19.1.10

AVALIAÇÕES

O capitalismo selvagem dos Estados Unidos, mais uma vez, demonstrou ser bem menos selvagem que o sítio em que vivemos. Deparados com uma situação de catástrofe no estrangeiro, três senhores, três tipos que lideram ou já lideraram o mundo, decidiram, no meio das suas agendas ocupadas, dirigir os esforços de ajuda humanitária. E dirigem os esforços de verdadeira ajuda humanitária, recolhendo as ajudas que cada um está disposto a dar. Chama-se solidariedade a isto, coisa bem diferente da «solidariedade» europeia.
Por cá, na nossa bem-amada pátria, cheia de Estado Social que é bom, deparados com uma pequena catástrofe na zona Oeste que destruiu investimentos de uma vida, apenas tivemos «preocupações» e pedidos de «apoios», que, ao contrário dos do parágrafo anterior, foram pedidos (e dados) pelo governo e pelos municípios. Não dei por quem tivesse criado um fundo para que o comum português pudesse ajudar, não dei por o dr. Sampaio, o dr. Mário Soares ou o general Eanes a liderarem o que quer que seja e do actual Presidente apenas ouvi a mesma velha «preocupação».
Enquanto o socialismo europeu cospe na barbárie americana, continua a levar lições e lições. Nenhum país do mundo é perfeito, mas uns são melhores que outros. E é nestas pequenas grandes coisas que os podemos avaliar.

tmr

9 comentários:

  1. Renato9:56 a.m.

    Sim, já sabemos: os americanos puros e os europeus pérfidos e cobardes. Ok. A mim, não me impressiona muito o aparecimento dos três presidentes e muito menos o aparecimento do Clinton mais a sua filha, no Haity. E não me parece que a solidariedade tenha sido maior entre os americanos do que entre os europeus. O TMR tem números? Nesta e noutras causas? Bom, que tudo corra bem, é o que se deseja. O governo americano não é propriamente cojnhecidos pela eficácia em planeamento operações de salvamento e reconstrução em zonas de catastrofe.

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  2. Compara o incomparável e esquece - pelo menos, não refere - o Katrina.

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  3. radical livre11:40 a.m.

    nesta republica socialista vigora a máxima de Frederico II da Prússia:
    «roubar o máximo porque há sempre meia dúzia de parvos para nos defender».

    até a cruz dos contribuintes é 'gamada'

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  4. Anónimo2:02 p.m.

    A Rússia, Venezuela e Cuba é que têm ajudado massivamente. Os desalojados que querem partir concentram-se nestes consulados e embaixadas.

    Pobres comentadores

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  5. Permitam-me uma abordagem mais cínica. Que ganhos tem o Obama & Lda (englobo o resto do mundo) neste acto "bondoso"? Agem porque se não agissem seriam completamente massacrados pelos média. Que entretanto ganham dinheiro com a publicidade. Paga por empresas que ganham ao venderem mais produtos. Acredito nos esforços que fazem, mas acreditaria muito mais se não fosse bombardeado a toda a hora com aquilo que considero a maior hipocrisia da sociedade actual. Doce letargia esta, proporcionada pelos políticos e os média.
    E o rebanho dorme sonhando com a ajuda "excelente" que se presta a esta população na hora da menor catástrofe que atingiu-lhes. O resto do tempo podem morrer à fome. Não estão lá os comandantes da letargia cósmica.

    Ah! Que belo que é o Homem...

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  7. Anónimo10:58 p.m.

    "Katrina."

    Estranho que não tenha falado de outros Katrinas mais severos que aconteceram nos EUA em que nada de especial aconteceu.

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  8. A melhor ajuda a prestar aos haitianos, seria a declaração do fim do Estado do Haiti e a sua administração sob mandato das Nações Unidas. Se estas se entendessem claro.
    O país já não existe há muito, tal como outros tantos em África e até na Europa balcânica.

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  9. Humberto12:25 p.m.

    Comparar a tragédia no Haiti com a "pequena catástrofe" no Oeste é no mínimo obscena.

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