22.7.09

ACABAR O MUNDO


DÉCIMAS ALENTEJANAS

MOTE

Quero e não posso esquecer-te
Devo odiar-te mas não quero
Sinto perder-me ao perder-te
Não tenho esperança mas quero

VOLTAS

Invadiu-me esta paixão
Naquela tarde de Agosto
Quando olhei para o teu rosto
E tu olhaste pró chão
Disse-me o meu coração
Que tu me correspondeste
Bem sei que em casos destes
Pode haver mal entendido
Mas já não me sai do sentido
Quero e não posso esquecer-te

Cheguei a ter a sensação
Quando me olhavas com ternura
Eu navegava num mar de ventura
Com o vento de feição
Agora que vejo que não
Embora me custe dizer-te
Naufraguei ao conhecer-te
Nas ondas da amargura
E o meu mal já não tem cura
Sinto perder-me ao perder-te

(João Chouriço Paias, Póvoa)

Foto: Die Walküre, TNSC, 2007

2 comentários:

  1. radical livre11:24 da manhã

    o coro alentejano do meu tempo de coimbra
    quando ia fazer o quilo depois de jantar
    cantava parodiando
    «comi uma passarinha
    às 4 da madrugada»

    a esssa hora não estava disponível

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  2. Na foto Die Walküre; no país: Die Willküre (os déspotas).

    Cumps

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