8.11.06

A MISTIFICAÇÃO


Para mascarar a paulatina destruição da classe média a que chamou "lugar comum", o 1º ministro "lançou-se" a Alberto João Jardim e à banca. Quanto à Madeira, já se percebeu o objectivo. Não há nenhum papagaio "continental" que não chilreie de gozo cada vez que o presidente do governo regional da Madeira é reduzido ao estatuto de "besta política". A maior parte destes papagaios nunca pôs os pés na Madeira e não consegue entender o que era a ilha há 30 anos e o que ela é hoje. AJJ tem um estilo que não é consensual e que tem muito de discutível. Todavia tem uma obra pela qual tem andado a responder através do voto. Isolar a Madeira que é tão país como Trás-os-Montes ou os Açores do camarada César, é, como se diz agora, todo um programa. Ou, se calhar, o único programa. A peça seguinte é a banca. Sócrates tirou da sua cada vez menos inspirada cartola umas trivialidades fiscais que qualquer mediano conhecedor do assunto percebe que não passam de vaga cosmética para impressionar a "esquerda" que, por acaso, não se deixou impressionar. A banca, apesar da divertida acusação de "peronismo" vinda do eterno Salgueiro, será sempre a banca, caso contrário - como Sócrates sabe tão bem como eu - esta treta afunda-se de vez. O 1º ministro, em apenas ano e meio, entrou no irreversível caminho da mistificação do qual já não sairá. Como menino bem comportado, aprendeu de cor uma cartilha que repetiu à exaustão sem permitir aos jornalistas - ou sem que estes se permitissem tal é o respeitinho -, fora do Parlamento, que fossem mais longe. Todos se contentam com o malhar na "besta"e com o tropismo bancário. Se julgam que isso chega, estão muito enganados. O decurso do tempo o dirá.

25 comentários:

Anónimo disse...

Reparou no ar do Socrates á saida do Hemiciclo?

Já não consegue sair da bolha de ar rarefeito em que se isolam os Protagonistas no Poder e que não querem conhecer outra realidade que não seja a sua...

Anónimo disse...

E que é o que o Querelle tem a ver com isto tudo?

Anónimo disse...

O que era Portugal em antes do seu amigo Salazar e depois?

Anónimo disse...

E no "contenente" não está tudo diferente?
Queria que em trinta anos o homem não fizesse nada?
Não me parece que Jardim seja o seu estilo.
Se é por obediência política, estamos conversados.
Se acha graça à peça, o meu pesar.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Oh Farinelli.... se dividir o que ele fez na Madeira por 30 anos, verá que dá uma quantidade tão grande de "obra feita" por ano que até ficará impressionado!! Pelo que FEZ, TEM FEITO e pelo Homem QUE É, é que está lá há 30 anos!! Ou acha que o povo SÓ SABE O QUE FAZ quando vota nos que você gosta?????????

Anónimo disse...

Bem, eu se dispusesse de cacau e mais cacau e ainda mais cacau também punha a minha casinha num brinquinho.

Anónimo disse...

Este post é sabujo, difamatório e homofóbico....

Anónimo disse...

...há muita gente que tem CACAU e mais CACAU e não faz NADA DE JEITO com ele......É uma questão de MENTALIDADE...não é de CACAU!!!!

Anónimo disse...

O problema não é que a Madeira não seja tão país como Trás-os-Montes ou os Açores. O problema é que Jardim e seus amigos pensem que a Madeira é mais País que o resto do País e que não deve estar sujeita às regras das outras regiões. É verdade que a Madeira mudou nestes 3o anos, e para melhor.Mas como é que podia ser diferente por mais desperdicio e corrupção que houvesse? Não é verdade que é preciso que algo mude para que tudo fique na mesma?
E o enriquecimento suspeito de muitos dos próximos de A. Jardim não terá também algo a ver com tanto despesismo?
Quanto a Jardim, deixem-no falar, deixem-no insultar, deixem-no ser separatista ou patriota conforme lhe der mais jeito. No dia em que derem a importância devida aos seus ditos, isto é: nenhuma, vão ver que ele se cala de vez.
Transmontano

Anónimo disse...

Boa, transmontano.

Anónimo disse...

pá, se as coisas na madeira continuassem como há 30 anos... se as coisas em matosinhos continuassem como há tinta anos. como argumento não vale nada. e oscilas consoante a origem das críticas. como foi o sócrates a mandar palavras logo pintaste naquele traste uns ares de gajo empreendedor. enfim, é curioso ver como não resiste a adjectivar sempre que queres vincar uma posição: umas vezes são os papagaios, outra as bestas. tudo bem, mas falas assim porque imaginas que consegues obter mais razão dando liberdade ao mau humor.
e já agora, ver o tio alberto chamar mal educado a alguém é do camandro. enfim, já valeu pelo riso tudo isto.

