10.3.10

IDEIAS DESTAS

Uma das mais permanentes e persistentes sacerdotisas da justiça portuguesa, a dra. Maria José Morgado, veio sugerir a criação de mais um tribunal. Desta feita, um tribunal central para tratar, em exclusivo, da alta criminalidade. Isto como se Portugal tratasse da alta criminalidade, designadamente a económica, em termos eficazes e eficientes. No âmbito da PGR a que a senhora magistrada pertence, existe, desde os tempos do dr. Cunha Rodrigues, um departamento central de investigação penal supostamente destinado à tal alta criminalidade. Dispensa, na prática, comentários. Esta mania de legislar e de inventar mais coisas sobre as que já existem conduziu-nos ao maravilhoso porto onde encalhámos. Depois, é de duvidosa constitucionalidade a criação de tribunais especiais, algo que a dra. Morgado sabe melhor do que qualquer um de nós. Para quê, pois, mais ideias destas?

11 comentários:

  1. Anónimo6:29 p.m.

    Enquanto falava os deputados do PS pareciam ter a boca aberta às moscas. Que chatice ouvir esta senhora!

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  2. Garganta Funda...6:37 p.m.

    Mais uma ideia peregrina dessa senhora e que só serve para «chutar pr'a canto».

    Os EUA não têm tribunais especiais para coisa nenhuma e já julgaram em tempo recorde muitos «madoff's» e trafulhas financeiros.

    No caso dum conhecido banco doméstico, falido até à quinta casa, parece que quatro dezenas de antigos «quadros» estão incontactáveis ou em parte incerta.

    Se calhar ainda devem estar a receber o ordenado por inteiro nalgum off-shorezinho...

    Enquanto o Engº Cravinho não vier desmentir, continuo a pensar como ele: «a corrupção em Portugal está bem e recomenda-se».

    Façam mais uns Prós&Contras sobre a «cadente temática»...

    Felizmente os grandes problemas de Portugal resolvem-se nas «comissões de inquérito» e nos «debates televisivos»!

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  3. Do Ministério Público já ouvimos a história do procurador "Foge Fátinha!" e do procurador que disse na televisão para quem o quis ouvir que não mandou fazer buscas à casa do PM "atendendo à posição da pessoa em causa" e da procuradora que também afirmou que quando recebeu o processo Freeport viu "que dali vinha chatisse e o melhor era pô-lo na gaveta".
    Tudo isto resolve-se é com mais uma "leizinha"!

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  4. Anónimo7:37 p.m.

    Este tribunal destinar-se-ia a arguidos de estatura muito superior à média, que têm dificuldade em passar nas portas vulgares. É cimento, tijolos e madeira. Portas com empenas de 2m ou mais, se faz favor! Portanto, trata-se de mais um exemplo do "investimento público" que nos tirará da "crise", de acordo com o palhaço do dito cujo.

    PC

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  5. Anónimo7:37 p.m.

    Esta é a magistrada mais sobrevalorizada em Portugal, cá para mim percebe tanto de direito como o marido. Não me lembro de nenhum caso mediático dirigido por ela que tenha acabado com a condenação dos acusados! Ela a acusar é um espectáculo (lembre-se o caso de Pinto da Costa) mas na hora da verdade, i.e. em julgamento, não consegue provar nada. Quando vejo que um inquerito é dirigido por ela, já sei qual vai ser o resultado: absolvição!

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  6. Carlos Conde8:19 p.m.

    A moça faz parte da troupe do PGR. Um grande valor, tal como as restantes fadas. Pena haver quem se lembre do passado...

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  7. De nihilo nihil8:43 p.m.

    Este país está claustrofóbico. Não se vê uma réstia de luz e nem há uma aragem que nos faça perceber que pode haver outros lugares. Melhores.

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  8. Anónimo9:13 p.m.

    Caro João Gonçalves,
    não tem razão nenhuma no que escreveu.
    Quanto ao tribunal especial, relembro-lhe que na organização judiciária portuguesa já existe um desses tribunais - o Tribunal Central de Investigação Criminal - com a especial particularidade da sua competência (limitada à figura do juiz de instrução nos processos de inquérito do DCIAP) advir da competência de um organismo do MP: o DCIAP.
    Quanto à necessidade de tribunal criminal para julgamento das chamadas "mega acusações", parece-me óbvia essa necessidade.
    Ao contrário do que é agora usual dizer (aqui se incluindo altos responsáveis como o PGR - alguém com escassa experiência recente em área de direito penal e processual penal), os megaprocessos são inevitáveis quando nos deparamos com fenómenos como o da fraude ao iva em carrossel (e olhe que aqui não falo do processo Casa Pia - um processo normal que apenas se tornou mega devido à possibilidade que a nossa lei processual penal abre a que, com magistrados excessivamente cautelosos, advogados experientes usem e abusem de expedientes dilatórios).
    Para julgar a criminalidade mais complexa não podemos contar com a nossa organização judiciária do século XIX. Não podemos esperar que juízes da comarca ou juízes de círculo, habituados e assoberbados com julgamentos da criminalidade dita "normal", ganhem de repente conhecimentos profundos sobre fenómenos criminais com os quais nunca se depararam e para os quais muitas vezes nem têm tempo para estudar.
    É necessário dar tratamento desigual àquilo que é desigual.
    A alta criminalidade financeira exige para o seu julgamento meios humanos e materiais diferenciados. Caso contrário, continuamos como estamos, atrás dos "pilha galinhas", utilizando o sistema de justiça para aprofundar ainda mais as diferenças sociais.

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  9. Anónimo10:22 p.m.

    Se a estupidez e a ignorância pagassem imposto, havia menos comentários como este.

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  10. Caro JG

    Para enganar os otários!
    E mais não digo.

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  11. Anónimo12:50 a.m.

    A Drª Maria José Morgado surgiu como uma espécie dos juizes Di Pietro e Baltazar Garçon e criou muitas expectativas. Pelos vistos não passou disso mesmo: de expectativas inteiramente goradas.

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