A coisa ia razoavelmente bem até ao derradeiro parágrafo. Depois Filipe Nunes Vicente meteu ali Pound e Alegre, este na sua vertente de "indigente poeta". Ora bem sabe o Filipe que a grandeza da poesia de Pound é incompatível com o seu "acantonamento", ainda que circunstancial, junto de um pequenino poeta lírico-politiqueiro e periférico como Alegre. E quero lá saber se Pound era "fascista" ou "louco". É um enorme poeta.
Assim, de repente, até me parece o maior do século XX. Ou, pelo menos, dos maiores, vá.
ResponderEliminarO PROBLEMA DO ALEGRE É SER INDIGENTE NOS DOIS PLANOS.UM POETA INDIGENTE COM UMA CARREIRA POLÍTICA MEDIOCRE.
ResponderEliminarDino Segre (Pitigrilli) em 'decadência do paradoxo'
ResponderEliminar«os homens dividem-se em pios e ímpios, mas quem fez a classificação foram os pios»
«Os cães pequenos olham para os cães grandes,
ResponderEliminarObservam as intratáveis dimensões
E as curiosas imperfeições de odor.
Eis um grupo de machos compenetrados.
Os homens jovens olham de cima para os mais velhos;
Consideram-lhes a mente de meia idade
E observam-lhes as inexplicáveis correlações.
Tsin-Tsu disse: só nos cães pequenos e nos jovens
Encontramos a observação minuciosa».
acho que não percebeu o texto de filipe vicente...
ResponderEliminarjoão p.
Fascista, louco, Poeta. Mas não era desertor. Cada um que fique com as suas preferências.
ResponderEliminarÓ criatura pinball action, ó medonha afronta ao sabonete lux, isto é má poesia onde, triste e suada virgem de passos apressados para fora da inchúdia!??
ResponderEliminar.......
Regresso
E contudo perdendo-te encontraste.
E nem deuses nem monstros nem tiranos
te puderam deter. A mim os oceanos.
E foste. E aproximaste.
Antes de ti o mar era mistério.
Tu mostraste que o mar era só mar.
Maior do que qualquer império
foi a aventura de partir e de chegar.
Mas já no mar quem fomos é estrangeiro
e já em Portugal estrangeiros somos.
Se em cada um de nós há ainda um marinheiro
vamos achar em Portugal quem nunca fomos.
De Calicute até Lisboa sobre o sal
e o Tempo. Porque é tempo de voltar
e de voltando achar em Portugal
esse país que se perdeu de mar em mar.
Manuel Alegre
.................
Rita
Safa.
ResponderEliminarAcantonamento muito circunstacial. Muito mesmo.
O que move João Gonçalves contra Alegre? "Um poeta lírico-politiqueiro e periférico"! É de bradar aos céus. João Gonçalves acabará os seus dias dizendo mal de si próprio!
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