
Estava para escrever qualquer coisa sobre essa fantástica agremiação intitulada "Não apaguem a memória", uma designação quase tão má, como, noutro registo, a "não te prives". Recordo-me de ver esse "herói" revolucionário do MFA - oportunamente "apagado" da RTP no dia 25 de Novembro de 1975 e substituído pelo Danny Kaye - e que se chama Duran Clemente, de megafone na mão, a berrar junto à sede da ex-pide, justamente numa mini-manifestação da referida "não apaguem a memória". Clemente, apesar de tudo, não é dos mais mumificados e, que conste, só foi "anti-fascista" entre 74 e 75. Adiante. Ia escrever, mas não vale a pena, porque o fundamental está dito neste post e neste.
Esse "ganda rebulicionário" tem continuado na política, enfeitando sistematicamente as listas do PC na freguesia de Santa Catarina (Lisboa).
ResponderEliminarE esta, hein?
Aljube, Peniche, Caxias... são edificios que marcaram amargamente quem por lá passou. Nunca os visitei. Mas li e ouvi falar. Compreendo os que sentiram no corpo e na mente as agruras da mordaça e não querem "apagar a memória"... mas, " o mundo pula e avança"...e discordo que permaneçam imutáveis, parados no tempo, guardando os seus fantasmas, para turista ver. Mais do que guardar a memória devem servir a comunidade pró-activamente.
ResponderEliminarE o Fitipaldi dos Cahimites ? Já se esqueceram dele ?
ResponderEliminarBom, depois das refregas ideológicas o que fica mesmo é a memória colectiva. E vai uma grande distância (de honestidade intelectual e credibilidade científica) entre preservar a memória e branqueá-la!
ResponderEliminarTransformar a sede da PIDE num condomínio fechado onde se pretende que uma série de pessoas estabeleça o seu lar é, além do mais, sinistro! Não direi que é parecido com transformar Treblinka numa estância de férias, mas estamos a falar também de um espaço de horror e destruição física, salvaguardadas as devidas distâncias políticas e ideológicas.
eu gostava era de ver se o senhor bloger do pt dos pq tivesse sido preso politico se continuava a achar tão mau o slogan de não apaguem a memória... E já agora, você nunca vê nada de positivo neste nosso país? deve ter esse figado todo consumidinho...
ResponderEliminarO Fitipaldi dos Chaimites, o "locutor" a quem cortaram a palavra, foi uma personagem caracteristica desses tempos. Era jovem, imaturo e generoso. Fervia de ardor revolucionário.
ResponderEliminarHoje, olhando para trás, é tempo de encarar aqueles dias sem ódios e rancores. Apaziguemos as nossas memórias. "É Hora"!