades do ancien régime. Não constam casos de corrupção como aqueles que verificamos hoje, em plena demcracia. Pelos vistos, os senhores da União Nacional da altura eram bem menos corruptos que os da actual (centrão) representados por figuras gradas do PS e do PSD.

LUIS BARATA disse...

O pormenor que mais me surpreendeu no meio deste caso BPP foi o do dinheiro dos agricultores. Que agricultores serão estes cujas "poupanças" estavam confiadas ao Sr. Rendeiro?
Primeiro, não havia risco sistémico, depois já podia estar em causa a imagem do país...
Os benefícios do risco durante a bonança foram dos 3000 clientes abonados da instituição, quando chega a tempestade chama-se o Estado para avalizar....
São os liberais que temos, só nos dias ímpares...

Black disse...

Ora, ora LUIS BARATA... então que agricultores serão?
Os agricultores ricos, que também os há. Os que sabem como recorrer aos enormes subsidios europeus e que comandam associações de agricultores e produtores. Ou mesmo os proprietários de grandes terras que recebem largas importâncias apenas para deixarem os terrenos sem serem cultivados.

Anónimo disse...

Deste regime só?E antes, eram da oposição? Francamente, oh João Gonçalves!Estes são do estilo de mamar de qualquer um...

Anónimo disse...

Qual o papel do ISCTEANO e assessor do Sócretino para a "Cul-tora",mas também curador de compras de arte do Rendeiro do BPP,Alexandre Melo,neste cozinhado que fede por todos os lados?