Numa antiga colónia, Moçambique, o "povo" revoltou-se contra o aumento dos transportes. É curioso verificar como na antiga Metrópole ninguém se "revolta" com coisa alguma. A mansidão primitiva com que aceitamos a canga - alguns chamam-lhe, cheios de gravidade e respeitinho, "reformas" - de qualquer poder, contrasta com a indignação dos nossos longínquos ex-"Untermenschen". Sócrates, desértico e banal, tem o pasto "consensual" que merece e o pasto o seu mais adequado pastor. Nem de exemplo acabámos por servir. Não prestamos mesmo para nada.
Enquanto o povo de cá tiver saldo nos telemóveis e gasóleo no turbodiesel tudo correrá de feição. Até um dia...
ResponderEliminarConcordo.
ResponderEliminarA não ser que, como o general Garcia Leandro afirmou, anda por aqui o perigo de "uma explosão social"......
Na terra de pretos ainda se "revolta" (raio de privilegiados e corporativistas).
ResponderEliminarNa mansa West Coast os brancos anémicos e pálidos aceitam as "reformas" e o espírito "reformista". Afinal somos europeus. Há que manter as estribeiras.
Mas ... revoltas para quê ? então neste pacífico e pasmado país não está tudo, ou quase, bem ?
ResponderEliminarA iniciativa privada está a florescer - vejam-se os hospitais privados que "nascem" por aí - , fecham-se escolas ... porque o povo já "sabe" demais, fecham-se fábricas ... porque quem trabalha "precisa" de descanso e tempo para gastar os euros, digo, cêntimos, enfim, se algo anda mal ... é invenção de algum lunático que pretende destabilizar o social.
Só se revolta quem nada tem e nós temos tudo ... muito de mau e pouco de bom.
Curioso teres posto aqui a capa deste livro. É que eu apareço numa foto, dentro do meu kayak de plástico cor de laranja (o miúdo que está sentado à esquerda, na pág. 979. Este livro dá uma ideia do "nada" que se fez em África.
ResponderEliminarTudo isto leva muito tempo a apodrecer "até ao fim". Pacientemos.
ResponderEliminarDigo, página 97
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