23.3.06

SE CONDUZIR, NÃO TOME

O governo parece apostado em controlar todos os nossos passos. Depois do "cartão único", chega a "regulamentação" do Código da Estrada nazi. Entre outras "novidades", prevê-se "a introdução de testes rápidos na fiscalização de condutores sob efeito de substâncias psicotrópicas". Esses "testes rápidos" - realizados, presume-se, em plena estrada e ao ar livre - são realizados "numa amostra de urina, saliva ou suor e só no caso de ser positivo se submeterá o indivíduo a um exame de confirmação em amostra de sangue". Como uma grande maioria de portugueses consome relaxantes, tranquilizantes e anti-depressivos, entre outras coisas, para suportar a arrogância dos "agentes da autoridade" que adoram vasculhar as nossas viaturas e esconder-se atrás das moitas e das árvores, esta "inovação" promete. O Código da Estrada do dr. Costa, agora "regulamentado", não evita o pior. Os condutores assassinos ou suicidas continuarão impávidos e serenos a matar e a matar-se onde calhar. Eu apenas reclamo o meu direito a tomar os Prozac's ou os Lexotan's que me aprouver sem correr o risco de ser incomodado por uma qualquer brigada policial não só de trânsito como de costumes. Mais vale proibirem-me de mexer no carro. Lá chegaremos.

9 comentários:

  1. Anónimo9:06 p.m.

    Os "agentes" da mesma "autoridade" que, em lugar de se deslocar pelas estradas de forma frequente e bem visível, com isso efectivamente dissuadindo as práticas eventualmente perigosas, esbanja dinheiro em potentes automóveis "descaracterizados", para punir em vez de prevenir (dá dinheiro, é claro).

    Por outro lado, como é evidente, e seguramente muito natural, devido e responsável (eu é que não alcanço...), para combater o crime em geral, coisas menores como o roubo, o homicídio, etc., reservam-se os cansados, lentos e fumarentos carros que por aí se arrastam, seguramente para genuíno gozo de quem deles descarada e tranquilamente "foge".

    Mas, é claro, que cobrança (e o que interessa, por estes anos é o aumento das "receitas") resulta disso? Pouca, se alguma, e muito mais difícil. Uma maçada, enfim...

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  2. Anónimo9:24 p.m.

    Valha-nos Deus! E estamos em "socialismo", dizem-me. De facto só parece haver duas saídas: ou o Estado nos mata ou nos prende. Gente a mais e propriedade demasiado emparcelada, dizem-me também. Seja o que for. Aos pucos o que interessa é que acabam connosco. Mas cuidem-se tanbém os titulares de cargos do Estado. Porque a banco-burocracia precisa mais de nós do que deles. É tudo uma questão de tempo...

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  3. Anónimo11:25 p.m.

    a canalha que (se) governa é genial!
    atiram as responsabilidade dos acidentes para os condutores a quem se fartam de roubar - embora chamem ao facto cobrança de impostos.....
    no entanto, "esquecem-se" de corrigir os monstruosos erros de concepção das estradas, não eliminam os "pontos negros" criados por esses erros e não acabam com a criminosa sinalização de muitas estradas....isso não é com eles!

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  4. Anónimo4:10 a.m.

    Baixo nível de comentários. Oiça lá, meu caro João, agora por baixo, o Prozac não lhe causa o tal famoso problema?

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  5. Anónimo9:53 a.m.

    De repente, este governo faz-me lembrar o do Eng Guterres da primeira fase.Recorda-se? Medidas de encher o olho, propaganda impecável, remakes constantes de outras medidas que já existiam.Foi o que se viu. Mas, atenção, o homem agora tem maioria confortável, é bem mais perigoso que o outro e muito teimoso.

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  6. Independentemente da bondade deste regulamento, não estará na posologia desses medicamentos a perigosidade da condução sod o seu efeito?

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  7. Anónimo3:55 a.m.

    Então já não se pode fumar um charro para fazer uma viagem descontraída. Qualquer dia só se pode usar drogas com marca de laboratório.

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  8. Anónimo7:50 p.m.

    Pelos comentários que se aqui se lê a tão "hilário" post, se vê como medidas como estas são certeiras!!! Meu Deus...

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  9. Anónimo4:00 p.m.

    Se os tão libertários opositores à mão dura na segurança estradal fossem vítimas dos assassinos motorizados, seríamos poupados a estas postas!
    Se fosse o vosso filho o assassinado pelo condutor irresponsável, estariam menos poéticos no anarquismo da boca para fora!
    É por causa desses lirismos de meia tigela que este país é esta choldra...

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