
Quem lá passa todos os dias, como eu, não pode deixar de subscrever esta medonha evidência: «Os intentos de António Costa, Manuel Salgado e Sá Fernandes em relação ao Terreiro do Paço suscitam profunda preocupação e enorme indignação. Na verdade, aproveitar o balanço e os movimentos de terras de umas obras de saneamento para intervir na principal Praça da Cidade e do País é um abuso inqualificável.» Estas criaturas montaram um sarilho no trânsito e na qualidade de vida de uma das zonas mais "nobres" e bonitas da capital. E tornaram Lisboa insuportável. Não se esqueçam, pois, de os reeleger.
E, por falar em "obras de saneamento", o Zézito, o engenheiro sanitário, anda pelo país a "ensinar" como se deve combater a crise; isto é, ele diz como se deve "combatê-lo", pois ... não é ele a crise?!
ResponderEliminarTanto azedume neste blogue que é uma espécie de porta-voz da direita.
ResponderEliminarEnfim! É a democracia.
A Capital por vezes tresanda ao provincianismo de pôr e dispor sem ouvir munícipes e cidadãos.
ResponderEliminarQuem ontem alertava para o profundo autoritarismo governamental/autárquico neste tipo de obras impostas, como a re-requalificação do Terreiro do Paço, era Helena Roseta, com Mário Crespo, chamando a atenção para os factos consumados e os ajustes directos sem concurso como marca de uma legislatura profundamente autocrática.
Acho que se estão a misturar aqui duas coisas.
ResponderEliminarUma são as obras de saneamento que são úteis e que tinham que ser feitas agora ou depois e outra é o arranjo da praça e as condicionantes de trânsito que se querem impor.
Sobre o trânsito acho muito bem, os carros têm que ser disciplinados e a cidade devolvida a quem anda de transportes públicos ou a pé.
O arranjo da praça feito sem concurso público, Costa e este governo devem achar normal e portanto muito bem.
Mas não é uma definição para a nossa classe política de uma forma geral? Abusadores inqualificáveis?
ResponderEliminarO nosso drama é que há sempre "Luísas" de um lado e de outro a perdoar, a esqueçer ou não ver os abusos. Ou, na melhor da hipóteses, a qualificá-los.
Não acredito que vou dizer isto: concordo totalmente com o Fado Alexandrino.
ResponderEliminarMenos trânsito sim, ausência de concurso numa democracia não.
Pois é, chamar os bois pelos nomes é ser azedo, olhar com clareza é ser pessimista e, claro, ser de direita... Uma maçada!
ResponderEliminarMas isto já é hábito: os governantes locais ou nacionais da "esquerda moderna" é que respiram alegria e bom astral por todos os poros. Podem contar com o meu votozinho, podem - é como se já estivesse lá!
RMR
É preciso que Lisboa se levante e não permita a pouca vergonha que meia dúzia de celerados pretende fazer no Terreiro do Paço.
ResponderEliminarA cidade é dos lisboetas e demais portugueses que a amam, não de uma corja que a pretende destruir.
Não podemos, portanto, ficar pelas palavras de indignação. Importa ir mais além.
As pretensas medidas de controle do trânsito da Baixa só estão a causar o maior descalabro.Não é a circulação de veículos que mais prejudica a Baixa.A falta de estacionamento e o estacionamento abusivo é que é prejudicial.E quanto a isso...tudo como dantes...Vão conseguir asfixiar completamente o comércio da zona e contribuir para a sua total desertificação.Para quê?Para meia duzia de turistas pés descalços por ali andarem a comer sandes e para uns quantos desocupados passearem de bicicleta...
ResponderEliminarBem lembrado.
ResponderEliminarA culpa da desertificação da Baixa, mais precisamente das lojas tradicionais que foram fechando foram da exclusiva culpa deles. Há dez anos que passo pela Baixa a caminho do emprego e vi alfaiatarias, lojas de pequenos negócios fecharem à hora do almiço quando ainda podiam vender algo. Abrirem às 10 h enquanto que as casas multinacionais italianas e espanholas abrem às 9,30 h. Entrar-se numa loja de roupa de homem ou senhora e empregados e patrões na «palheta» sem olharem para o cliente. Claro essas fecharam. Outras lhes ocuparam o lugar. Já repararam que na Rua da Conceição há dezenas de retrozarias, um comércio de retalho e ainda nenhuma fechou?
ResponderEliminarMeus amigos, a Baixa mudou, os clientes mudaram, as lojas carríssimas de camisas de seda e fatos por medida acabaram. Não se souberam reciclar. É como tudo na vida, uns conseguem outros não.
Já repararam no Chiado? Na vida do Chiado? Pois, e houve muita gente que disse que depois do encêndio de 1988 nunca mais renascia.
Passem lá nas noites de 6ª feira e depois conversamos.
E agora a culpa é da Câmara? Depois das obras de saneamento gostava de os encontrara aqui para vermos o que melhorou e o que piorou.
Cá estarei.