Anónimo disse...

Talvez o anónimo que respondeu a Farinalli não saiba o que é caciquismo. Talvez pense que AJJ é um príncipe renascentista e não um soba boçal e mal-criado. Talvez até tenha certezas sobre as virtudes únicas do homem que ele é. Mas, por favor, deixe-nos acreditar que não é a única forma de fazer política. Deixemos vingar a nobreza da actividade cidadâ, contra a boçalidade de gente como o seu herói.
E já agora, João, chamar papagaios a quem não concorda consigo, é digno de diploma da escola de Jardim.

Anónimo disse...

Eu sou um papagaio que nunca pôs os pés na Madeira. Nem ponho enquanto estiver aquele espécime à frente dos seus destinos. Vai-me desculpar, mas suporto a criatura. E se tem tanta gente a votar nele... É porque se calhar s~so todos assim. não, a mim não me apanham lá.

Anónimo disse...

Correcção: onde se lê "mas suporto", leia-se "não suporto".
obrigado

Anónimo disse...

Furavidas, já somos dois. Também não suporto o espécime.
Mobutu também afastou muita gente do Zaire. Sei que não é a mesma coisa, mas parece...

Anónimo disse...

Isto está concorrido. É preciso o João exibir o que aprendeu na escola do mestre do Funchal, como diz o Paulo Crato, para que as audiências subam. Afinal AJJ sabe o que faz. A boçalidade dá votos. Nós, os papagaios, estamos enganados.

Anónimo disse...

Isto hoje está muito concorrido. Vamos ao concreto.
A) A Madeira está um encanto e muito graças a AJJ.
Com alguns disparates. Numa ilha daquela dimensão, o maior túnel rodoviário (3.186 metros) de Portugal, do Minho aos Algarves, Açores e Madeira.
B) Próxias contribuições do OE/Contribuintes com a solidariedade insular:
a) Novo estádio de futebol no Funchal.
b) Cem mil euros para um pequeno clube de futebol na Terceira.
C) Valha-nos banca internacional. E o Défice.
Z

Anónimo disse...

No escurinho do cinema chupando drops de anis...

Anónimo disse...

Ainda ninguém me respondeu o que é que o Querelle tá ali a fazer?!

João Teago Figueiredo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

eu não percebo é o que estão aqui a fazer
1) Fassbinder
2) Brad Davis
3) Genet
todos já mortos e sem se poderem resguardar de tão ruim companhia

Anónimo disse...

Acho que já percebi. Tal como no filme Querelle existe aqui uma pulsão de amor e morte.
Assim, tal como Querele, Sócrates descobriu que se apaixonou por AJJ, e para se ver livre nada mais que tentar o seu assassinato político. No fundo tudo não passa de impulsos sexuais...

Anónimo disse...

João, bem sei que tens uma simpatia muito especial pelo AJJ. Para mim, gostas da ilha e do Porto Santo, o AJJ vem por acréscimo. Já la estivemos juntos, por isso sei o que digo. É verdade que a Madeira se desenvolveu nos últimos 30 anos. E o Porto Santo? Aquela colónia da Madeira?
Já sei: convem manter como está para continuar a servir de zona balnear da "fina flor do entulho" da Madeira...
Se não fossem as transferências do "Contnent"... E será que foram todas bem utilizadas.
Finalmente, se me sair o Euro Milhões, também te ofereço um apartamento (na Madeira se quiseres) - e tu sabes que ofereço mesmo.
HJP

Anónimo disse...

tem toda a razão o nosso Gonçalves e o arguto argumento é de uma plasticidade admirável. Alguém se lembra do Algarve de há três décadas???? é que essa esquerdalha irresponsável parece que não!!!! ora não é verdade que aquilo era de uma miséria extrema???? mas 30 anos de autarcia, mesmo com um ou outro caso de corrupção moderada e aceitável, transformaram o rincão do Teixeira Gomes num exemplo de modernidade e de progresso, tanto como a Madeira de Jardim....ou não?

Anónimo disse...

Já vi que não sou o primeiro a interrogar-se sobre o que é que o Querelle tem a ver com esta polemica madeirense.
Só se for porque o Joao acha que o Fassbinder é de alguma forma parecido com AJJ!!! Se assim for parece-me bem.