29.6.09

GENTE FINA


Nos EUA, o sr. Madoff já foi condenado a perpétua. Cento e cinquenta anos pela trafulhice. Cá, a política e os tribunais cumprem calendários. Se bem nos recordamos, apenas Vale e Azevedo foi molestado e, mesmo assim, só depois de ter deixado a presidência do Benfica. E sabe-se o estado da arte. Não esperem nada de extraordinário contra os trafulhas domésticos. Gente fina é outra coisa. E a justiça portuguesa também.

14 comentários:

  1. garganta funda....8:32 da tarde

    Nem mais.

    Nesta República de Contribuintes, os Cidadãos não existem ou não são considerados.

    Em Portugal assistimos a um novo "feudalismo" e a novos "senhores feudais".

    Todos estes senhores querem o seu quinhão (por via dos impostos) retirado ao trabalho suado dos portugueses.

    E até podem fazer trafulhices que as Altas Instâncias têm sempre à mão o Crono Código, ou seja o calendário das derrogações, protelamentos e prescrições...

    Voilá!

    ResponderEliminar
  2. ...E vem um «jurista» entrevistado na R.R. («danse sur la merde...») dizer que não podemos fazer comparações... E bla bla que no caso Madoff ele se deu a colaborar no processo se declarando etc e etc e tal (não fiz Direito e tenho raiva a quem legalistize...) Mas não esqueçamos que chegam a passar-se 20 anos até que certos casos se deslindem (se é que não prescrevem simplesmente...) Pois, João Gonçalves... É isto o que temos dos nossos, salvos sejam, jurisconsultos e quejandos. Fiz as contas (para companheira) e lhe disse: Esse tal de Madoff terá de viver bons 220 anos para cumprir cabalmente a pena. «Asi que pasen cinco años...» (Escrevia Lorca...) Longa vida aos assassinos de consciências! (Clamam uns, aqui impunes...)
    Continuamos a dança!

    ResponderEliminar
  3. Já viu a "malta" que ia para o desemprego se cá houvesse penas destas? pelo menos uns tantos lobistas, corruptos e vígaros...

    ResponderEliminar
  4. Dias Loureiro é dotado duma vontade inquebrantável, duma claridade luminosa nos princípios, que o fazem ser sempre imune a qualquer injustiça, como esta que se afigura agora. Ele voa muito alto e está muito acima desta muito infames urdiduras.
    Porque Ele é um ser impoluto, duma grandeza rara, dum espírito elevadíssimo, que lhe conferem uma dignidade e honra inatacáveis, uma resiliência estupenda e majestática.
    Dias Loureiro será sempre recordado pela grandeza da sua Admirável Alma, pela generosidade dos seus elevados princípios humanistas, pela mais escrupulosa rectidão de todas as suas acções.
    Ele estará sempre entre nós, pugnando pelo que é Justo, pelo que é Límpido, por um Ser Maior.
    Bem hajas Dias Loureiro pela tua Nobre Elevação e pela tua Intocável Conduta.
    Bem hajas Dias Loureiro por todo o Bem que fizeste por nós, pobres portugueses, ingratos e pecadores.
    Que sejas para todo o sempre reconhecido pelo teu Imenso Valor.

    ResponderEliminar
  5. Esta da não acumulação de penas por repetição de crimes vem mesmo a calhar.

    ResponderEliminar
  6. António P. Castro8:55 da tarde

    Em Portugal, correm processos em que nem os mais notórios suspeitos (chamemos-lhes assim...) são sequer ouvidos.
    Como se está a ver.

    ResponderEliminar
  7. Meu caro,

    pelo meu lado, comentei assim

    http://atributos-1.blogspot.com/2009/06/150-anos.html

    Melhores cumprimentos

    José Magalhães

    ResponderEliminar
  8. Os trafulhas domésticos
    passeiam indecorosos,
    besuntados de cosméticos
    muito mal cheirosos!

    Gente que desafina
    de forma tão estridente,
    faz-se de gente fina
    de carácter decadente.

    ResponderEliminar
  9. radical livre10:08 da tarde

    a magistratura «aos costumes disse "nada!"» ...
    portugal afogou-se

    ResponderEliminar
  10. Falta o célebre tributo ao nível do condenado: «Madoff é dotado duma vontade inquebrantável, duma claridade luminosa nos princípios, que o fazem ser sempre imune a qualquer injustiça, como esta que se afigura agora. Ele voa muito alto e está muito acima desta muito infames urdiduras.
    Porque Ele é um ser impoluto, duma grandeza rara, dum espírito elevadíssimo, que lhe conferem uma dignidade e honra inatacáveis, uma resiliência estupenda e majestática.
    Madoff será sempre recordado pela grandeza da sua Admirável Alma, pela generosidade dos seus elevados princípios humanistas, pela mais escrupulosa rectidão de todas as suas acções.
    Ele estará sempre entre nós, pugnando pelo que é Justo, pelo que é Límpido, por um Ser Maior.
    Bem hajas, Madoff, pela tua Nobre Elevação e pela tua Intocável Conduta.
    Bem hajas Madoff por todo o Bem que fizeste por nós, pobres portugueses, ingratos e pecadores.
    Que sejas para todo o sempre reconhecido pelo teu Imenso Valor.»

    ResponderEliminar
  11. Pois é, meu caro João, mas como sabes tão bem como eu, uma grande diferença é que o Madoff confessou e colaborou, e só assim se conseguiu um desfecho tão rápido. Por cá, dizem sempre todos que são cabalas, ou fogem para o Rio de Janeiro ou tentam subir até à Câmara dos Lordes com recurso atrás de recurso para evitar o simples cumprimento de pena, já nem sequer se trata de evitar o julgamento.

    ResponderEliminar
  12. Está bem Joshua, aceito o elogio ao Madoff.

    ResponderEliminar
  13. Daqui por vários anos prescreve ou então pena suspensa . Aqui é Porugal .

    ResponderEliminar
  14. Näo é perpétua, nem na prática: regra geral, há nos EUA comutacöes e oportunidade para cumprimento em liberdade. Principalmente neste tipo de crime (contra a propriedade) chega a cumprir-se em cárcere pouco mais de 10% da pena inicial.

    ResponderEliminar