25.1.10

UM HOMEM CONTRA AS BENEVOLENTES


O General Ramalho Eanes celebra hoje setenta e cinco anos. Num ano em que as benevolentes falam de eleições presidenciais como se tivessem lugar já amanhã - elas estão sempre com um olho no burro e outro no cigano e a sua "história" dura menos de um dia - apraz-me saudar o bom peso do passado. E é apenas isto, escrito noutra ocasião. À medida que decorre incessantemente o pior - pessoas, circunstâncias, instintos -, mais a imagem desse homem austero e decente se me afigura exemplar. Eanes foi o primeiro presidente eleito por sufrágio universal, directo e secreto. Tinha quarenta anos. Com o poder de que então dispunha - político e militar - podia ter sido tudo e feito tudo. Fez, porém, o essencial preservando a liberdade.

8 comentários:

  1. radical livre9:31 da tarde

    com excepção do actual PR, depois dele, só apareceu lixo socialista e republi-cano de esgoto.

    comemora-se a 1ª rep:
    1917-jornal francês «hoje, por ser domingo, não houve revolução em portugal».
    igualdade só no cemitério.
    diur-ética republicana (micto-turismo de inverno)

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  2. Já tive oportunidade de testemunhar no mesmo sentido:

    http://largodasalteracoes.blogspot.com/2010/01/honorabilidade-na-politica-tradicao-ja.html

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  3. E eu que tinha a ideia que ele era um patego.
    Penitencio-me.

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  4. Uma "oração" digna, justa e austera - à semelhança do Homem em causa.
    Honra-o a ele e a si.

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  5. Para lho dizer, num jantar próximo de um velho grupo de colaboradores.
    Quanto ao termo 'patego' usado pelo Jacinto, vejamos agora à nossa volta: os Costas de Macau, os Vitalinos (de Macau), os Lellos, os Varas, outros do PSD e ou do CDS.
    Ou um certo triunfo dos porcos.
    JB

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  6. É um homem temível para os gamelados do poder. E bem necessário para comandar a força dos decentes que vão resistindo.

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  7. JB,
    O "patego" não me pertence - faça o favor de o devolver a quem de direito...
    Cpmts.

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  8. Foi o unico Presidente em que votei e estaria disposto agora a repetir a dose, mas, como se costuma dizer, os tempos sao outros...
    O General e um dos poucos motivos para sentir algum orgulho nesse lamacal em que se tornou Portugal - nao alcancou a notoriedade mediatica de Mandela, Gandhi ou Lee Kuan Yew ou Salazar, por razoes circunstanciais, mas e feito da mesma massa que eles. Ninguem consegue ser mais honesto (honrado, e assim que se diz?) do que um homem verdadeiramente honesto.
    E obrigado por se ter e nos ter lembrado dele.
    (Luis)

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