19.5.10

A ABERRAÇÃO

O "conselho económico e social" - vulgo concertação social - é, para esta democracia de papel, o equivalente à velha Câmara Corporativa do Estado Novo menos o nível dos participantes. Nele sentam-se as elites governativas, patronais e sindicais normalmente para se ouvirem apenas as primeiras e, com esforço, umas às outras. Depois saem e cada um diz o que anda a dizer há trinta e tal anos. O sr. Proença, por exemplo, um cacique do secretariado do PS que acumula com a UGT, finge que não apoia o governo e desdobra-se invariavelmente em proclamações patrióticas e brancas. Uma nulidade. O chefe dos patrões, um tal Saraiva, a mesma coisa. E o doutorado Carvalho da Silva - que ainda aspira a uma parcela das candidaturas presidenciais das esquerdas - é o que se sabe. Finalmente chega Sócrates que tudo varre com o vento da propaganda e da inconsequência. Para quê, pois, manter esta aberração?

6 comentários:

  1. Você não está a ver a coisa, João. Se não houvesse estas reuniões estes tipos tinham que estar a trabalhar ou lá o que é que fazem quando não estão em reuniões.

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  2. Há trinta anos que esses cavalheiros não cumprem horário e não produzem. Mas ganham. A humanidade não avançou um milímetro por causa da sua existência.

    Ass.: Besta Imunda

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  3. «Para quê, pois, manter esta aberração?»
    Lamentavelmente ou talvez não, parece ser de aplicar igualmente ao Conselho de Estado.
    Ou ao Conselho Superior da Magistratura.
    E à Fundação Mário Soares.
    E...
    JB

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  4. Toda esta gente, que presumivelmente deveria estar a trabalhar para o bem comum, não consegue sequer convencer a populaça que sabe à partida, que os dados já há muito se encontram viciados.
    Que se há-de esperar de uma coisa que raramente funciona?
    Que se espera de pessoas que se reunem com quatro calhaus na mão?
    "Esta aberração" como bem classifica JG, nunca será levada a sério, porque no fundo todos estão a jogar no mesmo clube, embora com camisolas diferentes.
    É mais uma a pedir a sua extinção e rápidamente para não dar mais prejuizo aos exauridos cofres do estado.
    Cps
    Scaramouche

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  5. Extinga-se. Trata-se, de um cadáver (aliás nado-morto ab initio) a que, por meras razões administrativas, não foi ainda apensa a certidão de óbito, persistndo assim em ocupar espaço e dinheiro dos contribuintes.

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  6. Tem razão. Para quê manter esta aberração?

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