
«Prós e Contras. Tal como o Telejornal, este programa é, na minha opinião, um importante instrumento da estratégia e da táctica concreta de comunicação da central de propaganda governamental. Mas, no programa de segunda-feira, 12.10, autodesmascarou-se. A edição foi toda construída como armadilha ao director do PÚBLICO e para ligar o jornal a "disparates de Verão" de Belém e a "encomendas" de notícias. Disfarçar-se-ia com temas anódinos e estafados (sondagens, etc.), apenas para se centrar no caso da vigilância. Mas aconteceu a beleza do directo. A RTP (a central de propaganda do Governo?) contava com uma posição do director do Expresso que não veio a confirmar-se. Em Agosto, Henrique Monteiro tinha sido mais crítico com o PÚBLICO e escarneceu com a possibilidade de vigilância. O Expresso usou em manchete uma expressão derivada da posição então assumida por Sócrates: sillygate. Entretanto, o Expresso investigou o assunto. E uma "fonte política" (que presumo do Governo ou do PS) tentou passar ao Expresso o famigerado e-mail entre jornalistas do PÚBLICO. O Expresso ter-se-á apercebido, entretanto, da montagem de uma acção de envenenamento pela propaganda mentirosa. Mas a central do Governo e a RTP não devem ter notado a alteração de posição do director do Expresso. Resultado: além de José Manuel Fernandes ter desmentido uma série de mentiras que a apresentadora queria fazer passar como factos e ter reposto a essência jornalística do trabalho do PÚBLICO em 18 e 19 de Agosto, o director do Expresso revelou em directo para todo o país que foi uma "fonte política" quem tentou plantar o e-mail no Expresso e que, não o conseguindo, o passou para o DN, sempre pronto a fazer fretes ao poder. A apresentadora do Prós e Contras e o director de Informação da RTP ainda tentaram salvar as posições da propaganda governamental, mas a intervenção de Monteiro, não cumprindo o papel que aqueles esperavam dele, estragou a jogada. Pela primeira vez em anos, o Prós e Contras não conseguiu servir cabalmente a propaganda do Governo e, pelo contrário, viu desmoronar-se a cabala e revelar-se a sua natureza abjecta.»
Eduardo Cintra Torres, Público
(foto:Kaos)
Eduardo Cintra Torres, Público
(foto:Kaos)
Ainda bem que nos restam alguns comentadores que poem o dedo na ferida ao contrário dos PML e CAA, inventados ultimamente pelos lados do querido lider, e que só servem para baralhar as hostes
ResponderEliminarE ainda se não conseguiu saber quem foi essa entidade política? Muito estranho...
ResponderEliminarMais do que uma armadilha ao director do "Público", a edição do "Prós e Contras" de 12.10, pareceu-me uma armadilha montada aos jornalistas em geral, desacreditando-os com a "peixeirada" que se antevia. Não é difícil perceber a quem interessa o desgaste do jornalismo e dos jornalistas, se bem que estes muitas vezes se ponham a jeito.
ResponderEliminarO Expresso tem o dever moral e democrático de revelar qual foi essa "fonte" política.
ResponderEliminarO que é que teria falhado, para o Expresso vir, só agora, desdizer-se?
ResponderEliminarQuanto ao Eduardo Cintra Torres é mais uma crónica / comentário do melhor. Bem haja!
Vi o Programa e apercebi-me da "pilantragem" que tentaram fazer ao Senhor Director do Público.
ResponderEliminarO Dr. José Manuel Fernandes sabe tudo (e claro que isso custa a engolir), como o Sr. Director do Expresso (não é o Dr. Balsemão que manda naquilo? - do PSD?), ou esse triste jornalista, não sei quê, Marcelino, delegado oficial da propaganda. Como o Prof. Cavaco também sabe (se deve saber!) e como todos suspeitamos o que se passa ... Este País, é um ninho de víboras cor-de-rosa e alaranjadas também, prontas a injectar veneno em tudo que mexa contra os interesses instalados.
Claro que ninguém acredita em "secretas", em "sabotagem" política, em "tratantada" laranja ... ninguém ... São todos uns santinhos e os outros são uns maldizentes que vêem fantasmas ... Daqui por 50 anos, quando já formos pó, alguém virá recontar esta história.
É evidente, que a vitória da Drª Manuela Ferreira Leite iria tirar o sono, os tachos e o tapete a toda essa gente que vai continuar a manipular-nos (a mim, não!) e desgraçar o que ainda resta desta "porra" de País.
Mas anda para aí muito masoquista. Gostam de sofrer, nem que seja para ver sofrer o vizinho, que detesta!
Ninguém foge ao que é a sua natureza.
ResponderEliminarFátima Campos Ferreira é uma lambe-botas do poder, este ou qualquer outro. Como o são Judite de Sousa Seara e José Alberto Carvalho.
Todos juntos (eles e muitos outros), vão continuar a tentar embrutecer os portugueses, com o dinheiro destes mesmos.
Este "pugrama de enformação" continua um achado... Já nem me lembrava que existis. Mas por acusa do post fui ao rtp.pt cuscuvilhar.
ResponderEliminarO pessoal da "comunicação" presente não desmereceu... Nenhum deles disse nada que fizesse sentido (têm medo de quê?). Muito gaguejo, muita troca de palavras, má fluência de discurso. E ainda diziam que a MFL era pouco fluente...
Uma vergonha para todos, em especial para os lacaios Marcelino e Fatinha, acompanhados à distância pelo Baldaia. Compreende-se: a RTP é do governo, é do peiésse, ea TSF e o DN são dos amigos oliveirinhas...
PC
É curioso saber que passaram o tempo a falar no caso das "escutas" e todos os jornalistas não falaram nos casos Freeport, Casa Pia, Cova da Beira, Universidade Independente, Licenciatura de Sócrates,etc,etc.
ResponderEliminarTudo manobras-de-diversão para iludir a palonçada...
Jornalistas vendidos e manipulados pelos poderes vigentes!
O prós e contras é um dos programas mais contestados da RTP. O Provedor da RTP recebe milhares de queixas sobre o comportamento da pivot, da sua impreparação e falta de imparcialidade. Mas como bom pau mandado, não ata nem desata. E todas as semanas lá temos de gramar (e pagar) mais uma porcaria que não interessa a ninguém.
ResponderEliminarEduardo Cintra Torres, mais um exemplo do jornalista "isento"...A notícia do DN teve uma fonte política (grande novidade...). A notícia do Público foi um grande trabalho de investigação jornalística como veio a comprovar-se...
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