A Fernanda Câncio - eminente especialista em direito da família e em casamentos, aliás, como eu - pronuncia-se sobre o veto presidencial à lei do divórcio. Se dúvidas houvesse sobre a qualidade de "adereço fracturante" da nova legislação, destinada a "deitar água na fervura" na política de não-esquerda prosseguida pelo PS e pelo governo, o artigo da Fernanda recoloca as peças no seu devido sítio. O pretexto são as mulheres cuja vida de casadas, presumo, a Fernanda, como eu, ignora profundamente. Onde Cavaco fala em situação de maior fragilidade e debilidade, Câncio decreta que Cavaco, "divorciado da realidade", define as mulheres como "frágeis e débeis". Estas bandeirinhas ridículas estão tão gastas como as solas daquelas "socas" pretas que toda a gente usava a seguir ao "25". Nenhuma mulher, nenhum homem, ninguém é obrigado a casar. O que não se deve é usar o contrato - pois é de um que se se trata - como a tal bandeirinha foleira para efeitos de mero gozo intelectual. A Fernanda gostava que a realidade fosse outra coisa e que, sobretudo, o país não fosse aquilo que é. O problema dela é que talvez Cavaco esteja mais perto dessa realidade do que as "cabeças no ar" que apreciavam que a realidade fosse o que vagueia no ar. Todavia, o "progressismo" quase nunca coincide com o "realismo". E - aprendi-o nas aulas de direito - a vida é sempre mais "rica" do que a nossa imaginação. Não se divorcie tanto da realidade, Fernanda. Ainda tropeça nela.
Basta atentar no título incluído na faixa inferior da primeira página do Público de hoje
ResponderEliminarAs cadelas apressadas, salvo seja, têm os filhos cegos.
ResponderEliminarA isenção do jornalista não é algo de abstracto. Pressupõe, nomeadamente, o estudo dos assuntos a tratar.
No caso, é patente um “parti-pris” vesgo da jornalista Câncio contra o actual Presidente da República - que ocupa legitimamente o cargo e tem vindo a exercê-lo com grande dignidade. Parece que esse “parti-pris” dispensou o estudo da questão com um mínimo de seriedade intelectual.
Se tal facto é profundamente lamentável, a verdade é que também serve para definir a fronteira entre o jornalismo responsável e o “articulismo” de trazer por casa, marcando quem pratica um e outro.
O que quer? A mulher nasceu em Vila Franca de Xira, é o respirar do grand monde. Com tais inícios sente-se a pequenez do país a vida toda.
ResponderEliminarVIDEO: Historia do Politicamente Correcto
ResponderEliminarA jornalista Fernanda Câncio é sem duvida alguma um dos expoentes maximos em Portugal daquilo que habitualmente se designa como "O Politicamente Correcto".Actualmente usa-se muito a expressão "politicamente correcto" mas a grande maioria das pessoas desconhece completamente a história desta mutissimo influente corrente de pensamento. Mesmo as proprias pessoas mais ardentemente
politicamente correctas muitas vezes desconhecem as origens das ideias politicamente correctas que defendem. Neste excelente video traça-se a história do pensamento politicamente correcto e identificam-se os seus principais expoentes. 3 videos altamente recomendaveis...o tipo de programa que nunca passaria na TV portuguesa.
http://www.youtube.com/watch?v=_DGoEWjT28Y&eurl=
http://www.youtube.com/watch?v=PvAshCchGhQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=_iAVOdNIYqU&feature=related
Video produzido por esta organização
http://www.freecongress.org/
Já tropeçou. Aquelas prosas só podem ser escritas por alguém em fase de queda. Mas só vai perceber que tropeçou depois de bater no chão. É que, o importante não é a queda, é a forma como se aterra. E, pela leva da prosa, melhor, das prosas, percebe-se que não vai ser suave o contacto com o solo.
ResponderEliminar"onde existem aranhas não há moscas"
ResponderEliminarbertolt brecht; a alma pura de Che Suan
radical livre
O ser humano gosta de ser livre e muito mais de ser libertino. Mas a liberdade, por falta de cabecinha atilada,onde a sensatez predomine, e, muito mais ainda, a libertinagem, proporcionam-lhe, não raras vezes, situações críticas que procura resolver da forma mais estúpida.
ResponderEliminarO artigo da Fernanda Câncio é desonesto (aquela do "... veto presidencial informa que as mulheres são fracas e débeis."!!!), preconceituoso, interesseiro (a condição da mulher agora e na discussão sobre o aborto mudou um pouco na cabeça da Fernanda Câncio) e, claro, profundamente desrespeitador ("...espécie de divórcio da realidade"???) das opiniões que divergem das dela. Demonstra bem a actitude democrata de determinada esquerda iluminada. Eles pretendem (bondosamente) regular a felicidade futura da Humanidade; os outros (maldosamente) querem levá-la para a idade das trevas. Não é difícil de imaginar que se a Fernanda Câncio pudesse, o homem Cavaco Silva seria "desencorajado" de dar opiniões.
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